Distribuição espacial dos casos de tuberculose em crianças no Brasil: um estudo ecológico, 2010-2020

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Alexandra de Mello
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Santos, Jessica Adrielle Teixeira, Vasconcelos, Sandra Sayuri Nakamura de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36036
Resumo: A tuberculose figura entre as principais causas de morte em crianças. Além disso, reconhece-se que sua ocorrência apresenta dependência espacial, com maior incidência/prevalência em regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica e programática. Assim, objetivou-se analisar a distribuição espacial dos casos de tuberculose no Brasil, entre 2010 e 2020. Realizou-se um estudo ecológico, em que foram analisadas as notificações de tuberculose em crianças no Estado brasileiro. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, considerando o ano do diagnóstico e o local de notificação. Foram calculados os coeficientes de incidência da tuberculose em crianças de 0 a 9 anos. Ademais, os dados foram apresentados com frequência absoluta e relativa, bem como variação percentual entre o início e o término do período. Para a distribuição espacial, procedeu-se à construção de um mapa coroplético. Entre 2010 e 2020 foram registrados 14.802 casos de tuberculose em crianças no Brasil, com coeficiente médio de 4,5/100.000 habitantes. A distribuição espacial evidenciou maior concentração de casos nos estados das regiões Norte e Sudeste, como possível consequência de aspectos programáticos e demográficos, respectivamente. Observou-se queda dos casos em 2020, presumivelmente em decorrência da reorganização das ações e serviços de saúde para enfrentamento à COVID-19. Além disso, entre o início e o término da série, evidenciou-se diferentes comportamentos no país, com aumento em alguns estados e queda em outros. Esse cenário ressalta a importância de estudos ecológicos, pois oportunizam a identificação da ocorrência de agravos em diferentes localidades, visando o subsídio de políticas públicas de enfrentamento.
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spelling Distribuição espacial dos casos de tuberculose em crianças no Brasil: um estudo ecológico, 2010-2020Spatial distribution of tuberculosis cases in children in Brazil: an ecological study, 2010-2020Distribución espacial de los casos de tuberculosis en niños en Brasil: un estudio ecológico, 2010-2020Estudios epidemiológicosTuberculosisNiño.Epidemiologic studiesTuberculosisChild.Estudos epidemiológicosTuberculoseCriança.A tuberculose figura entre as principais causas de morte em crianças. Além disso, reconhece-se que sua ocorrência apresenta dependência espacial, com maior incidência/prevalência em regiões de maior vulnerabilidade socioeconômica e programática. Assim, objetivou-se analisar a distribuição espacial dos casos de tuberculose no Brasil, entre 2010 e 2020. Realizou-se um estudo ecológico, em que foram analisadas as notificações de tuberculose em crianças no Estado brasileiro. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, considerando o ano do diagnóstico e o local de notificação. Foram calculados os coeficientes de incidência da tuberculose em crianças de 0 a 9 anos. Ademais, os dados foram apresentados com frequência absoluta e relativa, bem como variação percentual entre o início e o término do período. Para a distribuição espacial, procedeu-se à construção de um mapa coroplético. Entre 2010 e 2020 foram registrados 14.802 casos de tuberculose em crianças no Brasil, com coeficiente médio de 4,5/100.000 habitantes. A distribuição espacial evidenciou maior concentração de casos nos estados das regiões Norte e Sudeste, como possível consequência de aspectos programáticos e demográficos, respectivamente. Observou-se queda dos casos em 2020, presumivelmente em decorrência da reorganização das ações e serviços de saúde para enfrentamento à COVID-19. Além disso, entre o início e o término da série, evidenciou-se diferentes comportamentos no país, com aumento em alguns estados e queda em outros. Esse cenário ressalta a importância de estudos ecológicos, pois oportunizam a identificação da ocorrência de agravos em diferentes localidades, visando o subsídio de políticas públicas de enfrentamento.Tuberculosis is among the leading causes of death in children. In addition, it is recognized that its occurrence is spatially dependent, with higher incidence/prevalence in regions of greater socioeconomic and programmatic vulnerability. Thus, the objective was to analyze the spatial distribution of tuberculosis cases in Brazil, between 2010 and 2020. An ecological study was carried out, in which tuberculosis notifications in children in the Brazilian state were analyzed. Data were collected in the Notifiable Diseases Information System, considering the year of diagnosis and the place of notification. Tuberculosis incidence coefficients in children aged 0 to 9 years were calculated. Furthermore, data were presented with absolute and relative frequency, as well as percentage variation between the beginning and the end of the period. For the spatial distribution, a choropleth map was constructed. Between 2010 and 2020, 14,802 cases of tuberculosis were recorded in children in Brazil, with an average coefficient of 4.5/100,000 inhabitants. The spatial distribution showed a higher concentration of cases in the states of the North and Southeast regions, as a possible consequence of programmatic and demographic aspects, respectively. There was a drop in cases in 2020, presumably because of the reorganization of health actions and services to combat COVID-19. In addition, between the beginning and the end of the series, different behaviors were observed in the country, with an increase in some states and a decrease in others. This scenario highlights the importance of ecological studies, as they provide the opportunity to identify the occurrence of diseases in different locations, aiming at subsidizing public policies to combat them.La tuberculosis es una de las principales causas de muerte en los niños. Además, se reconoce que su ocurrencia es espacialmente dependiente, con mayor incidencia/prevalencia en regiones de mayor vulnerabilidad socioeconómica y programática. Así, el objetivo fue analizar la distribución espacial de los casos de tuberculosis en Brasil, entre 2010 y 2020. Se realizó un estudio ecológico, en el que se analizaron las notificaciones de tuberculosis en niños en el estado brasileño. Los datos fueron recolectados en el Sistema de Información de Enfermedades de Declaración Obligatoria, considerando el año de diagnóstico y el local de notificación. Se calcularon coeficientes de incidencia de tuberculosis en niños de 0 a 9 años. Además, los datos fueron presentados con frecuencia absoluta y relativa, así como variación porcentual entre el inicio y el final del período. Para la distribución espacial se construyó un mapa de coropletas. Entre 2010 y 2020, se registraron 14.802 casos de tuberculosis en niños en Brasil, con un coeficiente medio de 4,5/100.000 habitantes. La distribución espacial mostró una mayor concentración de casos en los estados de las regiones Norte y Sudeste, como posible consecuencia de aspectos programáticos y demográficos, respectivamente. Hubo una caída de casos en 2020, presumiblemente como resultado de la reorganización de las acciones y servicios de salud para combatir el COVID-19. Además, entre el inicio y el final de la serie se observaron diferentes comportamientos en el país, con aumento en algunos estados y disminución en otros. Este escenario destaca la importancia de los estudios ecológicos, ya que permiten identificar la ocurrencia de enfermedades en diferentes localidades, con el objetivo de subsidiar políticas públicas para combatirlas.Research, Society and Development2022-10-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3603610.33448/rsd-v11i13.36036Research, Society and Development; Vol. 11 No. 13; e547111336036Research, Society and Development; Vol. 11 Núm. 13; e547111336036Research, Society and Development; v. 11 n. 13; e5471113360362525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36036/29985Copyright (c) 2022 Alexandra de Mello Pereira; Jessica Adrielle Teixeira Santos; Sandra Sayuri Nakamura de Vasconceloshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Alexandra de Mello Santos, Jessica Adrielle Teixeira Vasconcelos, Sandra Sayuri Nakamura de 2022-10-17T13:43:46Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/36036Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2024-01-17T09:50:43.944057Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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