Monitoramento da recuperação de áreas de preservação permanente de cursos hídricos impactadas pela silvicultura
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do Centro Universitário La Salle |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11690/1252 |
Resumo: | O presente estudo monitorou as Áreas de Preservação Permanente que foram degradadas pela atividade de silvicultura de eucalipto (Eucalyptus sp.) e que estão em processo de recuperação. Essas áreas foram selecionadas através dos Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD‟s) enviados nos processos de licenciamento da silvicultura supervisionados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Rossler – RS (FEPAM). A recuperação está sendo realizada na forma de dois tratamentos. Ambos os tratamentos contam com a remoção de espécies exóticas, mas o primeiro resulta da regeneração natural e o segundo da introdução de espécies nativas. O objetivo principal foi comparar esses dois tratamentos e analisar os resultados obtidos através dos seguintes indicadores: composição florística e fitossociológica, estratégia de dispersão, classes sucessionais e forma de vida. A área de estudo está localizada nos municípios de Butiá, Minas do Leão e São Jerônimo, onde existem grandes áreas de plantios de eucalipto. A coleta dos dados foi realizada no período de dezembro de 2017 a abril de 2018. Indivíduos com altura igual ou superior a 1,5 m foram contabilizados em 13 áreas com regeneração natural, 12 áreas com a introdução de espécies nativas e 25 áreas com a mata ciliar de referência. Em todos os pontos foram feitas 3 parcelas de 5m x 5m, aleatoriamente. O tratamento com regeneração natural apresentou 39 espécies distribuídas em 20 famílias, totalizando 647 indivíduos, dos quais Baccharis dracunculifolia teve o maior número de indivíduos (20,2%). Por outro lado, no tratamento com a introdução de espécies nativas, a área apresentou 42 espécies distribuídas em 20 famílias, totalizando 578 indivíduos, dos quais Schinus terebinthifolia teve o maior número de indivíduos (15%). A amostra da mata ciliar de referência obteve números maiores na análise florística, ou seja, 68 espécies de 32 famílias, e um total de 1608 indivíduos. A família Myrtaceae apresentou a maior riqueza florística em todos os tratamentos. As espécies com estratégia de dispersão zoocórica atingiram mais de 50% nos dois tratamentos e, na mata ciliar de referência, esse índice sobe para 80%. Resultados relacionados à forma de vida mostraram que o tratamento com a introdução de espécies nativas se aproximou muito da mata ciliar de referência, demonstrando uma superioridade no desenvolvimento em relação à regeneração natural. Quando analisamos o índice de valor de importância, o tratamento que mais se assemelhou a mata ciliar de 4 referência foi o de regeneração natural. Para DAP (diâmetro a altura do peito) e altura, os melhores resultados foram encontrados no tratamento com a introdução de espécies nativas, que se aproximaram mais dos valores coletados na mata ciliar de referência. Em suma, ambos os tratamentos de recuperação de áreas degradadas provaram-se eficientes, visto que as áreas de estudo estão se recuperando e as espécies exóticas não estão se desenvolvendo nesses locais. Nosso estudo demonstrou ainda que o tratamento com a introdução de espécies nativas leva uma pequena vantagem sobre o tratamento com regeneração natural quanto ao estágio sucessional. No entanto, se o objetivo é assemelhar-se à composição de espécies encontrada na mata ciliar de referência, o tratamento de regeneração natural parece mostrar melhores resultados. |
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Silveira, Guilherme RutkoskiBordingon, Sérgio Augusto de Loreto2020-01-15T13:06:44Z2020-01-15T13:06:44Z2019SILVEIRA, Guilherme Rutkoski. Monitoramento da recuperação de áreas de preservação permanente de cursos hídricos impactadas pela silvicultura. 2019. 