Doenças ocupacionais: um estudo com trabalhadores bancários do município de Crissiumal - RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dahmer, Alana Patrícia Duarte
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2865
Resumo: O presente trabalho consiste no Trabalho de Conclusão de Curso em que foram estudados os trabalhadores bancários de três instituições financeiras, um banco estatal estadual, uma estatal federal e uma cooperativa de crédito, do município de Crissiumal/RS, com o intuito de conhecer a saúde no trabalho e na vida pessoal destes profissionais, sob a ótica das doenças ocupacionais. Dias e Almeida (2001) afirmam que nem sempre há uma relação equilibrada entre as demandas e as possibilidades do trabalhador em efetuá-las, seja pelas condições desfavoráveis oferecidas no trabalho, sejam pelas características incompatíveis do trabalhador de realizar tais demandas. Em consequência a isso, os casos de doenças ocupacionais e seus procedentes afastamentos estão aumentando gradativamente. Uma das áreas profissionais mais afetadas por doenças ocupacionais é a área de serviços financeiros, e por isso a importância deste estudo em ser realizado, comparando entre três organizações com diferentes direções administrativas. Oliveira et. al.(1998, apud Silva e Másculo) cita que as transformações no processo de trabalho bancário, provindas da informatização e automação de grande parte das tarefas, promoveram consequências para os trabalhadores, elevando os riscos de doenças ocupacionais, tais como a LER – Lesões por Esforço Repetitivo e o estresse. As metas ousadas resultantes do desejo de elevar a lucratividade, fazem do profissional atuante despender um esforço mental e psicológico maior, necessitando procurar estratégias de enfrentamento, e obter auxílio de um profissional da saúde para superar problemas e doenças ocupacionais. O presente estudo tem como objetivo identificar se os trabalhadores de três instituições bancárias de Crissiumal/RS apresentam sintomas que possam vir a acometê-los com doenças ocupacionais e descrever as estratégias de enfrentamento utilizadas por estes profissionais. A classificação da pesquisa é de natureza aplicada, pois refere-se a debater problemas, apresentando um referencial teórico de determinada área de saber, e indicando soluções alternativas. (ZAMBERLAN et al. 2014) Caracteriza-se por abordagem quanti-qualitativa, quanto aos objetivos é exploratória e descritiva, quanto aos procedimentos técnicos, é bibliográfica, documental, de levantamento, porque o investigador interroga diretamente as pessoas sobre determinado assunto como é apresentado por Zamberlan et al. (2014) e através do questionário aplicado aos profissionais estudados. Ainda, é de campo e estudo multicasos, porque, segundo Bogdan e Biklen (1994 apud Araldi 2003) esse método se configura pelo estudo de dois ou mais casos, possibilitando aprofundar e observar detalhadamente um contexto ou indivíduo, de um acontecimento específico. O questionário foi aplicado nas três agências do município de Crissiumal/RS, sendo que a instituição estatal estadual tem 10 colaboradores, mas apenas 9 responderam, a instituição estatal federal possui 7 trabalhadores tendo 100% de retorno e a cooperativa de crédito que possui duas unidades de atendimento, totaliza 26 colaboradores, obtendo resposta de 25 apenas. Na análise dos dados coletados foi utilizado o software Excel para tabulação e análise dos mesmos. Dos respondentes, a cooperativa de crédito é formada principalmente por pessoas da geração Y, entre 24 e 34 anos, já em comparação às instituições públicas a predominância é da geração X, com pessoas entre 35 e 54 anos. Outro fator importante de citar é a continuidade aos estudos, onde apenas a cooperativa de crédito afirma continuar em atualização, sendo que as instituições estadual e federal têm em sua maioria parado os estudos. O que pode ser constatado na pesquisa é a grande comodidade e monotonia vivida pelos trabalhadores da instituição estatal estadual, onde a sua maioria está a mais de 12 anos na empresa, e parte desses está pelo mesmo período de tempo no mesmo cargo e na mesma cidade. A cooperativa de crédito também apresenta uma certa monotonia, porém com menor período de tempo, pois a sua maioria está com até sete anos de organização, nos mesmos cargos e na presente cidade. Em contraponto, a instituição estatal apresentou um rodízio entre cidades e planos de carreira interna, pois a maioria de seus trabalhadores