A autoridade na educação sob a perspectiva Arendtiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalheiro, João Carlos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4971
Resumo: O presente trabalho tem por escopo apresentar a concepção da pensadora Hannah Arendt no que tange à relação entre autoridade e educação, bem como tecer algumas reflexões a partir do que a autora propõe nesse sentido, com base no republicanismo. No ensaio sugestivamente intitulado ―A crise na educação‖, Arendt afirma que educação e política são âmbitos diferentes, posto que em política lidamos com adultos e o direito de participar da vida pública começa onde cessa a educação. A crise da tradição, sustenta Arendt, manifestada na crise da autoridade, torna paradoxal a tarefa de educar no mundo hodierno. Para a autora, a educação consiste na apresentação do mundo, em um convite ao amor ao mundo; para tanto, é necessário que o professor conheça o passado e o tenha como referência, posto que sem sua dignidade a escola não passa de um centro de treinamento com vistas a funções técnicas. No entender arendtiano, vivemos uma crise de autoridade sem precedentes, que não surgiu na escola, mas que brota do tipo de relação que temos estabelecido com o mundo comum e público. O professor, contudo, não pode furtar-se ao seu papel, isto é, tem a incumbência de apresentar o mundo às novas gerações. O problema que nos propomos enfrentar, com base em Arendt, concerne à condição de possibilidade de educar em um mundo progressivamente avesso à autoridade, procurando perceber a compreensão arendtiana de autoridade como responsabilidade pelo mundo.
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