Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Acom, Ana Carolina
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNILA
Texto Completo: https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3542
Resumo: Esta pesquisa apresentará como o personagem Zé do Caixão, criado por José Mojica Marins, traduz um imaginário de medos e crenças tipicamente nacionais. Figura típica do cinema brasileiro, ele criou um personagem aterrorizante: a imagem agourenta do agente funerário, que traja-se todo em preto. Distante de personagens do horror clássico, que pouco possuem referências com a cultura latino-americana, Zé do Caixão parece vir diretamente do imaginário ―caipira‖ e temente ao sobrenatural, sempre relacionado ao receio de cemitérios, datas ou rituais religiosos. O estudo parte de conceitos vinculados à cultura e cotidiano, presente em autores como Raymond Williams e Michel de Certeau, para pensarmos de que forma o imaginário popular e a própria cultura são transpostos à tela. Com isso, a leitura cinematográfica, perpassa pelo conceito de imagem-sonho citado por Gilles Deleuze, e intrinsecamente ligado à matéria surrealista. Pensar o cinema de horror através do surrealismo é trazer imagens perturbadoras, muitas vezes oníricas de violência e fantasia. Nesse sentido, temos cenas na trilogia de Zé do Caixão povoadas de alucinações, cores, sonhos e olhos, só comparadas à Buñuel, Jodorowsky, Argento ou Lynch. No entanto, o personagem é um sádico e cético no limiar entre a sóbria realidade e a perplexidade de um sobrenatural que se concretiza em estados anômalos
id UNIL_58e63e4d51fe36672ab045156add48f4
oai_identifier_str oai:dspace.unila.edu.br:123456789/3542
network_acronym_str UNIL
network_name_str Repositório Institucional da UNILA
repository_id_str 3636
spelling Zé do Caixão: surrealismo e horror caipiraJosé Mojica Marins (1936-) - cineasta brasileiroSurrealismoEsta pesquisa apresentará como o personagem Zé do Caixão, criado por José Mojica Marins, traduz um imaginário de medos e crenças tipicamente nacionais. Figura típica do cinema brasileiro, ele criou um personagem aterrorizante: a imagem agourenta do agente funerário, que traja-se todo em preto. Distante de personagens do horror clássico, que pouco possuem referências com a cultura latino-americana, Zé do Caixão parece vir diretamente do imaginário ―caipira‖ e temente ao sobrenatural, sempre relacionado ao receio de cemitérios, datas ou rituais religiosos. O estudo parte de conceitos vinculados à cultura e cotidiano, presente em autores como Raymond Williams e Michel de Certeau, para pensarmos de que forma o imaginário popular e a própria cultura são transpostos à tela. Com isso, a leitura cinematográfica, perpassa pelo conceito de imagem-sonho citado por Gilles Deleuze, e intrinsecamente ligado à matéria surrealista. Pensar o cinema de horror através do surrealismo é trazer imagens perturbadoras, muitas vezes oníricas de violência e fantasia. Nesse sentido, temos cenas na trilogia de Zé do Caixão povoadas de alucinações, cores, sonhos e olhos, só comparadas à Buñuel, Jodorowsky, Argento ou Lynch. No entanto, o personagem é um sádico e cético no limiar entre a sóbria realidade e a perplexidade de um sobrenatural que se concretiza em estados anômalosUniversidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA-PR) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE-PR)2017-10info:eu-repo/semantics/conferenceObjectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdf978-85-68205-28-0https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3542porinfo:eu-repo/semantics/openAccessAcom, Ana Carolinareponame:Repositório Institucional da UNILAinstname:Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)instacron:UNILA2024-05-11T13:32:15Zoai:dspace.unila.edu.br:123456789/3542Repositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unila.edu.br/oai/requestopendoar:36362024-05-11T13:32:15Repositório Institucional da UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)false
dc.title.none.fl_str_mv Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
title Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
spellingShingle Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
Acom, Ana Carolina
José Mojica Marins (1936-) - cineasta brasileiro
Surrealismo
title_short Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
title_full Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
title_fullStr Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
title_full_unstemmed Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
title_sort Zé do Caixão: surrealismo e horror caipira
author Acom, Ana Carolina
author_facet Acom, Ana Carolina
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Acom, Ana Carolina
dc.subject.por.fl_str_mv José Mojica Marins (1936-) - cineasta brasileiro
Surrealismo
topic José Mojica Marins (1936-) - cineasta brasileiro
Surrealismo
description Esta pesquisa apresentará como o personagem Zé do Caixão, criado por José Mojica Marins, traduz um imaginário de medos e crenças tipicamente nacionais. Figura típica do cinema brasileiro, ele criou um personagem aterrorizante: a imagem agourenta do agente funerário, que traja-se todo em preto. Distante de personagens do horror clássico, que pouco possuem referências com a cultura latino-americana, Zé do Caixão parece vir diretamente do imaginário ―caipira‖ e temente ao sobrenatural, sempre relacionado ao receio de cemitérios, datas ou rituais religiosos. O estudo parte de conceitos vinculados à cultura e cotidiano, presente em autores como Raymond Williams e Michel de Certeau, para pensarmos de que forma o imaginário popular e a própria cultura são transpostos à tela. Com isso, a leitura cinematográfica, perpassa pelo conceito de imagem-sonho citado por Gilles Deleuze, e intrinsecamente ligado à matéria surrealista. Pensar o cinema de horror através do surrealismo é trazer imagens perturbadoras, muitas vezes oníricas de violência e fantasia. Nesse sentido, temos cenas na trilogia de Zé do Caixão povoadas de alucinações, cores, sonhos e olhos, só comparadas à Buñuel, Jodorowsky, Argento ou Lynch. No entanto, o personagem é um sádico e cético no limiar entre a sóbria realidade e a perplexidade de um sobrenatural que se concretiza em estados anômalos
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-10
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 978-85-68205-28-0
https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3542
identifier_str_mv 978-85-68205-28-0
url https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3542
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNILA
instname:Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
instacron:UNILA
instname_str Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
instacron_str UNILA
institution UNILA
reponame_str Repositório Institucional da UNILA
collection Repositório Institucional da UNILA
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1805285264902324224