está a mais de oito anos na organização, porém estão de um a três anos no atual cargo, e nesta cidade. Em relação às demandas pessoais e sua possível influência nas atividades profissionais, a maioria dos colaboradores das três instituições denotam sofrer com média frequência interferência. Conforme aponta Lipp (1984, apud LIPP e TANGANELLI, 2002) o estresse pode ter sua fonte inicial nos fatores externos, que são as exigências do dia a dia, impostas ao trabalhador, traduzidos em problemas familiares, sociais, de trabalho, doenças de um filho, perda de uma posição na organização, perda de uma promoção de cargo ou salarial, dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, medo de assaltos. Estes trabalhadores estão propícios a desenvolver quadros de estresse e levar a um estresse crônico, que vem a ser a síndrome de burnout. Acerca dos sintomas psicológicos de doenças ocupacionais, o nervosismo se destaca elevando a média, apresentando um índice de 3,1 para os bancos estadual e federal. A insatisfação é sobressaliente no banco estadual, exibindo um índice de 3,6. Já a ansiedade é notada em maior frequência no banco federal, com índice de 3,4. Estes sintomas englobam o estresse, e refletem no esgotamento do trabalhador, podendo desencadear a ocorrência de outros sintomas e doenças ocupacionais. O desgaste afeta o próprio indivíduo, os seus familiares e a organização em que trabalha, pois quanto mais ele ficar estressado, menos apoio e compreensão recebem em sua vida pessoal, e torna-se menos produtivo no trabalho. (CUSTÓDIO, 2007) Quanto aos sintomas físicos de doenças ocupacionais, pode ser citado com evidência o fator de tensão/dor muscular apontado com índice de 3,5 pelo banco estadual, sendo também o índice mais alto citado dentre todos os fatores. O banco estatal estadual passa a ser a instituição bancária que mais apresenta sintomas, os quais sejam, dores nas costas, com índice de 3,4, dores no pescoço/nuca, com índice de 3,3, dores de cabeça, com índice 3,3, dores nos braços, com um índice de 3,1 e dores nas mãos/dedos, com índice 3. Lembrando que o quadro funcional da instituição bancária estatal estadual é formado principalmente por pessoas de 35 a 54 anos, com perfil de alta monotonia, evitando mudanças, e com a maior parte do trabalho de forma manual, por não possuir tantos recursos tecnológicos, tendem a apresentar maior possibilidade de desenvolverem dores e tensões musculares, que podem levar a um quadro clínico de LER/DORT. Geralmente, os sintomas de LER/DORT aparecem de maneira silenciosa, e são agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e, mesmo sentindo dor e desconforto, o trabalhador tenta continuar suas atividades, diminuindo assim a capacidade física tanto laboral, quanto nas atividades cotidianas. (MENDES, 2010) É saliente que a instituição estatal é a organização que utiliza uma gama maior e mais frequente de estratégias de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, a frequência apontada em ouvir músicas, é um índice de 4,4, a prática de hobbies e passatempos, um índice de 4, conversar com amigos, familiares e colegas, um índice de 4, prática de caminhadas/corridas ou outras atividades físicas, um índice de 3,7 e a verificação de pressão arterial, um índice 4. A cooperativa de crédito exibe uma preferência maior em conversar com amigos, familiares e colegas, com índice de 4,1. Esta estratégia também é bastante utilizada pelo banco estadual, apresentando índice de 3,7. Dando ênfase à importância de tomar conhecimento de formas de prevenir e realizar ações de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, Luersen (2009) defende a prática de implantar políticas de prevenção nas agências bancárias, evitando doenças ocupacionais que possam incidir sobre a saúde física e mental dos trabalhadores, adotando ações de fiscalização e correção, induzindo todos a prevenirem-se de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, reorganizando a instituição de modo geral, podendo assim diminuir as afecções e suas consequências que prejudicam não só o colaborador, mas também a organização, pois terá, em seu efetivo, indivíduos de pouco rendimento ou afastados das suas atividades. Neste estudo foi possível identificar os sintomas de doenças ocupacionais sofridos pelos trabalhadores bancários de instituições estatal estadual, estatal federal e de uma cooperativa de crédito do município de Crissiumal-RS, bem como as estratégias de enfrentamento adotados pelos mesmos. Toda