Apontamentos sobre branquitude e privilégios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Nathaly Cristina
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41344
Resumo: Esse estudo tem como objetivo discutir e refletir sobre os privilégios da branquitude, bem como, discutir se o acesso a oportunidades e privilégios são atribuídos da mesma maneira a todas as pessoas; investigar os mecanismos que legitimam e perpetuam as desigualdades raciais; problematizar a posição da pessoa branca nas discussões das relações raciais.  O presente artigo realiza uma abordagem metodológica com base na revisão bibliográfica de estudos sobre relações raciais, problematizando a falta de estudos e da participação e reconhecimento de uma branquitude nessas relações.  Concluímos que a branquitude é, portanto, a representação do branco como padrão universal de humanidade, a norma, o que garante as pessoas brancas privilégios na sociedade. A partir desse artigo pudemos observar que para quem historicamente possuí o poder, os privilégios e vantagens raciais e sociais, toda e qualquer reivindicação de igualdade social, cultural e política é uma possível ameaça à cultura hegemônica da branquitude que ocupa e sempre seu lugar de privilégio. É preciso que as pessoas brancas reflitam que a branquitude foi construída como lugar racial da superioridade, fazendo-se necessário também abolir a concepção de ser superior, reconhecendo seus privilégios e do seu grupo, criticando isso, e fazendo parte da luta antirracista.
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A partir desse artigo pudemos observar que para quem historicamente possuí o poder, os privilégios e vantagens raciais e sociais, toda e qualquer reivindicação de igualdade social, cultural e política é uma possível ameaça à cultura hegemônica da branquitude que ocupa e sempre seu lugar de privilégio. É preciso que as pessoas brancas reflitam que a branquitude foi construída como lugar racial da superioridade, fazendo-se necessário também abolir a concepção de ser superior, reconhecendo seus privilégios e do seu grupo, criticando isso, e fazendo parte da luta antirracista.This study aims to discuss and reflect on the privileges of whiteness, as well as to discuss whether access to opportunities and privileges are attributed in the same way to all people; investigate the mechanisms that legitimize and perpetuate racial inequalities; problematize the position of the white person in discussions of race relations. This article takes a methodological approach based on a bibliographical review of studies on racial relations, problematizing the lack of studies and the participation and recognition of whiteness in these relations. We conclude that whiteness is, therefore, the representation of white as a universal standard of humanity, the norm, which guarantees white people privileges in society. From this article we could observe that for those who historically possessed power, privileges and racial and social advantages, any claim to social, cultural and political equality is a possible threat to the hegemonic culture of whiteness that occupies and always occupies its place of privilege . It is necessary for white people to reflect that whiteness was constructed as a racial place of superiority, making it necessary to also abolish the conception of being superior, recognizing their privileges and that of their group, criticizing it, and being part of the anti-racist struggle.Este estudio tiene como objetivo discutir y reflexionar sobre los privilegios de la blancura, así como discutir si el acceso a las oportunidades y los privilegios se atribuyen de la misma manera a todas las personas; investigar los mecanismos que legitiman y perpetúan las desigualdades raciales; problematizar la posición de la persona blanca en las discusiones sobre las relaciones raciales. Este artículo realiza un abordaje metodológico a partir de una revisión bibliográfica de estudios sobre relaciones raciales, problematizando la falta de estudios y la participación y reconocimiento de la blanquitud en estas relaciones. Concluimos que la blancura es, por tanto, la representación del blanco como estándar universal de la humanidad, la norma, que garantiza los privilegios de los blancos en la sociedad. De este artículo pudimos observar que para quienes históricamente detentaron poder, privilegios y ventajas raciales y sociales, cualquier pretensión de igualdad social, cultural y política es una posible amenaza a la cultura hegemónica de la blanquitud que ocupa y ocupa siempre su lugar de privilegio. Es necesario que los blancos reflexionen que la blanquitud se construyó como un lugar de superioridad racial, siendo necesario abolir también la concepción de ser superior, reconociendo sus privilegios y los de su grupo, criticándolo y siendo parte de la anti- lucha racista.Research, Society and Development2023-04-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4134410.33448/rsd-v12i4.41344Research, Society and Development; Vol. 12 No. 4; e24112441344Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 4; e24112441344Research, Society and Development; v. 12 n. 4; e241124413442525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41344/33569Copyright (c) 2023 Nathaly Cristina Fernandeshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFernandes, Nathaly Cristina2023-04-21T18:13:32Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/41344Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2023-04-21T18:13:32Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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