A pulsão em freud e a vontade de potência em Nietzsche: uma articulação possível?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2651 |
Resumo: | O problema aqui apresentado interroga quanto a uma possível relação entre os conceitos de pulsão em Freud e vontade de potência em Nietzsche. Tendo a pesquisa bibliográfica como método, realizou-se uma análise comparativa entre os conceitos centrais destes autores. Utilizou-se como elemento adicional de comparação o termo alemão Trieb, que designa instinto, impulso, ímpeto ou pulsão, sendo uma unidade semântica central no trabalho de ambos. O uso de Trieb enquanto esquema-motor principal da vida reflete uma tendência em voga entre os filósofos naturalistas e as ciências da natureza no sentido de materializar a causa primeira dos fenômenos, retirando-lhes o transcendentalismo. Conforme vimos aqui, em Freud a pulsão (Trieb) possui elementos da física que imprimem sobre seus desdobramentos um caráter funcionalista ligado à inércia. Em Nietzsche Vontade de Potência e o impulso dela derivado representam o ímpeto da natureza em se atualizar incessantemente em movimentos autoafirmadores, ganhando expressão maior nos seres vivos. Complexifica-se no humano, onde o recurso à criação é apontado como redenção do conflito da existência. Enquanto em Freud prevalece a noção de conservação ligada à pulsão, os impulsos nietzschianos visam, sobretudo, ao transbordar vital da superação de si. |
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O problema aqui apresentado interroga quanto a uma possível relação entre os conceitos de pulsão em Freud e vontade de potência em Nietzsche. Tendo a pesquisa bibliográfica como método, realizou-se uma análise comparativa entre os conceitos centrais destes autores. Utilizou-se como elemento adicional de comparação o termo alemão Trieb, que designa instinto, impulso, ímpeto ou pulsão, sendo uma unidade semântica central no trabalho de ambos. O uso de Trieb enquanto esquema-motor principal da vida reflete uma tendência em voga entre os filósofos naturalistas e as ciências da natureza no sentido de materializar a causa primeira dos fenômenos, retirando-lhes o transcendentalismo. Conforme vimos aqui, em Freud a pulsão (Trieb) possui elementos da física que imprimem sobre seus desdobramentos um caráter funcionalista ligado à inércia. Em Nietzsche Vontade de Potência e o impulso dela derivado representam o ímpeto da natureza em se atualizar incessantemente em movimentos autoafirmadores, ganhando expressão maior nos seres vivos. Complexifica-se no humano, onde o recurso à criação é apontado como redenção do conflito da existência. Enquanto em Freud prevalece a noção de conservação ligada à pulsão, os impulsos nietzschianos visam, sobretudo, ao transbordar vital da superação de si. |
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