77 f. Dissertação (Mestrado em Avaliação de Impactos Ambientais) - Universidade La Salle, Canoas, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/11690/1252. Acesso em: 21 jan. 2020.http://hdl.handle.net/11690/1252O presente estudo monitorou as Áreas de Preservação Permanente que foram degradadas pela atividade de silvicultura de eucalipto (Eucalyptus sp.) e que estão em processo de recuperação. Essas áreas foram selecionadas através dos Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD‟s) enviados nos processos de licenciamento da silvicultura supervisionados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Rossler – RS (FEPAM). A recuperação está sendo realizada na forma de dois tratamentos. Ambos os tratamentos contam com a remoção de espécies exóticas, mas o primeiro resulta da regeneração natural e o segundo da introdução de espécies nativas. O objetivo principal foi comparar esses dois tratamentos e analisar os resultados obtidos através dos seguintes indicadores: composição florística e fitossociológica, estratégia de dispersão, classes sucessionais e forma de vida. A área de estudo está localizada nos municípios de Butiá, Minas do Leão e São Jerônimo, onde existem grandes áreas de plantios de eucalipto. A coleta dos dados foi realizada no período de dezembro de 2017 a abril de 2018. Indivíduos com altura igual ou superior a 1,5 m foram contabilizados em 13 áreas com regeneração natural, 12 áreas com a introdução de espécies nativas e 25 áreas com a mata ciliar de referência. Em todos os pontos foram feitas 3 parcelas de 5m x 5m, aleatoriamente. O tratamento com regeneração natural apresentou 39 espécies distribuídas em 20 famílias, totalizando 647 indivíduos, dos quais Baccharis dracunculifolia teve o maior número de indivíduos (20,2%). Por outro lado, no tratamento com a introdução de espécies nativas, a área apresentou 42 espécies distribuídas em 20 famílias, totalizando 578 indivíduos, dos quais Schinus terebinthifolia teve o maior número de indivíduos (15%). A amostra da mata ciliar de referência obteve números maiores na análise florística, ou seja, 68 espécies de 32 famílias, e um total de 1608 indivíduos. A família Myrtaceae apresentou a maior riqueza florística em todos os tratamentos. As espécies com estratégia de dispersão zoocórica atingiram mais de 50% nos dois tratamentos e, na mata ciliar de referência, esse índice sobe para 80%. Resultados relacionados à forma de vida mostraram que o tratamento com a introdução de espécies nativas se aproximou muito da mata ciliar de referência, demonstrando uma superioridade no desenvolvimento em relação à regeneração natural. Quando analisamos o índice de valor de importância, o tratamento que mais se assemelhou a mata ciliar de 4 referência foi o de regeneração natural. Para DAP (diâmetro a altura do peito) e altura, os melhores resultados foram encontrados no tratamento com a introdução de espécies nativas, que se aproximaram mais dos valores coletados na mata ciliar de referência. Em suma, ambos os tratamentos de recuperação de áreas degradadas provaram-se eficientes, visto que as áreas de estudo estão se recuperando e as espécies exóticas não estão se desenvolvendo nesses locais. Nosso estudo demonstrou ainda que o tratamento com a introdução de espécies nativas leva uma pequena vantagem sobre o tratamento com regeneração natural quanto ao estágio sucessional. No entanto, se o objetivo é assemelhar-se à composição de espécies encontrada na mata ciliar de referência, o tratamento de regeneração natural parece mostrar melhores resultados.Universidade La SallePrograma de Pós-Graduação em Avaliação de Impactos Ambientais (PPGAIA)BRRecuperação de áreas degradadasÁrea de preservação permanenteSilviculturaEucaliptoMata ciliarMonitoramento da recuperação de áreas de preservação permanente de cursos hídricos impactadas pela silviculturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCanoas/RSinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional do Centro Universitário La Salleinstname:Universidade La Salle (UNILASALLE)instacron:UNILASALLELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://svr-net20.unilasalle.edu.br/bitstream/11690/1252/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALgrsilveira.pdfgrsilveira.pdfapplication/pdf4932752http://svr-net20.unilasalle.edu.br/bitstream/11690/1252/1/grsilveira.pdf3a81997991ddaae48f0dbf8b3b017fc2MD5111690/12522020-07-03 15:10:01.742oai:svr-net20.unilasalle.edu.br:11690/1252Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório Institucionalopendoar:2020-07-03T18:10:01Repositório Institucional do Centro Universitário La Salle - Universidade La Salle (UNILASALLE)false |
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