A educação entre a metafísica e a interpretação: um diálogo com Nietzsche
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6116 |
Resumo: | A presente pesquisa tem por objeto de estudo a educação em diálogo com a filosofia nietzschiana madura. Esta é compreendida como filosofia interpretativa que se perfaz desse modo em função da metafísica fundacional que é denunciada por Nietzsche como pensamento violento. A metafísica, configura-se na seiva vital do modo de ser ocidental. Acoplado a ela, erigiram-se pressupostos pedagógicos, os quais, segundo o filósofo, podem estar compartilhando da natureza violenta da metafísica, por isso, deve-se retomar tais questões numa perspectiva crítico-reflexiva. Se o pensamento fundacional traz a violência intrínseca, então pode engendrar na educação: discursos dogmáticos inquestionáveis, autoritarismo, domesticação, espíritos absolutos que monopolizam o saber, métodos pedagógicos infalíveis que repousam sobre a ingênua crença de garantirem aprendizagem, entre outros. Em um conceito, a educação torna-se uma educação de rebanho que reproduz a barbárie. Diante disso, assume-se a tese de que a filosofia interpretativa escapa das malhas do pensamento identificador metafísico e, por conseguinte, pode proporcionar uma nova experiência educacional que valorize o indivíduo, a interpretação, a compreensão, o ato criador e o gênio. Além disso, compreende que a relevância do professor consiste na apresentação das perspectivas (da tradição) aos alunos, ajudando-os na interpretação e na compreensão, o que Nietzsche irá denominar de autolibertação. Para demonstrar isso, a pesquisa foi estruturada em três capítulos. O primeiro, tem por desígnio situar o filósofo na tradição a partir de um modo de abordagem da questão do ser, evidenciando suas críticas a ela, bem como suas rupturas. Da crítica e da ruptura, constata-se a fragilidade e crise do pensamento fundacional, por isso, o segundo capítulo trabalha a transição do ser para uma racionalidade interpretativa. Por fim, no último capítulo são abordadas as implicações da filosofia interpretativa nietzschiana na educação, nos valores e na cultura. |
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A presente pesquisa tem por objeto de estudo a educação em diálogo com a filosofia nietzschiana madura. Esta é compreendida como filosofia interpretativa que se perfaz desse modo em função da metafísica fundacional que é denunciada por Nietzsche como pensamento violento. A metafísica, configura-se na seiva vital do modo de ser ocidental. Acoplado a ela, erigiram-se pressupostos pedagógicos, os quais, segundo o filósofo, podem estar compartilhando da natureza violenta da metafísica, por isso, deve-se retomar tais questões numa perspectiva crítico-reflexiva. Se o pensamento fundacional traz a violência intrínseca, então pode engendrar na educação: discursos dogmáticos inquestionáveis, autoritarismo, domesticação, espíritos absolutos que monopolizam o saber, métodos pedagógicos infalíveis que repousam sobre a ingênua crença de garantirem aprendizagem, entre outros. Em um conceito, a educação torna-se uma educação de rebanho que reproduz a barbárie. Diante disso, assume-se a tese de que a filosofia interpretativa escapa das malhas do pensamento identificador metafísico e, por conseguinte, pode proporcionar uma nova experiência educacional que valorize o indivíduo, a interpretação, a compreensão, o ato criador e o gênio. Além disso, compreende que a relevância do professor consiste na apresentação das perspectivas (da tradição) aos alunos, ajudando-os na interpretação e na compreensão, o que Nietzsche irá denominar de autolibertação. Para demonstrar isso, a pesquisa foi estruturada em três capítulos. O primeiro, tem por desígnio situar o filósofo na tradição a partir de um modo de abordagem da questão do ser, evidenciando suas críticas a ela, bem como suas rupturas. Da crítica e da ruptura, constata-se a fragilidade e crise do pensamento fundacional, por isso, o segundo capítulo trabalha a transição do ser para uma racionalidade interpretativa. Por fim, no último capítulo são abordadas as implicações da filosofia interpretativa nietzschiana na educação, nos valores e na cultura. 93 f. |
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A presente pesquisa tem por objeto de estudo a educação em diálogo com a filosofia nietzschiana madura. Esta é compreendida como filosofia interpretativa que se perfaz desse modo em função da metafísica fundacional que é denunciada por Nietzsche como pensamento violento. A metafísica, configura-se na seiva vital do modo de ser ocidental. Acoplado a ela, erigiram-se pressupostos pedagógicos, os quais, segundo o filósofo, podem estar compartilhando da natureza violenta da metafísica, por isso, deve-se retomar tais questões numa perspectiva crítico-reflexiva. Se o pensamento fundacional traz a violência intrínseca, então pode engendrar na educação: discursos dogmáticos inquestionáveis, autoritarismo, domesticação, espíritos absolutos que monopolizam o saber, métodos pedagógicos infalíveis que repousam sobre a ingênua crença de garantirem aprendizagem, entre outros. Em um conceito, a educação torna-se uma educação de rebanho que reproduz a barbárie. Diante disso, assume-se a tese de que a filosofia interpretativa escapa das malhas do pensamento identificador metafísico e, por conseguinte, pode proporcionar uma nova experiência educacional que valorize o indivíduo, a interpretação, a compreensão, o ato criador e o gênio. Além disso, compreende que a relevância do professor consiste na apresentação das perspectivas (da tradição) aos alunos, ajudando-os na interpretação e na compreensão, o que Nietzsche irá denominar de autolibertação. Para demonstrar isso, a pesquisa foi estruturada em três capítulos. O primeiro, tem por desígnio situar o filósofo na tradição a partir de um modo de abordagem da questão do ser, evidenciando suas críticas a ela, bem como suas rupturas. Da crítica e da ruptura, constata-se a fragilidade e crise do pensamento fundacional, por isso, o segundo capítulo trabalha a transição do ser para uma racionalidade interpretativa. Por fim, no último capítulo são abordadas as implicações da filosofia interpretativa nietzschiana na educação, nos valores e na cultura. |
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