Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4364 |
Resumo: | A cidadania, cuja origem remonta ao período da Antiguidade Clássica, assumiu na Idade Moderna uma concepção universal e igualitária, inspirada, principalmente, pelos ideais revolucionários americanos e franceses. Representa uma luta evolutiva constante, que teve o pontapé inicial no século XVIII, na conquista dos direitos civis, passando pelos direitos políticos, sociais, de solidariedade e de busca pela paz. Porém, foi a partir da segunda metade do século XX, no período posterior aos horrores vividos nas duas grandes guerras mundiais, que a discussão em torno dessa temática ganhou maior espaço nas agendas políticas nacionais e internacionais, tendo em vista a necessidade de contenção das violências aos direitos humanos e fundamentais. Contudo, a pauta de discussão somente se tornou aberta para a população com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, em especial após o desenvolvimento da segunda geração da Web, que impulsionou a formação de microesferas públicas abertas de discussão, tornando visível muitos conflitos até então ocultos e levando os sujeitos a refletirem sobre os problemas enfrentados pelas sociedades atuais. Com isso, a formação de grupos sociais organizados e de ativistas online foi crescendo gradativamente, engajando um número cada vez maior de sujeitos, no qual o objetivo não é apenas sair às ruas para reivindicar respostas para as demandas sociais, mas também opor resistência aos poderes institucionalizados e hegemônicos. Eclodiram, assim, os movimentos da Primavera Árabe, o movimento dos indignados na Espanha, a Revolução das panelas na Islândia, o Occupy Street nos Estados Unidos, e os movimentos de junho de 2013 e março de 2015 no Brasil. Em razão disso, a pesquisa que é qualitativa e utiliza como método de abordagem o hipotético-dedutivo e como método de procedimento o histórico, possui o objetivo de analisar a contribuição desses movimentos que se originam a partir das redes digitais e o papel dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira. Para isso, apresenta-se na segunda seção uma evolução histórica acerca da cidadania, da formação do espaço público e dos movimentos sociais no Brasil, assim como dos principais movimentos sociais em rede. Na terceira seção, é analisado o desenvolvimento das redes de computadores, da internet e das novas formas comunicacionais, das microesferas públicas de discussão e das conexões identitárias que servem de elo para o engajamento dos indivíduos. E na quarta seção, discute-se o ativismo praticado nas redes digitais, as limitações trazidas pelo controle e vigilância dos dados e os desafios que o direito precisa enfrentar nesse contexto, para que, a partir disso, seja possível delimitar a formação de uma nova classe social que abarca toda a diversidade de sujeitos da sociedade atual e se movimenta em prol da garantia dos direitos humanos e fundamentais. |
id |
UNIJ_24180b805014a891fadd914108cd0e4c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:bibliodigital.unijui.edu.br:123456789/4364 |
network_acronym_str |
UNIJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIJUI |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMovimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira2017-07-3120162017-07-31T22:13:10Z2017-07-31T22:13:10ZA cidadania, cuja origem remonta ao período da Antiguidade Clássica, assumiu na Idade Moderna uma concepção universal e igualitária, inspirada, principalmente, pelos ideais revolucionários americanos e franceses. Representa uma luta evolutiva constante, que teve o pontapé inicial no século XVIII, na conquista dos direitos civis, passando pelos direitos políticos, sociais, de solidariedade e de busca pela paz. Porém, foi a partir da segunda metade do século XX, no período posterior aos horrores vividos nas duas grandes guerras mundiais, que a discussão em torno dessa temática ganhou maior espaço nas agendas políticas nacionais e internacionais, tendo em vista a necessidade de contenção das violências aos direitos humanos e fundamentais. Contudo, a pauta de discussão somente se tornou aberta para a população com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, em especial após o desenvolvimento da segunda geração da Web, que impulsionou a formação de microesferas públicas abertas de discussão, tornando visível muitos conflitos até então ocultos e levando os sujeitos a refletirem sobre os problemas enfrentados pelas sociedades atuais. Com isso, a formação de grupos sociais organizados e de ativistas online foi crescendo gradativamente, engajando um número cada vez maior de sujeitos, no qual o objetivo não é apenas sair às ruas para reivindicar respostas para as demandas sociais, mas também opor resistência aos poderes institucionalizados e hegemônicos. Eclodiram, assim, os movimentos da Primavera Árabe, o movimento dos indignados na Espanha, a Revolução das