Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Research, Society and Development |
Texto Completo: | https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39014 |
Resumo: | Diferenças raciais se associam às desigualdades sociais e condicionam a forma de vida das pessoas, podem determinar a saúde e doença de um determinado grupo. O proposito da pesquisa foi analisar a mortalidade por causa básica de óbito, tempo de sobrevivência e diferenciais pela raça/cor e sexo na Bahia. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, com dados secundários provenientes do SIM. Avaliou-se a associação entre as variáveis “causa básica de óbito” e “raça/cor” pelo teste do qui-quadrado, estudaram-se as relações entre todas as categorias de ambas as variáveis em uma análise de correspondência simples, e realizou-se uma análise de sobrevivência para comparar as curvas. Os resultados revelam que as mulheres apresentam melhor tempo de sobrevivência que os homens. Há uma associação entre a causa de óbito e raça/cor estatisticamente significante (p<0,0001). Os dados sugerem que há causas específicas de óbito segundo a raça/cor. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes na sobrevivência média de brancos quando comparados com amarelos. Os pardos morrem principalmente pelas causas externas e apresentam o menor tempo de sobrevivência médio, aproximadamente 10 anos menos que os brancos. Pretos morrem principalmente pelas doenças infecciosas e parasitárias, e apresentam em média 7,9 anos de sobrevivência menos que brancos. Indígenas morrem principalmente por transtornos mentais e comportamentais e apresentam 8,5 anos menos de sobrevivência. Conclusão: As mulheres apresentam maior sobrevivência média que os homens. Embora a sobrevivência média geral tenha apresentado uma tendência ao aumento, nas categorias da raça/cor há diferenças na média, diferenças que são mantidas ao longo dos anos. |
id |
UNIFEI_675d372d23bdb9df5504406a994561c7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/39014 |
network_acronym_str |
UNIFEI |
network_name_str |
Research, Society and Development |
repository_id_str |
|
spelling |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020Basic causes of death and survivorship according to race/color and sex in Bahia, period 2010-2020 Causas básicas de muerte y supervivencia según raza/color y sexo en Bahía, período 2010-2020MortalidadeSobrevivênciaGrupos raciais.MortalidadSupervivenciaGrupos raciales.MortalitySurvivorshipRacial groups.Diferenças raciais se associam às desigualdades sociais e condicionam a forma de vida das pessoas, podem determinar a saúde e doença de um determinado grupo. O proposito da pesquisa foi analisar a mortalidade por causa básica de óbito, tempo de sobrevivência e diferenciais pela raça/cor e sexo na Bahia. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, com dados secundários provenientes do SIM. Avaliou-se a associação entre as variáveis “causa básica de óbito” e “raça/cor” pelo teste do qui-quadrado, estudaram-se as relações entre todas as categorias de ambas as variáveis em uma análise de correspondência simples, e realizou-se uma análise de sobrevivência para comparar as curvas. Os resultados revelam que as mulheres apresentam melhor tempo de sobrevivência que os homens. Há uma associação entre a causa de óbito e raça/cor estatisticamente significante (p<0,0001). Os dados sugerem que há causas específicas de óbito segundo a raça/cor. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes na sobrevivência média de brancos quando comparados com amarelos. Os pardos morrem principalmente pelas causas externas e apresentam o menor tempo de sobrevivência médio, aproximadamente 10 anos menos que os brancos. Pretos morrem principalmente pelas doenças infecciosas e parasitárias, e apresentam em média 7,9 anos de sobrevivência menos que brancos. Indígenas morrem principalmente por transtornos mentais e comportamentais e apresentam 8,5 anos menos de sobrevivência. Conclusão: As mulheres apresentam maior sobrevivência média que os homens. Embora a sobrevivência média geral tenha apresentado uma tendência ao aumento, nas categorias da raça/cor há diferenças na média, diferenças que são mantidas ao longo dos anos.Racial differences are associated with social inequalities and condition people's way of life, and can determine the health and illness of a given group. The purpose of this research was to analyze mortality by underlying cause of death, survivorship and differentials by race/color and sex in Bahia. This is an epidemiological, quantitative study, with secondary data from the SIM. The association between the variables “basic cause of