Conhecimento das puérperas em relação ao parto humanizado e as vias de parto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pauletti, Bruna Bialetzki
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rodrigues, Camila, Pierin, Heloisa Kugeratski, Ferreira, Maria Fernanda Queiróz, Garcia, Lucas Mori, Tapparo, Thais
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3867
Resumo: Introdução: As taxas abusivas de parto cesáreo no Brasil vêm tornando-se um tema de preocupação entre as autoridades de saúde. A humanização do parto deve respeitar os valores, culturas, crenças e dignidade da mulher. Objetivo: Avaliar o conhecimento das puérperas atendidas no serviço público em relação ao parto humanizado e as vias de parto. Materiais e Métodos: 369 puérperas, maiores de 18 anos do Hospital do Trabalhador de 1 de junho de 2020 a 1 de junho de 2021 que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram submetidas a entrevista com a aplicação de 2 questionários com perguntas fechadas. Um questionário referente a características demográficas e socioeconômicas, informações sobre a gestação e conhecimento de humanização. O segundo questionário foi adaptado de A. NASIR; AMIR, 2017 e avaliou o conhecimento sobre as vias de parto, atitude em relação ao parto normal e cesárea. As variáveis quantitativas foram descritas por meio de média, mediana, valor mínimo e valor máximo. As variáveis qualitativas foram descritas através de frequências e percentuais. Resultados: A média de idade das puérperas foi de 25,9 anos, 62,3% se autodeclararam brancas, 60,4% com renda mensal entre 2 e 5 salários-mínimos, 72,6% com escolaridade superior a oito anos. 79,9% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, sendo que 84,8% realizaram mais de 6 consultas. 51,4% delas afirmaram que o pré-natalista não informou sobre os tipos de parto e 62,3% buscaram informações de forma independente. Constatou-se um percentual de 43,3% de partos cesárea, entretanto 66,3% tinham preferência pelo parto normal. 49,1% relataram medo do parto normal, sendo as dores o principal motivo. 72% afirmaram já terem ouvido falar do termo parto humanizado, porém, destas 52,6% deram uma definição inadequada. 48,2% obtiveram baixo conhecimento acerca das vias de parto. 58,8% expressaram atitude positiva em relação ao parto normal e 58,2% atitude positiva em relação à cesárea. Houve associação entre conhecimento prévio sobre parto humanizado e renda (p=0,001), escolaridade (p<0,0001), número de consultas de pré-natal (p=0,023), busca de informações sobre as vias de parto (p<0,0001) e preferência de parto (p=0,011). Em relação ao conhecimento acerca das vias de parto, houve correlação com renda (p=0,044), escolaridade (p=0,003), busca de informações sobre as vias de parto (p=0,007) e atitude em relação à cesárea (p<0,0001). Correlaciona-se conhecimento sobre parto humanizado dentre as puérperas que já ouviram falar sobre o termo em função do conhecimento sobre vias de parto (p<0,0001). Conclusão: Observou-se um baixo conhecimento acerca das vias de parto e do parto humanizado, influenciado por fatores socioeconômicos e do pré-natal. Enfatiza-se a necessidade de um pré-natal de qualidade, com uma adequada transmissão de conhecimento e incentivo ao parto humanizado, para que se promova um nascimento saudável para a mãe e bebê.