essa mudança associada à competição entre as organizações, à pressão em cumprir com os objetivos delineados e exigidos pelas direções de cada instituição, colaboradores acumulando cargos e funções, sendo cobrados por desenvolverem suas atividades com eficiência e rapidez, sofrendo pressões dos clientes, acaba fazendo com que doenças ocupacionais se manifestem e contribui para desenvolver uma série de outras enfermidades. A instituição bancária que mais apresentou sintomas físicos e psicológicos foi a instituição estadual, contudo, apresentou apenas média frequência, ou seja, um índice 3, comparando-a com as outras duas instituições que apresentaram rara ocorrência. É sobressaliente que a organização que mais sofre com sintomas de doenças ocupacionais também é a que menos utiliza estratégias de enfrentamento a esses sintomas, demonstrando um índice 2, correspondendo a rara frequência. Esta pesquisa auxiliará os colaboradores a utilizar as estratégias adequadas de enfrentamento para os sintomas sentidos por eles, bem como irá promover o interesse destas instituições em adotar medidas coletivas de prevenção às doenças ocupacionais, pois terá colaboradores saudáveis e ativos, realizando suas atividades com eficiência, trazendo lucro para a organização e proporcionando maior realização profissional ao trabalhador, expandido estas realizações a sua vida pessoal.
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Em consequência a isso, os casos de doenças ocupacionais e seus procedentes afastamentos estão aumentando gradativamente. Uma das áreas profissionais mais afetadas por doenças ocupacionais é a área de serviços financeiros, e por isso a importância deste estudo em ser realizado, comparando entre três organizações com diferentes direções administrativas. Oliveira et. al.(1998, apud Silva e Másculo) cita que as transformações no processo de trabalho bancário, provindas da informatização e automação de grande parte das tarefas, promoveram consequências para os trabalhadores, elevando os riscos de doenças ocupacionais, tais como a LER – Lesões por Esforço Repetitivo e o estresse. As metas ousadas resultantes do desejo de elevar a lucratividade, fazem do profissional atuante despender um esforço mental e psicológico maior, necessitando procurar estratégias de enfrentamento, e obter auxílio de um profissional da saúde para superar problemas e doenças ocupacionais. O presente estudo tem como objetivo identificar se os trabalhadores de três instituições bancárias de Crissiumal/RS apresentam sintomas que possam vir a acometê-los com doenças ocupacionais e descrever as estratégias de enfrentamento utilizadas por estes profissionais. A classificação da pesquisa é de natureza aplicada, pois refere-se a debater problemas, apresentando um referencial teórico de determinada área de saber, e indicando soluções alternativas. (ZAMBERLAN et al. 2014) Caracteriza-se por abordagem quanti-qualitativa, quanto aos objetivos é exploratória e descritiva, quanto aos procedimentos técnicos, é bibliográfica, documental, de levantamento, porque o investigador interroga diretamente as pessoas sobre determinado assunto como é apresentado por Zamberlan et al. (2014) e através do questionário aplicado aos profissionais estudados. Ainda, é de campo e estudo multicasos, porque, segundo Bogdan e Biklen (1994 apud Araldi 2003) esse método se configura pelo estudo de dois ou mais casos, possibilitando aprofundar e observar detalhadamente um contexto ou indivíduo, de um acontecimento específico. O questionário foi aplicado nas três agências do município de Crissiumal/RS, sendo que a instituição estatal estadual tem 10 colaboradores, mas apenas 9 responderam, a instituição estatal federal possui 7 trabalhadores tendo 100% de retorno e a cooperativa de crédito que possui duas unidades de atendimento, totaliza 26 colaboradores, obtendo resposta de 25 apenas. Na análise dos dados coletados foi utilizado o software Excel para tabulação e análise dos mesmos. Dos respondentes, a cooperativa de crédito é formada principalmente por pessoas da geração Y, entre 24 e 34 anos, já em comparação às instituições públicas a predominância é da geração X, com pessoas entre 35 e 54 anos. Outro fator importante de citar é a continuidade aos estudos, onde apenas a cooperativa de crédito afirma continuar em atualização, sendo que as instituições estadual e federal têm em sua maioria parado os estudos. O que pode ser constatado na pesquisa é a grande comodidade e monotonia