panelas na Islândia, o Occupy Street nos Estados Unidos, e os movimentos de junho de 2013 e março de 2015 no Brasil. Em razão disso, a pesquisa que é qualitativa e utiliza como método de abordagem o hipotético-dedutivo e como método de procedimento o histórico, possui o objetivo de analisar a contribuição desses movimentos que se originam a partir das redes digitais e o papel dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira. Para isso, apresenta-se na segunda seção uma evolução histórica acerca da cidadania, da formação do espaço público e dos movimentos sociais no Brasil, assim como dos principais movimentos sociais em rede. Na terceira seção, é analisado o desenvolvimento das redes de computadores, da internet e das novas formas comunicacionais, das microesferas públicas de discussão e das conexões identitárias que servem de elo para o engajamento dos indivíduos. E na quarta seção, discute-se o ativismo praticado nas redes digitais, as limitações trazidas pelo controle e vigilância dos dados e os desafios que o direito precisa enfrentar nesse contexto, para que, a partir disso, seja possível delimitar a formação de uma nova classe social que abarca toda a diversidade de sujeitos da sociedade atual e se movimenta em prol da garantia dos direitos humanos e fundamentais.131 f.Ciências Sociais AplicadasDireitos humanosCidadaniaInternetMovimentos sociaisRedes digitaishttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4364DMD_hdl_123456789/4364Gomes, Aline Antunesporreponame:Repositório Institucional da UNIJUIinstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulinstacron:UNIJUIinfo:eu-repo/semantics/openAccessAline%20Antunes%20Gomes.pdfhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/4364/1/Aline%20Antunes%20Gomes.pdfapplication/pdf1112478http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/4364/1/Aline%20Antunes%20Gomes.pdf81e8b38eb9d02dc52dd492866db5c61fMD5123456789_4364_12019-01-21T12:45:24Zmail@mail.com - |
dc.title.none.fl_str_mv |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
title |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
spellingShingle |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira Gomes, Aline Antunes Ciências Sociais Aplicadas Direitos humanos Cidadania Internet Movimentos sociais Redes digitais |
title_short |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
title_full |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
title_fullStr |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
title_full_unstemmed |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
title_sort |
Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira |
author |
Gomes, Aline Antunes |
author_facet |
Gomes, Aline Antunes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gomes, Aline Antunes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ciências Sociais Aplicadas Direitos humanos Cidadania Internet Movimentos sociais Redes digitais |
topic |
Ciências Sociais Aplicadas Direitos humanos Cidadania Internet Movimentos sociais Redes digitais |
dc.description.abstract.none.fl_txt_mv |
A cidadania, cuja origem remonta ao período da Antiguidade Clássica, assumiu na Idade Moderna uma concepção universal e igualitária, inspirada, principalmente, pelos ideais revolucionários americanos e franceses. Representa uma luta evolutiva constante, que teve o pontapé inicial no século XVIII, na conquista dos direitos civis, passando pelos direitos políticos, sociais, de solidariedade e de busca pela paz. Porém, foi a partir da segunda metade do século XX, no período posterior aos horrores vividos nas duas grandes guerras mundiais, que a discussão em torno dessa temática ganhou maior espaço nas agendas políticas nacionais e internacionais, tendo em vista a necessidade de contenção das violências aos direitos humanos e fundamentais. Contudo, a pauta de discussão somente se tornou aberta para a população com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, em especial após o desenvolvimento da segunda geração da Web, que impulsionou a formação de microesferas públicas abertas de discussão, tornando visível muitos conflitos até então ocultos e levando os sujeitos a refletirem sobre os problemas enfrentados pelas sociedades atuais. Com isso, a formação de grupos sociais organizados e de ativistas online foi crescendo gradativamente, engajando um número cada vez maior de sujeitos, no qual o objetivo não é apenas sair às ruas para reivindicar respostas para as demandas sociais, mas também opor resistência aos poderes institucionalizados e hegemônicos. Eclodiram, assim, os movimentos da Primavera Árabe, o movimento dos indignados na Espanha, a Revolução das panelas na Islândia, o Occupy Street nos Estados Unidos, e os movimentos de junho de 2013 e março de 2015 no Brasil. Em razão disso, a pesquisa que é qualitativa e utiliza como método de abordagem o hipotético-dedutivo e como método de procedimento o