death” and “race/color” was evaluated using the chi-square test, the relationships between all categories of both variables were studied in a simple correspondence analysis, and if a survival analysis to compare the curves. The results reveal that women have a better survival time than men. There is a statistically significant association between cause of death and race/color (p<0.0001). The data suggest that there are specific causes of death according to race/color. We found no statistically significant differences in the mean survival of whites when compared to yellows. Browns die mainly from external causes and have the shortest average survival time, approximately 10 years less than whites. Blacks die mainly from infectious and parasitic diseases, and have an average of 7.9 years of survival less than whites. Indigenous people die mainly from mental and behavioral disorders and have 8.5 years less survival. Conclusion: Women have a higher mean survival than men. Although the overall average survival has shown an upward trend, in the race/color categories there are differences in the average, differences that are maintained over the years.Las diferencias raciales están asociadas a las desigualdades sociales y condicionan el modo de vida de las personas, pudiendo determinar la salud y la enfermedad de un determinado grupo. El objetivo de la investigación fue analizar la mortalidad por causa básica de muerte, tiempo de supervivencia y diferenciales por raza/color y sexo en Bahía. Se trata de un estudio epidemiológico, cuantitativo, con datos secundarios del SIM. La asociación entre las variables “causa básica de muerte” y “raza/color” se evaluó mediante la prueba de chi-cuadrado, las relaciones entre todas las categorías de ambas variables se estudiaron en un análisis de correspondencia simple, se realizó un análisis de supervivencia para comparar las curvas. Los resultados revelan que las mujeres tienen un mejor tiempo de supervivencia que los hombres. Existe una asociación estadísticamente significativa entre la causa de muerte y la raza/color (p<0,0001). Los datos sugieren que existen causas específicas de muerte según la raza/color. No encontramos diferencias estadísticamente significativas en la supervivencia media de los blancos en comparación con los amarillos. Los pardos mueren principalmente por causas externas y tienen el tiempo promedio de supervivencia más corto, aproximadamente 10 años menos que los blancos. Los negros mueren principalmente por enfermedades infecciosas y parasitarias, y tienen un promedio de 7,9 años de supervivencia menos que los blancos. Los indígenas mueren principalmente por trastornos mentales y del comportamiento y tienen 8,5 años menos de supervivencia. Conclusión: Las mujeres tienen una supervivencia media superior a la de los hombres. Si bien la supervivencia promedio general ha mostrado una tendencia ascendente, en las categorías de raza/color existen diferencias en el promedio, diferencias que se mantienen a lo largo de los años.Research, Society and Development2022-12-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3901410.33448/rsd-v11i17.39014Research, Society and Development; Vol. 11 No. 17; e84111739014Research, Society and Development; Vol. 11 Núm. 17; e84111739014Research, Society and Development; v. 11 n. 17; e841117390142525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39014/32088Copyright (c) 2022 Jean Carlos Zambrano Contreras; Anna Paloma Martins Rocha Ribeiro ; Caroline Santos Silva; Alessandra Rabelo Gonçalves Fernandes; Felipe Souza Dreger Nery; Tyson Andrade Miranda; Rodolfo Macedo Cruz Pimenta; Marjory dos Santos Passos; Ana Clara Silva Oliveira; José de Bessa Juniorhttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessContreras, Jean Carlos Zambrano Ribeiro , Anna Paloma Martins Rocha Silva, Caroline Santos Fernandes, Alessandra Rabelo Gonçalves Nery, Felipe Souza Dreger Miranda, Tyson Andrade Pimenta, Rodolfo Macedo Cruz Passos, Marjory dos Santos Oliveira, Ana Clara Silva Bessa Junior, José de 2022-12-28T13:53:48Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/39014Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2024-01-17T09:52:27.820511Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 Basic causes of death and survivorship according to race/color and sex in Bahia, period 2010-2020 Causas básicas de muerte y supervivencia según raza/color y sexo en Bahía, período 2010-2020 |
title |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 |
spellingShingle |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 Contreras, Jean Carlos Zambrano Mortalidade Sobrevivência Grupos raciais. Mortalidad Supervivencia Grupos raciales. Mortality Survivorship Racial groups. |