vivida pelos trabalhadores da instituição estatal estadual, onde a sua maioria está a mais de 12 anos na empresa, e parte desses está pelo mesmo período de tempo no mesmo cargo e na mesma cidade. A cooperativa de crédito também apresenta uma certa monotonia, porém com menor período de tempo, pois a sua maioria está com até sete anos de organização, nos mesmos cargos e na presente cidade. Em contraponto, a instituição estatal apresentou um rodízio entre cidades e planos de carreira interna, pois a maioria de seus trabalhadores está a mais de oito anos na organização, porém estão de um a três anos no atual cargo, e nesta cidade. Em relação às demandas pessoais e sua possível influência nas atividades profissionais, a maioria dos colaboradores das três instituições denotam sofrer com média frequência interferência. Conforme aponta Lipp (1984, apud LIPP e TANGANELLI, 2002) o estresse pode ter sua fonte inicial nos fatores externos, que são as exigências do dia a dia, impostas ao trabalhador, traduzidos em problemas familiares, sociais, de trabalho, doenças de um filho, perda de uma posição na organização, perda de uma promoção de cargo ou salarial, dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, medo de assaltos. Estes trabalhadores estão propícios a desenvolver quadros de estresse e levar a um estresse crônico, que vem a ser a síndrome de burnout. Acerca dos sintomas psicológicos de doenças ocupacionais, o nervosismo se destaca elevando a média, apresentando um índice de 3,1 para os bancos estadual e federal. A insatisfação é sobressaliente no banco estadual, exibindo um índice de 3,6. Já a ansiedade é notada em maior frequência no banco federal, com índice de 3,4. Estes sintomas englobam o estresse, e refletem no esgotamento do trabalhador, podendo desencadear a ocorrência de outros sintomas e doenças ocupacionais. O desgaste afeta o próprio indivíduo, os seus familiares e a organização em que trabalha, pois quanto mais ele ficar estressado, menos apoio e compreensão recebem em sua vida pessoal, e torna-se menos produtivo no trabalho. (CUSTÓDIO, 2007) Quanto aos sintomas físicos de doenças ocupacionais, pode ser citado com evidência o fator de tensão/dor muscular apontado com índice de 3,5 pelo banco estadual, sendo também o índice mais alto citado dentre todos os fatores. O banco estatal estadual passa a ser a instituição bancária que mais apresenta sintomas, os quais sejam, dores nas costas, com índice de 3,4, dores no pescoço/nuca, com índice de 3,3, dores de cabeça, com índice 3,3, dores nos braços, com um índice de 3,1 e dores nas mãos/dedos, com índice 3. Lembrando que o quadro funcional da instituição bancária estatal estadual é formado principalmente por pessoas de 35 a 54 anos, com perfil de alta monotonia, evitando mudanças, e com a maior parte do trabalho de forma manual, por não possuir tantos recursos tecnológicos, tendem a apresentar maior possibilidade de desenvolverem dores e tensões musculares, que podem levar a um quadro clínico de LER/DORT. Geralmente, os sintomas de LER/DORT aparecem de maneira silenciosa, e são agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e, mesmo sentindo dor e desconforto, o trabalhador tenta continuar suas atividades, diminuindo assim a capacidade física tanto laboral, quanto nas atividades cotidianas. (MENDES, 2010) É saliente que a instituição estatal é a organização que utiliza uma gama maior e mais frequente de estratégias de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, a frequência apontada em ouvir músicas, é um índice de 4,4, a prática de hobbies e passatempos, um índice de 4, conversar com amigos, familiares e colegas, um índice de 4, prática de caminhadas/corridas ou outras atividades físicas, um índice de 3,7 e a verificação de pressão arterial, um índice 4. A cooperativa de crédito exibe uma preferência maior em conversar com amigos, familiares e colegas, com índice de 4,1. Esta estratégia também é bastante utilizada pelo banco estadual, apresentando índice de 3,7. Dando ênfase à importância de tomar conhecimento de formas de prevenir e realizar ações de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, Luersen (2009) defende a prática de implantar políticas de prevenção nas agências bancárias, evitando doenças ocupacionais que possam incidir sobre a saúde física e mental dos trabalhadores, adotando ações de fiscalização e correção, induzindo todos a prevenirem-se de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, reorganizando