histórico, possui o objetivo de analisar a contribuição desses movimentos que se originam a partir das redes digitais e o papel dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira. Para isso, apresenta-se na segunda seção uma evolução histórica acerca da cidadania, da formação do espaço público e dos movimentos sociais no Brasil, assim como dos principais movimentos sociais em rede. Na terceira seção, é analisado o desenvolvimento das redes de computadores, da internet e das novas formas comunicacionais, das microesferas públicas de discussão e das conexões identitárias que servem de elo para o engajamento dos indivíduos. E na quarta seção, discute-se o ativismo praticado nas redes digitais, as limitações trazidas pelo controle e vigilância dos dados e os desafios que o direito precisa enfrentar nesse contexto, para que, a partir disso, seja possível delimitar a formação de uma nova classe social que abarca toda a diversidade de sujeitos da sociedade atual e se movimenta em prol da garantia dos direitos humanos e fundamentais. 131 f. |
description |
A cidadania, cuja origem remonta ao período da Antiguidade Clássica, assumiu na Idade Moderna uma concepção universal e igualitária, inspirada, principalmente, pelos ideais revolucionários americanos e franceses. Representa uma luta evolutiva constante, que teve o pontapé inicial no século XVIII, na conquista dos direitos civis, passando pelos direitos políticos, sociais, de solidariedade e de busca pela paz. Porém, foi a partir da segunda metade do século XX, no período posterior aos horrores vividos nas duas grandes guerras mundiais, que a discussão em torno dessa temática ganhou maior espaço nas agendas políticas nacionais e internacionais, tendo em vista a necessidade de contenção das violências aos direitos humanos e fundamentais. Contudo, a pauta de discussão somente se tornou aberta para a população com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, em especial após o desenvolvimento da segunda geração da Web, que impulsionou a formação de microesferas públicas abertas de discussão, tornando visível muitos conflitos até então ocultos e levando os sujeitos a refletirem sobre os problemas enfrentados pelas sociedades atuais. Com isso, a formação de grupos sociais organizados e de ativistas online foi crescendo gradativamente, engajando um número cada vez maior de sujeitos, no qual o objetivo não é apenas sair às ruas para reivindicar respostas para as demandas sociais, mas também opor resistência aos poderes institucionalizados e hegemônicos. Eclodiram, assim, os movimentos da Primavera Árabe, o movimento dos indignados na Espanha, a Revolução das panelas na Islândia, o Occupy Street nos Estados Unidos, e os movimentos de junho de 2013 e março de 2015 no Brasil. Em razão disso, a pesquisa que é qualitativa e utiliza como método de abordagem o hipotético-dedutivo e como método de procedimento o histórico, possui o objetivo de analisar a contribuição desses movimentos que se originam a partir das redes digitais e o papel dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira. Para isso, apresenta-se na segunda seção uma evolução histórica acerca da cidadania, da formação do espaço público e dos movimentos sociais no Brasil, assim como dos principais movimentos sociais em rede. Na terceira seção, é analisado o desenvolvimento das redes de computadores, da internet e das novas formas comunicacionais, das microesferas públicas de discussão e das conexões identitárias que servem de elo para o engajamento dos indivíduos. E na quarta seção, discute-se o ativismo praticado nas redes digitais, as limitações trazidas pelo controle e vigilância dos dados e os desafios que o direito precisa enfrentar nesse contexto, para que, a partir disso, seja possível delimitar a formação de uma nova classe social que abarca toda a diversidade de sujeitos da sociedade atual e se movimenta em prol da garantia dos direitos humanos e fundamentais. |
publishDate |
2016 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016 2017-07-31T22:13:10Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-07-31 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-07-31T22:13:10Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
masterThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4364 DMD_hdl_123456789/4364 |
url |
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4364 |
identifier_str_mv |
DMD_hdl_123456789/4364 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.bitstream.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIJUI instname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul instacron:UNIJUI |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIJUI |
collection |
Repositório Institucional da UNIJUI |
instname_str |
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul |
instacron_str |
UNIJUI |
institution |
UNIJUI |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1623416082920374272 |