Avaliação da utilização de tratamento empírico para Covid-19 com cloroquina/hidroxicloroquina, durante a primeira onda no Ceará, em pacientes internados em unidade hospitalar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saraiva , José Eduardo Carvalho
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Arruda Filho, Jorge Alberto de Sabóia, Mendes, Taynara Falkenstins Gois, Coelho, Tânia Mara Silva, Medeiros, Melissa Soares
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37364
Resumo: No final de dezembro de 2019, um surto de uma doença emergente (Covid-19) devido a um novo coronavírus (chamado SARS-CoV-2) rapidamente se transformou em pandemia. A reavaliação de medicamentos para uso como tratamentos antivirais foi uma das primeiras iniciativas terapêuticas, destacando-se a cloroquina/hidroxicloroquina. Foi realizado estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes hospitalizados com Covid-19 de março a abril de 2020 e análise correlacionada de terapia com Cloroquina/Hidroxicloroquina, Azitromicina, Oseltamivir e corticoide. Foram avaliados 122 pacientes, onde foi observado elevado percentual de pacientes com internação em UTI (41,8%). Os principais sintomas foram: dispneia (68,9%), febre (84,4%) e tosse (81%). A mortalidade total foi de 11,5% (N=14), com média de idade igual a 73 anos (var 55-87). Os pacientes com alta hospitalar apresentaram média de idade de 49,7 anos. Detectou-se elevado reporte de comorbidades associadas à internação hospitalar, principalmente HAS, DM, Doenças cardiológicas e neuropsiquiátricas. O uso das medicações cloroquina ou hidroxicloroquina não foi impactante para mortalidade (p=0,55), nem tão pouco a utilização de azitromicina (p=0,78) ou corticóide (p=0,3). Os pacientes que necessitaram de internação em UTI apresentavam médias de hemoglobina menores em relação à admissão, bem como elevação de marcadores inflamatórios (leucócitos, plaquetas, D-dímeros, TGO, PCR e LDH). Concluiu-se por ineficácia no impacto para mortalidade da utilização de cloroquina/hidroxicloroquina.
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spelling Avaliação da utilização de tratamento empírico para Covid-19 com cloroquina/hidroxicloroquina, durante a primeira onda no Ceará, em pacientes internados em unidade hospitalar Evaluation of the use of empirical treatment for Covid-19 with chloroquine/hydroxychloroquine, during the first wave in Ceará, in patients admitted to a hospital unitEvaluación del uso del tratamiento empírico para Covid-19 con cloroquina/hidroxicloroquina, durante la primera ola en Ceará, en pacientes internados en una unidad hospitalariaCovid-19CloroquinaHidroxicloroquinaAzitromicinaCorticosteroides.Covid-19CloroquinaHidroxicloroquinaAzitromicinaCorticosteróides.Covid-19ChloroquineHydroxychloroquineAzithromycinCorticosteroids.No final de dezembro de 2019, um surto de uma doença emergente (Covid-19) devido a um novo coronavírus (chamado SARS-CoV-2) rapidamente se transformou em pandemia. A reavaliação de medicamentos para uso como tratamentos antivirais foi uma das primeiras iniciativas terapêuticas, destacando-se a cloroquina/hidroxicloroquina. Foi realizado estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes hospitalizados com Covid-19 de março a abril de 2020 e análise correlacionada de terapia com Cloroquina/Hidroxicloroquina, Azitromicina, Oseltamivir e corticoide. Foram avaliados 122 pacientes, onde foi observado elevado percentual de pacientes com internação em UTI (41,8%). Os principais sintomas foram: dispneia (68,9%), febre (84,4%) e tosse (81%). A mortalidade total foi de 11,5% (N=14), com média de idade igual a 73 anos (var 55-87). Os pacientes com alta hospitalar apresentaram média de idade de 49,7 anos. Detectou-se elevado reporte de comorbidades associadas à internação hospitalar, principalmente HAS, DM, Doenças cardiológicas e neuropsiquiátricas. O uso das medicações cloroquina ou hidroxicloroquina não foi impactante para mortalidade (p=0,55), nem tão pouco a utilização de azitromicina (p=0,78) ou corticóide (p=0,3). Os pacientes que necessitaram de internação em UTI apresentavam médias de hemoglobina menores em relação à admissão, bem como elevação de