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spelling 2022-06-03T18:49:21Z20212022-06-03T18:49:21Z2021https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3867Introdução: As taxas abusivas de parto cesáreo no Brasil vêm tornando-se um tema de preocupação entre as autoridades de saúde. A humanização do parto deve respeitar os valores, culturas, crenças e dignidade da mulher. Objetivo: Avaliar o conhecimento das puérperas atendidas no serviço público em relação ao parto humanizado e as vias de parto. Materiais e Métodos: 369 puérperas, maiores de 18 anos do Hospital do Trabalhador de 1 de junho de 2020 a 1 de junho de 2021 que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram submetidas a entrevista com a aplicação de 2 questionários com perguntas fechadas. Um questionário referente a características demográficas e socioeconômicas, informações sobre a gestação e conhecimento de humanização. O segundo questionário foi adaptado de A. NASIR; AMIR, 2017 e avaliou o conhecimento sobre as vias de parto, atitude em relação ao parto normal e cesárea. As variáveis quantitativas foram descritas por meio de média, mediana, valor mínimo e valor máximo. As variáveis qualitativas foram descritas através de frequências e percentuais. Resultados: A média de idade das puérperas foi de 25,9 anos, 62,3% se autodeclararam brancas, 60,4% com renda mensal entre 2 e 5 salários-mínimos, 72,6% com escolaridade superior a oito anos. 79,9% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, sendo que 84,8% realizaram mais de 6 consultas. 51,4% delas afirmaram que o pré-natalista não informou sobre os tipos de parto e 62,3% buscaram informações de forma independente. 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Correlaciona-se conhecimento sobre parto humanizado dentre as puérperas que já ouviram falar sobre o termo em função do conhecimento sobre vias de parto (p<0,0001). Conclusão: Observou-se um baixo conhecimento acerca das vias de parto e do parto humanizado, influenciado por fatores socioeconômicos e do pré-natal. Enfatiza-se a necessidade de um pré-natal de qualidade, com uma adequada transmissão de conhecimento e incentivo ao parto humanizado, para que se promova um nascimento saudável para a mãe e bebê.Introduction: The abusive rates of cesarean delivery in Brazil have become an issue of concern among health authorities. The humanization of childbirth should respect the values, cultures, beliefs, and dignity of women. Objective: Evaluation the knowledge of postpartum women assisted in public services regarding humanized childbirth and birth routes. Materials and Methods: 369 puerperal women over 18 years of age at Hospital do Trabalhador from June 1, 2020 to June 1, 2021 who signed the Informed Consent Form were interviewed using 2 questionnaires with closed questions. One questionnaire referred to demographic and socioeconomic characteristics, information about pregnancy, and knowledge of humanization. The second questionnaire was adapted from A. NASIR; AMIR, 2017 and assessed knowledge about birth routes, attitude towards normal delivery and cesarean section. Quantitative variables were described using mean, median, minimum value, and maximum value. Qualitative variables were described using frequencies and percentages. Results: The average age of puerperae was 25.9 years, 62.3% self-reported to be white, 60.4% with monthly income between 2 and 5 minimum wages, 72.6% with education of more than eight years. 79.9% started prenatal care in the first trimester, and 84.8% had more than 6 consultations. 51.4% of them said that the prenatal care provider did not inform them about the types of birth, and 62.3% sought information independently. We found a 43.3% of cesarean deliveries, but 66.3% had a preference for normal delivery. 49.1% reported being afraid of a normal birth, pain being the main reason. 72% said they had heard of the term "humanized delivery", however, of these, 52.6% gave an inadequate definition. 48.2% had low knowledge about birth routes. 58.8% expressed a positive attitude towards vaginal delivery and 58.2% expressed a positive attitude towards cesarean sections. There was an association between previous knowledge about humanized childbirth and income (p=0.001), education (p<0.0001), number of prenatal visits (p=0.023), search for information about birth routes (p<0.0001) and childbirth preference (p=0.011). Regarding knowledge about birth routes, there was a correlation with income (p=0.044), education (p=0.003), search for information on birth routes (p=0.007) and attitude toward cesarean sections (p<0.0001). Knowledge about humanized childbirth among postpartum women who had heard about the term was correlated with knowledge about birth routes (p<0.0001). Conclusion: It was observed a low knowledge about birth routes and humanized delivery, influenced by socioeconomic and prenatal factors. Emphasis is placed on the need for quality prenatal care, with an appropriate transmission of knowledge and encouragement of humanized delivery, in order to promote a healthy birth for mother and baby.porUniversidade PositivoUPBrasilMedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAParto humanizadoVias de partoPuérperasConhecimento das puérperas em relação ao parto humanizado e as vias de partoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisMartini, Milena Binhame Albinihttp://lattes.cnpq.br/1092078843737955Pauletti, Bruna BialetzkiRodrigues, CamilaPierin, Heloisa KugeratskiFerreira, Maria Fernanda QueirózGarcia, Lucas MoriTapparo, Thaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINAL34_TCCmed_UP_gestantes.pdf34_TCCmed_UP_gestantes.pdfConhecimento das puérperas em relação ao parto humanizado e as vias de partoapplication/pdf2531467http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3867/1/34_TCCmed_UP_gestantes.pdfeb1a831d0277608091a6106befd847ebMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3867/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/38672022-06-03 15:51:47.402oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/3867Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2022-06-03T18:51:47Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
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