A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Direitos Humanos e Democracia |
Texto Completo: | https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5704 |
Resumo: | O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o momento criado pelo relatório final da Comissão Nacional da Verdade para a reforma das instituições de segurança pública no Brasil. Nossas principais hipóteses são que a continuidade da violência policial presente no cotidiano da sociedade brasileira é um legado, ainda que não exclusivo, da ditadura civil-militar e que esta permanência autoritária é decorrência do inacabado processo transicional brasileiro. A falta de efetividade do direito à verdade e à memória ajudou no esquecimento da barbárie e na crença no discurso dos golpistas e seus apoiadores que perpetuou no imaginário coletivo nacional, enquanto a ausência de reforma da segurança pública contribuiu para a naturalização da violência dentro das instituições. Concluímos que o momento criado pela apresentação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, no contexto das demandas populares pela desmilitarização da polícia e da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional número 51 no Congresso Nacional, que visa modernizar e democratizar essas instituições, é o mais propício ao agendamento desse debate público desde o processo de redemocratização. Não somos ingênuos ao ponto de acreditar que a Proposta de Emenda Constitucional número 51 seja capaz de resolver todos os problemas da segurança pública brasileira. No entanto, é a proposta mais sólida já apresentada e talvez seja a melhor oportunidade de enfrentá-los, além de poder ensejar o debate em conjunto com as sugestões propostas pela Comissão Nacional da Verdade. |
id |
UNIJ-1_371b1fb908cce451c2b1520db8ea4172 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.unijui.edu.br:article/5704 |
network_acronym_str |
UNIJ-1 |
network_name_str |
Revista Direitos Humanos e Democracia |
repository_id_str |
|
spelling |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICAO presente artigo tem como objetivo refletir sobre o momento criado pelo relatório final da Comissão Nacional da Verdade para a reforma das instituições de segurança pública no Brasil. Nossas principais hipóteses são que a continuidade da violência policial presente no cotidiano da sociedade brasileira é um legado, ainda que não exclusivo, da ditadura civil-militar e que esta permanência autoritária é decorrência do inacabado processo transicional brasileiro. A falta de efetividade do direito à verdade e à memória ajudou no esquecimento da barbárie e na crença no discurso dos golpistas e seus apoiadores que perpetuou no imaginário coletivo nacional, enquanto a ausência de reforma da segurança pública contribuiu para a naturalização da violência dentro das instituições. Concluímos que o momento criado pela apresentação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, no contexto das demandas populares pela desmilitarização da polícia e da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional número 51 no Congresso Nacional, que visa modernizar e democratizar essas instituições, é o mais propício ao agendamento desse debate público desde o processo de redemocratização. Não somos ingênuos ao ponto de acreditar que a Proposta de Emenda Constitucional número 51 seja capaz de resolver todos os problemas da segurança pública brasileira. No entanto, é a proposta mais sólida já apresentada e talvez seja a melhor oportunidade de enfrentá-los, além de poder ensejar o debate em conjunto com as sugestões propostas pela Comissão Nacional da Verdade.EDITORA UNIJUI2016-12-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/570410.21527/2317-5389.2016.8.209-238Revista Direitos Humanos e Democracia; v. 4 n. 8 (2016); 209-2382317-5389reponame:Revista Direitos Humanos e Democraciainstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI)instacron:UNIJUIporhttps://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5704/5123Copyright (c) 2016 Revista Direitos Humanos e Democraciainfo:eu-repo/semantics/openAccessRigon, Bruno SilveiraSilveira, Felipe Lazzari da2021-03-25T21:29:17Zoai:ojs.revistas.unijui.edu.br:article/5704Revistahttps://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/oai2317-53892317-5389opendoar:2021-03-25T21:29:17Revista Direitos Humanos e Democracia - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
title |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
spellingShingle |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA Rigon, Bruno Silveira |
title_short |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
title_full |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
title_fullStr |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
title_full_unstemmed |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
title_sort |
A HORA É AGORA! REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO CRIADO PELO RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE PARA A REFORMA DAS INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA |
author |
Rigon, Bruno Silveira |
author_facet |
Rigon, Bruno Silveira Silveira, Felipe Lazzari da |
author_role |
author |
author2 |
Silveira, Felipe Lazzari da |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rigon, Bruno Silveira Silveira, Felipe Lazzari da |
description |
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o momento criado pelo relatório final da Comissão Nacional da Verdade para a reforma das instituições de segurança pública no Brasil. Nossas principais hipóteses são que a continuidade da violência policial presente no cotidiano da sociedade brasileira é um legado, ainda que não exclusivo, da ditadura civil-militar e que esta permanência autoritária é decorrência do inacabado processo transicional brasileiro. A falta de efetividade do direito à verdade e à memória ajudou no esquecimento da barbárie e na crença no discurso dos golpistas e seus apoiadores que perpetuou no imaginário coletivo nacional, enquanto a ausência de reforma da segurança pública contribuiu para a naturalização da violência dentro das instituições. Concluímos que o momento criado pela apresentação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, no contexto das demandas populares pela desmilitarização da polícia e da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional número 51 no Congresso Nacional, que visa modernizar e democratizar essas instituições, é o mais propício ao agendamento desse debate público desde o processo de redemocratização. Não somos ingênuos ao ponto de acreditar que a Proposta de Emenda Constitucional número 51 seja capaz de resolver todos os problemas da segurança pública brasileira. No entanto, é a proposta mais sólida já apresentada e talvez seja a melhor oportunidade de enfrentá-los, além de poder ensejar o debate em conjunto com as sugestões propostas pela Comissão Nacional da Verdade. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-12-17 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5704 10.21527/2317-5389.2016.8.209-238 |
url |
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5704 |
identifier_str_mv |
10.21527/2317-5389.2016.8.209-238 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5704/5123 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2016 Revista Direitos Humanos e Democracia info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2016 Revista Direitos Humanos e Democracia |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
EDITORA UNIJUI |
publisher.none.fl_str_mv |
EDITORA UNIJUI |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Direitos Humanos e Democracia; v. 4 n. 8 (2016); 209-238 2317-5389 reponame:Revista Direitos Humanos e Democracia instname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI) instacron:UNIJUI |
instname_str |
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI) |
instacron_str |
UNIJUI |
institution |
UNIJUI |
reponame_str |
Revista Direitos Humanos e Democracia |
collection |
Revista Direitos Humanos e Democracia |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Direitos Humanos e Democracia - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808845055692111872 |