title_short |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 |
title_full |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 |
title_fullStr |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 |
title_full_unstemmed |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 |
title_sort |
Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020 |
author |
Contreras, Jean Carlos Zambrano |
author_facet |
Contreras, Jean Carlos Zambrano Ribeiro , Anna Paloma Martins Rocha Silva, Caroline Santos Fernandes, Alessandra Rabelo Gonçalves Nery, Felipe Souza Dreger Miranda, Tyson Andrade Pimenta, Rodolfo Macedo Cruz Passos, Marjory dos Santos Oliveira, Ana Clara Silva Bessa Junior, José de |
author_role |
author |
author2 |
Ribeiro , Anna Paloma Martins Rocha Silva, Caroline Santos Fernandes, Alessandra Rabelo Gonçalves Nery, Felipe Souza Dreger Miranda, Tyson Andrade Pimenta, Rodolfo Macedo Cruz Passos, Marjory dos Santos Oliveira, Ana Clara Silva Bessa Junior, José de |
author2_role |
author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Contreras, Jean Carlos Zambrano Ribeiro , Anna Paloma Martins Rocha Silva, Caroline Santos Fernandes, Alessandra Rabelo Gonçalves Nery, Felipe Souza Dreger Miranda, Tyson Andrade Pimenta, Rodolfo Macedo Cruz Passos, Marjory dos Santos Oliveira, Ana Clara Silva Bessa Junior, José de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mortalidade Sobrevivência Grupos raciais. Mortalidad Supervivencia Grupos raciales. Mortality Survivorship Racial groups. |
topic |
Mortalidade Sobrevivência Grupos raciais. Mortalidad Supervivencia Grupos raciales. Mortality Survivorship Racial groups. |
description |
Diferenças raciais se associam às desigualdades sociais e condicionam a forma de vida das pessoas, podem determinar a saúde e doença de um determinado grupo. O proposito da pesquisa foi analisar a mortalidade por causa básica de óbito, tempo de sobrevivência e diferenciais pela raça/cor e sexo na Bahia. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, com dados secundários provenientes do SIM. Avaliou-se a associação entre as variáveis “causa básica de óbito” e “raça/cor” pelo teste do qui-quadrado, estudaram-se as relações entre todas as categorias de ambas as variáveis em uma análise de correspondência simples, e realizou-se uma análise de sobrevivência para comparar as curvas. Os resultados revelam que as mulheres apresentam melhor tempo de sobrevivência que os homens. Há uma associação entre a causa de óbito e raça/cor estatisticamente significante (p<0,0001). Os dados sugerem que há causas específicas de óbito segundo a raça/cor. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes na sobrevivência média de brancos quando comparados com amarelos. Os pardos morrem principalmente pelas causas externas e apresentam o menor tempo de sobrevivência médio, aproximadamente 10 anos menos que os brancos. Pretos morrem principalmente pelas doenças infecciosas e parasitárias, e apresentam em média 7,9 anos de sobrevivência menos que brancos. Indígenas morrem principalmente por transtornos mentais e comportamentais e apresentam 8,5 anos menos de sobrevivência. Conclusão: As mulheres apresentam maior sobrevivência média que os homens. Embora a sobrevivência média geral tenha apresentado uma tendência ao aumento, nas categorias da raça/cor há diferenças na média, diferenças que são mantidas ao longo dos anos. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-12-21 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39014 10.33448/rsd-v11i17.39014 |
url |
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39014 |
identifier_str_mv |
10.33448/rsd-v11i17.39014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39014/32088 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Research, Society and Development |
publisher.none.fl_str_mv |
Research, Society and Development |
dc.source.none.fl_str_mv |
Research, Society and Development; Vol. 11 No. 17; e84111739014 Research, Society and Development; Vol. 11 Núm. 17; e84111739014 Research, Society and Development; v. 11 n. 17; e84111739014 2525-3409 reponame:Research, Society and Development instname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) instacron:UNIFEI |
instname_str |
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) |
instacron_str |
UNIFEI |
institution |
UNIFEI |
reponame_str |
Research, Society and Development |
collection |
Research, Society and Development |
repository.name.fl_str_mv |
Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) |
repository.mail.fl_str_mv |
rsd.articles@gmail.com |
_version_ |
1797052801245773824 |