marcadores inflamatórios (leucócitos, plaquetas, D-dímeros, TGO, PCR e LDH). Concluiu-se por ineficácia no impacto para mortalidade da utilização de cloroquina/hidroxicloroquina.In late December 2019, an outbreak of an emerging disease (Covid-19) due to a novel coronavirus (called SARS-CoV-2) quickly turned into a pandemic. The reassessment of drugs for use as antiviral treatments was one of the first therapeutic initiatives, especially chloroquine/hydroxychloroquine. A retrospective study of the medical records of patients hospitalized with Covid-19 from March to April 2020 and correlated analysis of therapy with Chloroquine/Hydroxychloroquine, Azithromycin, Oseltamivir and corticosteroids was performed. A total of 122 patients were evaluated, with a high percentage of patients admitted to the ICU (41.8%). The main symptoms were: dyspnea (68.9%), fever (84.4%) and cough (81%). Total mortality was 11.5% (N=14), with a mean age of 73 years (var 55-87). Patients discharged from the hospital had a mean age of 49.7 years. A high report of comorbidities associated with hospital admission was detected, mainly SAH, DM, cardiological and neuropsychiatric diseases. The use of the medications chloroquine or hydroxychloroquine had no impact on mortality (p=0.55), nor was the use of azithromycin (p=0.78) or corticosteroids (p=0.3). Patients who required ICU admission had lower mean hemoglobin levels compared to admission, as well as increased inflammatory markers (leukocytes, platelets, D-dimers, TGO, CRP and LDH). It was concluded that the use of chloroquine/hydroxychloroquine was ineffective in terms of mortality.A fines de diciembre de 2019, un brote de una enfermedad emergente (Covid-19) debido a un nuevo coronavirus (llamado SARS-CoV-2) se convirtió rápidamente en una pandemia. La reevaluación de medicamentos para su uso como tratamientos antivirales fue una de las primeras iniciativas terapéuticas, especialmente la cloroquina/hidroxicloroquina. Se realizó un estudio retrospectivo de las historias clínicas de pacientes hospitalizados con Covid-19 de marzo a abril de 2020 y análisis correlacionado de la terapia con Cloroquina/Hidroxicloroquina, Azitromicina, Oseltamivir y corticoides. Se evaluaron un total de 122 pacientes, con un alto porcentaje de pacientes ingresados en UCI (41,8%). Los principales síntomas fueron: disnea (68,9%), fiebre (84,4%) y tos (81%). La mortalidad total fue del 11,5% (N=14), con una edad media de 73 años (var 55-87). Los pacientes dados de alta del hospital tenían una edad media de 49,7 años. Se detectó un alto reporte de comorbilidades asociadas al ingreso hospitalario, principalmente HAS, DM, enfermedades cardiológicas y neuropsiquiátricas. El uso de los medicamentos cloroquina o hidroxicloroquina no tuvo impacto en la mortalidad (p=0,55), ni tampoco el uso de azitromicina (p=0,78) o corticoides (p=0,3). Los pacientes que requirieron ingreso en UCI tenían niveles medios de hemoglobina más bajos en comparación con el ingreso, así como marcadores inflamatorios elevados (leucocitos, plaquetas, dímeros D, TGO, PCR y LDH). Se concluyó que el uso de cloroquina/hidroxicloroquina fue ineficaz en términos de mortalidad.Research, Society and Development2022-12-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3736410.33448/rsd-v11i16.37364Research, Society and Development; Vol. 11 No. 16; e228111637364Research, Society and Development; Vol. 11 Núm. 16; e228111637364Research, Society and Development; v. 11 n. 16; e2281116373642525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37364/31605Copyright (c) 2022 José Eduardo Carvalho Saraiva ; Jorge Alberto de Sabóia Arruda Filho; Taynara Falkenstins Gois Mendes; Tânia Mara Silva Coelho; Melissa Soares Medeiroshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSaraiva , José Eduardo Carvalho Arruda Filho, Jorge Alberto de Sabóia Mendes, Taynara Falkenstins Gois Coelho, Tânia Mara Silva Medeiros, Melissa Soares 2022-12-18T18:26:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/37364Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2024-01-17T09:51:33.982296Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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