a instituição de modo geral, podendo assim diminuir as afecções e suas consequências que prejudicam não só o colaborador, mas também a organização, pois terá, em seu efetivo, indivíduos de pouco rendimento ou afastados das suas atividades. Neste estudo foi possível identificar os sintomas de doenças ocupacionais sofridos pelos trabalhadores bancários de instituições estatal estadual, estatal federal e de uma cooperativa de crédito do município de Crissiumal-RS, bem como as estratégias de enfrentamento adotados pelos mesmos. Toda essa mudança associada à competição entre as organizações, à pressão em cumprir com os objetivos delineados e exigidos pelas direções de cada instituição, colaboradores acumulando cargos e funções, sendo cobrados por desenvolverem suas atividades com eficiência e rapidez, sofrendo pressões dos clientes, acaba fazendo com que doenças ocupacionais se manifestem e contribui para desenvolver uma série de outras enfermidades. A instituição bancária que mais apresentou sintomas físicos e psicológicos foi a instituição estadual, contudo, apresentou apenas média frequência, ou seja, um índice 3, comparando-a com as outras duas instituições que apresentaram rara ocorrência. É sobressaliente que a organização que mais sofre com sintomas de doenças ocupacionais também é a que menos utiliza estratégias de enfrentamento a esses sintomas, demonstrando um índice 2, correspondendo a rara frequência. Esta pesquisa auxiliará os colaboradores a utilizar as estratégias adequadas de enfrentamento para os sintomas sentidos por eles, bem como irá promover o interesse destas instituições em adotar medidas coletivas de prevenção às doenças ocupacionais, pois terá colaboradores saudáveis e ativos, realizando suas atividades com eficiência, trazendo lucro para a organização e proporcionando maior realização profissional ao trabalhador, expandido estas realizações a sua vida pessoal.74 f.Ciências Sociais AplicadasAdministraçãoDoenças ocupacionaisEstratégias de enfrentamentohttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2865DMD_hdl_123456789/2865Dahmer, Alana Patrícia Duarteporreponame:Repositório Institucional da UNIJUIinstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulinstacron:UNIJUIinfo:eu-repo/semantics/openAccessTCC%20Alana%20Vers%c3%a3o%20Final.%20%28Usu%c3%a1rio%20Alana%20Dahmer%29%20%28Data%2004-12-2014%2022h49m%29%20TCC%20ALANA%20Vers%c3%a3o%20Final%20PRONTO%20%281%29.pdfhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/2865/1/TCC%20Alana%20Vers%c3%a3o%20Final.%20%28Usu%c3%a1rio%20Alana%20Dahmer%29%20%28Data%2004-12-2014%2022h49m%29%20TCC%20ALANA%20Vers%c3%a3o%20Final%20PRONTO%20%281%29.pdfapplication/pdf588941http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/2865/1/TCC%20Alana%20Vers%c3%a3o%20Final.%20%28Usu%c3%a1rio%20Alana%20Dahmer%29%20%28Data%2004-12-2014%2022h49m%29%20TCC%20ALANA%20Vers%c3%a3o%20Final%20PRONTO%20%281%29.pdf1cd6f0a182eb3891c2fbf74b2dc03a3aMD5123456789_2865_12019-01-21T12:44:40Zmail@mail.com -
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Outro fator importante de citar é a continuidade aos estudos, onde apenas a cooperativa de crédito afirma continuar em atualização, sendo que as instituições estadual e federal têm em sua maioria parado os estudos. O que pode ser constatado na pesquisa é a grande comodidade e monotonia vivida pelos trabalhadores da instituição estatal estadual, onde a sua maioria está a mais de 12 anos na empresa, e parte desses está pelo mesmo período de tempo no mesmo cargo e na mesma cidade. A cooperativa de crédito também apresenta uma certa monotonia, porém com menor período de tempo, pois a sua maioria está com até sete anos de organização, nos mesmos cargos e na presente cidade. Em contraponto, a instituição estatal apresentou um rodízio entre cidades e planos de carreira interna, pois a maioria de seus trabalhadores está a mais de oito anos na organização, porém estão de um a três anos no atual cargo, e nesta cidade. Em relação às demandas pessoais e sua possível influência nas atividades profissionais, a maioria dos colaboradores das três instituições denotam sofrer com média frequência interferência. Conforme aponta Lipp (1984, apud LIPP e TANGANELLI, 2002) o estresse pode ter sua fonte inicial nos fatores externos, que são as exigências do dia a dia, impostas ao trabalhador, traduzidos em problemas familiares, sociais, de trabalho, doenças de um filho, perda de uma posição na organização, perda de uma promoção de cargo ou