Sequelas do neurodesenvolvimento encontradas em crianças em tratamento para doenças hemato- oncológicas.

• Autor(a) principal: Diniz, Aline Debs
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Ribeiro, Amanda Schuchovski, Bertolini, Maria Fernanda Rosa, Oliveira, Leticia Cristina de, Schlossmacher, Rafael
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3806
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Transtornos do neurodesenvolvimento; Hematologia; Oncologia; Pediatria

O câncer pediátrico é a segunda maior causa de hospitalização de crianças no Brasil, sendo o principal responsável pela perda de potenciais anos de vida. Com o avanço dos estudos a respeito do tema, há uma gama de diferentes terapias utilizadas, as quais, apesar de possibilitarem melhora no prognóstico, não estão isentas de efeitos colaterais. Objetivo: o atual estudo tem como objetivo correlacionar os impactos gerados no neurodesenvolvimento de pacientes em tratamento neoplásico atendidas no Hospital Pequeno Príncipe – Curitiba/PR. Como objetivo secundário, realizar análise epidemiológica de crianças em tratamento hemato- oncológico em hospital de referência, na cidade de Curitiba. Metodologia: foram selecionados 156 prontuários do serviço de Hemato-Oncologia da Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro - Hospital Pequeno Príncipe, na cidade de Curitiba – Paraná. Posteriormente, realizou-se análise descritiva dos dados, apresentados em números absolutos e em frequência, seguida de correlações entre as sequelas do neurodesenvolvimento encontradas e as doenças oncológicas diagnosticadas, juntamente com as respectivas terapias utilizadas. Resultados: a leucemia linfóide aguda correspondeu à neoplasia mais predominantemente encontrada, com 52,6% dos casos, seguida dos tumores do sistema nervoso central e da leucemia mielóide aguda. Os principais efeitos colaterais encontrados, foram: ansiedade; depressão; agressividade; transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH); paralisia cerebral; déficits auditivos, visuais, motores e de linguagem. Conclusão: os tratamentos anti-neoplásicos utilizados apresentam chances de interferir no neurodesenvolvimento global da criança ao longo do tempo. Pode-se inferir que algumas seuqlas estejam diretamente relacionadas ao tipo de neoplasia diagnosticada ou ao tratamento escolhido. Desse modo, é importante a realização de estudos mais profundos sobre o tema.