As tecnologias de informação e comunicação na formação de professores de línguas à luz da abordagem histórico-cultural de Vigotski

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kurtz, Fabiana Diniz
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5005
Resumo: Diferentes estudos (Amante, 2007; Costa, 2010; Giraffa, 2013; Hammer & Costa, 2007a; Miranda, 2007; Ponte, 2002; Pretto & Pinto, 2006; Viseu, 2007; Voelcker, 2010, dentre outros) têm apontado a fragilidade com que o ensino de forma integrada às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) tem sido tratado no ensino e na formação de professores de diferentes áreas, e a área de Letras não é exceção. Assim, é fundamental considerar o que esses estudos sugerem, sobre a discussão e aprofundamento teórico sobre o papel das TIC no ensino serem muito timidamente realizados, em virtude da ênfase atribuída ao aparelhamento das instituições educacionais e à instrumentalização dessas tecnologias. Os estudantes, assim, são orientados a aprender “sobre” as TIC e não “com” essas tecnologias, sem uma maior preocupação pedagógica, de caráter emancipatório, especialmente no ensino de língua estrangeira. Com base nessas questões, a tese defendida está ancorada na abordagem histórico-cultural (Vigotski, 2007; 2008; Wertsch, 1985; 2002a; 2002b), ao propor que o desenvolvimento cultural do indivíduo altera seu próprio desenvolvimento cognitivo, definindo uma nova cultura. Defendo a tese de que as TIC, como ferramentas culturais, interferem no desenvolvimento dos sujeitos, criando uma nova cultura, viabilizando sua atuação, de forma dialética, no contexto sócio-histórico em que vivem, e que isso deve ser do conhecimento do professor já na sua formação inicial, de forma coerente à concepção de ensino e aprendizagem desenvolvida. O objetivo foi verificar até que ponto as TIC são concebidas, tanto nos documentos oficiais que pautam a educação e a formação docente na área de Letras, como pelos sujeitos envolvidos na formação de professores (docentes de Letras, no Brasil, e Mestrado em Ensino de Línguas, em Portugal). De modo a responder a esse objetivo, adotei uma abordagem qualitativa interpretativista de pesquisa, conhecida também como Análise Textual Discursiva (Moraes & Galiazzi, 2011), de modo a construir entendimentos a partir dos indícios explicitados nos dados. Os resultados obtidos nas entrevistas sugerem certo esvaziamento teórico quanto às TIC como novos instrumentos culturais, que estão constituindo os sujeitos de uma nova maneira, com novas formas de compreender o mundo, o que evidencia a necessidade do desenvolvimento de uma (nova) teoria educacional que contemple as TIC nesses termos. Os esforços de pesquisa realizados até então parecem rumar nesse sentido, e devem ser conhecidos pelos docentes de modo que as TIC se façam presentes na formação de professores de línguas não unicamente pelo fato de ser uma obrigação legal, e sim pela necessidade pedagógica e emancipatória do sujeito, de forma coerente com a concepção de ensino e aprendizagem adotada. Trata-se de emancipação do sujeito a partir das mudanças histórico-culturais dos próprios indivíduos, que produzem a necessidade de nova concepção e uso qualificado desses instrumentos culturais, por parte dos cursos de formação docente, viabilizando, assim, uma postura conjunta dos cursos e das instituições, e não apenas como um esforço isolado de um ou outro professor interessado no assunto.
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