salarial, dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, medo de assaltos. Estes trabalhadores estão propícios a desenvolver quadros de estresse e levar a um estresse crônico, que vem a ser a síndrome de burnout. Acerca dos sintomas psicológicos de doenças ocupacionais, o nervosismo se destaca elevando a média, apresentando um índice de 3,1 para os bancos estadual e federal. A insatisfação é sobressaliente no banco estadual, exibindo um índice de 3,6. Já a ansiedade é notada em maior frequência no banco federal, com índice de 3,4. Estes sintomas englobam o estresse, e refletem no esgotamento do trabalhador, podendo desencadear a ocorrência de outros sintomas e doenças ocupacionais. O desgaste afeta o próprio indivíduo, os seus familiares e a organização em que trabalha, pois quanto mais ele ficar estressado, menos apoio e compreensão recebem em sua vida pessoal, e torna-se menos produtivo no trabalho. (CUSTÓDIO, 2007) Quanto aos sintomas físicos de doenças ocupacionais, pode ser citado com evidência o fator de tensão/dor muscular apontado com índice de 3,5 pelo banco estadual, sendo também o índice mais alto citado dentre todos os fatores. O banco estatal estadual passa a ser a instituição bancária que mais apresenta sintomas, os quais sejam, dores nas costas, com índice de 3,4, dores no pescoço/nuca, com índice de 3,3, dores de cabeça, com índice 3,3, dores nos braços, com um índice de 3,1 e dores nas mãos/dedos, com índice 3. 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(MENDES, 2010) É saliente que a instituição estatal é a organização que utiliza uma gama maior e mais frequente de estratégias de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, a frequência apontada em ouvir músicas, é um índice de 4,4, a prática de hobbies e passatempos, um índice de 4, conversar com amigos, familiares e colegas, um índice de 4, prática de caminhadas/corridas ou outras atividades físicas, um índice de 3,7 e a verificação de pressão arterial, um índice 4. A cooperativa de crédito exibe uma preferência maior em conversar com amigos, familiares e colegas, com índice de 4,1. Esta estratégia também é bastante utilizada pelo banco estadual, apresentando índice de 3,7. 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Neste estudo foi possível identificar os sintomas de doenças ocupacionais sofridos pelos trabalhadores bancários de instituições estatal estadual, estatal federal e de uma cooperativa de crédito do município de Crissiumal-RS, bem como as estratégias de enfrentamento adotados pelos mesmos. Toda essa mudança associada à competição entre as organizações, à pressão em cumprir com os objetivos delineados e exigidos pelas direções de cada instituição, colaboradores acumulando cargos e funções, sendo cobrados por desenvolverem suas atividades com eficiência e rapidez, sofrendo pressões dos clientes, acaba fazendo com que doenças ocupacionais se manifestem e contribui para desenvolver uma série de outras enfermidades. A instituição bancária que mais apresentou sintomas físicos e psicológicos foi a instituição estadual, contudo, apresentou apenas média frequência, ou seja, um índice 3, comparando-a com as outras duas instituições que apresentaram rara ocorrência. 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74 f.
description O presente trabalho consiste no Trabalho de Conclusão de Curso em que foram estudados os trabalhadores bancários de três instituições financeiras, um banco estatal estadual, uma estatal federal e uma cooperativa de crédito, do município de Crissiumal/RS, com o intuito de conhecer a saúde no trabalho e na vida pessoal destes profissionais, sob a ótica das doenças ocupacionais. Dias e Almeida (2001) afirmam que nem sempre há uma relação equilibrada entre as demandas e as possibilidades do trabalhador em efetuá-las, seja pelas condições desfavoráveis oferecidas no trabalho, sejam pelas características incompatíveis do trabalhador de realizar tais demandas. Em consequência a isso, os casos de doenças ocupacionais e seus procedentes afastamentos estão aumentando gradativamente. Uma das áreas profissionais mais afetadas por doenças ocupacionais é a área de serviços financeiros, e por isso a importância deste estudo em ser realizado, comparando entre três organizações com diferentes direções administrativas. Oliveira et. al.