A crítica de Nietzsche aos valores metafísicos

• Autor(a) principal: Schilling, Rodrigo Luis
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional Uninter
• Texto Completo: https://repositorio.uninter.com/handle/1/37
• topic: Estado Laico; Bancada Evangélica; Ensino religioso; Metafísica; Nietzsche

Com a crítica metafísica feita à sociedade de sua época, sintetizada no anúncio em que declarava simbolicamente a “morte de Deus”, o filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche, concluiu que, devido ao enfraquecimento dos seus valores morais e metafísicos, a religião não exercia mais influência ou interferência na sociedade e não guiava as decisões ou ações dos seus cidadãos. Partindo dessa constatação, a presente pesquisa teve como objetivo investigar se no Brasil contemporâneo a religião exerce influência e interfere no Estado laico. No entanto, se limitando às áreas da educação e da política. Sem fazer juízo de valor, nem atacar ou ofender qualquer crença religiosa, este estudo almejou promover a investigação autônoma e independente, típica da atitude filosófica. A metodologia empregada foi a de pesquisa bibliográfica a diversos autores, consultando artigos, livros, publicações e fontes eletrônicas. No desenvolvimento deste trabalho, foram constatadas diversas irregularidades no que se refere à laicidade do Estado, como a presença da bancada evangélica na política, que atua em defesa de projetos que favorecem instituições religiosas e combate outros, como a defesa dos direitos dos homossexuais, a descriminalização do aborto e a regularização das drogas. Na educação pública, vários autores e estudiosos indicaram a presença do ensino religioso catequético e confessional, que acaba desrespeitando a diversidade religiosa. Como conclusão, foi constatado que a religião e a moral cristã, interferem e influenciam nos referidos campos estudados. Por isso, atualmente em nosso país, e nos campos referidos estudados, diferentemente do que o pensador alemão sentenciara: “Deus não está Morto!”.