(1998, apud Silva e Másculo) cita que as transformações no processo de trabalho bancário, provindas da informatização e automação de grande parte das tarefas, promoveram consequências para os trabalhadores, elevando os riscos de doenças ocupacionais, tais como a LER – Lesões por Esforço Repetitivo e o estresse. As metas ousadas resultantes do desejo de elevar a lucratividade, fazem do profissional atuante despender um esforço mental e psicológico maior, necessitando procurar estratégias de enfrentamento, e obter auxílio de um profissional da saúde para superar problemas e doenças ocupacionais. O presente estudo tem como objetivo identificar se os trabalhadores de três instituições bancárias de Crissiumal/RS apresentam sintomas que possam vir a acometê-los com doenças ocupacionais e descrever as estratégias de enfrentamento utilizadas por estes profissionais. A classificação da pesquisa é de natureza aplicada, pois refere-se a debater problemas, apresentando um referencial teórico de determinada área de saber, e indicando soluções alternativas. (ZAMBERLAN et al. 2014) Caracteriza-se por abordagem quanti-qualitativa, quanto aos objetivos é exploratória e descritiva, quanto aos procedimentos técnicos, é bibliográfica, documental, de levantamento, porque o investigador interroga diretamente as pessoas sobre determinado assunto como é apresentado por Zamberlan et al. (2014) e através do questionário aplicado aos profissionais estudados. Ainda, é de campo e estudo multicasos, porque, segundo Bogdan e Biklen (1994 apud Araldi 2003) esse método se configura pelo estudo de dois ou mais casos, possibilitando aprofundar e observar detalhadamente um contexto ou indivíduo, de um acontecimento específico. O questionário foi aplicado nas três agências do município de Crissiumal/RS, sendo que a instituição estatal estadual tem 10 colaboradores, mas apenas 9 responderam, a instituição estatal federal possui 7 trabalhadores tendo 100% de retorno e a cooperativa de crédito que possui duas unidades de atendimento, totaliza 26 colaboradores, obtendo resposta de 25 apenas. Na análise dos dados coletados foi utilizado o software Excel para tabulação e análise dos mesmos. Dos respondentes, a cooperativa de crédito é formada principalmente por pessoas da geração Y, entre 24 e 34 anos, já em comparação às instituições públicas a predominância é da geração X, com pessoas entre 35 e 54 anos. Outro fator importante de citar é a continuidade aos estudos, onde apenas a cooperativa de crédito afirma continuar em atualização, sendo que as instituições estadual e federal têm em sua maioria parado os estudos. O que pode ser constatado na pesquisa é a grande comodidade e monotonia vivida pelos trabalhadores da instituição estatal estadual, onde a sua maioria está a mais de 12 anos na empresa, e parte desses está pelo mesmo período de tempo no mesmo cargo e na mesma cidade. A cooperativa de crédito também apresenta uma certa monotonia, porém com menor período de tempo, pois a sua maioria está com até sete anos de organização, nos mesmos cargos e na presente cidade. Em contraponto, a instituição estatal apresentou um rodízio entre cidades e planos de carreira interna, pois a maioria de seus trabalhadores está a mais de oito anos na organização, porém estão de um a três anos no atual cargo, e nesta cidade. Em relação às demandas pessoais e sua possível influência nas atividades profissionais, a maioria dos colaboradores das três instituições denotam sofrer com média frequência interferência. Conforme aponta Lipp (1984, apud LIPP e TANGANELLI, 2002) o estresse pode ter sua fonte inicial nos fatores externos, que são as exigências do dia a dia, impostas ao trabalhador, traduzidos em problemas familiares, sociais, de trabalho, doenças de um filho, perda de uma posição na organização, perda de uma promoção de cargo ou salarial, dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, medo de assaltos. Estes trabalhadores estão propícios a desenvolver quadros de estresse e levar a um estresse crônico, que vem a ser a síndrome de burnout. Acerca dos sintomas psicológicos de doenças ocupacionais, o nervosismo se destaca elevando a média, apresentando um índice de 3,1 para os bancos estadual e federal. A insatisfação é sobressaliente no banco estadual, exibindo um índice de 3,6. Já a ansiedade é notada em maior frequência no banco federal, com índice de 3,4. Estes sintomas englobam o estresse, e refletem no esgotamento do trabalhador, podendo desencadear a ocorrência de outros sintomas e doenças ocupacionais. O desgaste afeta o próprio indivíduo, os seus familiares e a organização em que trabalha, pois quanto mais ele ficar estressado, menos apoio e compreensão recebem em sua vida pessoal, e torna-se menos produtivo no trabalho. (CUSTÓDIO, 2007) Quanto aos sintomas físicos de doenças ocupacionais, pode ser citado com evidência o fator de tensão/dor muscular apontado com índice de 3,5 pelo banco estadual, sendo também o índice mais alto citado dentre todos os fatores. O banco estatal estadual passa a ser a instituição bancária que mais apresenta sintomas, os quais sejam, dores nas costas, com índice de 3,4, dores no pescoço/nuca, com índice de 3,3, dores de cabeça, com índice 3,3, dores nos braços, com um índice de 3,1 e dores nas mãos/dedos, com índice 3. Lembrando que o quadro funcional da instituição bancária estatal estadual é formado principalmente por pessoas de 35 a 54 anos, com perfil de alta monotonia, evitando mudanças, e com a maior parte do trabalho de forma manual, por não possuir tantos recursos tecnológicos, tendem a apresentar maior possibilidade de desenvolverem dores e tensões musculares, que podem levar a um quadro clínico de LER/DORT. Geralmente, os sintomas de LER/DORT aparecem de maneira silenciosa, e são agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e, mesmo sentindo dor e desconforto, o trabalhador tenta continuar suas atividades, diminuindo assim a capacidade física tanto laboral, quanto nas atividades cotidianas. (MENDES, 2010) É saliente que a instituição estatal é a organização que utiliza uma gama maior e mais frequente de estratégias de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, a frequência apontada em ouvir músicas, é um índice de 4,4, a prática de hobbies e passatempos, um índice de 4, conversar com amigos, familiares e colegas, um índice de 4, prática de caminhadas/corridas ou outras atividades físicas, um índice de 3,7 e a verificação de pressão arterial, um índice 4. A cooperativa de crédito exibe uma preferência maior em conversar com amigos, familiares e colegas, com índice de 4,1. Esta estratégia também é bastante utilizada pelo banco estadual, apresentando índice de 3,7. Dando ênfase à importância de tomar conhecimento de formas de prevenir e realizar ações de enfrentamento aos sintomas de doenças ocupacionais, Luersen (2009) defende a prática de implantar políticas de prevenção nas agências bancárias, evitando doenças ocupacionais que possam incidir sobre a saúde física e mental dos trabalhadores, adotando ações de fiscalização e correção, induzindo todos a prevenirem-se de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, reorganizando a instituição de modo geral, podendo assim diminuir as afecções e suas consequências que prejudicam não só o colaborador, mas também a organização, pois terá, em seu efetivo, indivíduos de pouco rendimento ou afastados das suas atividades. Neste estudo foi possível identificar os sintomas de doenças ocupacionais sofridos pelos trabalhadores bancários de instituições estatal estadual, estatal federal e de uma cooperativa de crédito do município de Crissiumal-RS, bem como as estratégias de enfrentamento adotados pelos mesmos. Toda essa mudança associada à competição entre as organizações, à pressão em cumprir com os objetivos delineados e exigidos pelas direções de cada instituição, colaboradores acumulando cargos e funções, sendo cobrados por desenvolverem suas atividades com eficiência e rapidez, sofrendo pressões dos clientes, acaba fazendo com que doenças ocupacionais se manifestem e contribui para desenvolver uma série de outras enfermidades. A instituição bancária que mais apresentou sintomas físicos e psicológicos foi a instituição estadual, contudo, apresentou apenas média frequência, ou seja, um índice 3, comparando-a com as outras duas instituições que apresentaram rara ocorrência. É sobressaliente que a organização que mais sofre com sintomas de doenças ocupacionais também é a que menos utiliza estratégias de enfrentamento a esses sintomas, demonstrando um índice 2, correspondendo a rara frequência. Esta pesquisa auxiliará os colaboradores a utilizar as estratégias adequadas de enfrentamento para os sintomas sentidos por eles, bem como irá promover o interesse destas instituições em adotar medidas coletivas de prevenção às doenças ocupacionais, pois terá colaboradores saudáveis e ativos, realizando suas atividades com eficiência, trazendo lucro para a organização e proporcionando maior realização profissional ao trabalhador, expandido estas realizações a sua vida pessoal.
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