A Linguística e a Saúde na Fronteira – uma Abordagem Multidisciplinar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D'Alessandro, Denise
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNILA
Texto Completo: https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/5880
Resumo: Por se tratar de uma região fronteiriça, a cidade de Foz do Iguaçu abarca uma variedade etnicocultural considerável e, por conseguinte, a presença de vários idiomas concomitantes, podendo estes mesclarem-se, ou causarem barreiras entre falantes de diferentes idiomas. Este último cenário torna-se um desafio em vários contextos, dentre eles, o da saúde, no qual pacientes vindos dos países limítrofes com Foz do Iguaçu, falantes da língua espanhola, são atendidos por profissionais da saúde cuja maioria não tem o domínio da língua espanhola. Perante esta realidade, o presente estudo visa analisar os efeitos desta disparidade linguística entre profissional e paciente, comparando o atendimento feito por profissional monolíngue e por profissional bilíngue, e verificando a importância do bilinguismo no atendimento aos pacientes de regiões fronteiriças. Para a realização do estudo, foram utilizadas como fundamentação teórica, materiais médicos sobre o processo do atendimento e acolhimento clínico, e teorias linguísticas; e na pesquisa de campo, foram elaborados dois questionários estruturados de perguntas fechadas e abertas, um deles sendo aplicado para os pacientes hispanofalantes, e outro sendo aplicado para os profissionais da área oncológica do Hospital Ministro Costa Cavalcanti; também foi utilizada a observação ativa dos atendimentos realizados no local e a coleta de depoimentos dos pacientes. Os resultados mostram que maioria dos profissionais fala pouco a língua espanhola, mas isso não mostrou impactos relevantes no atendimento aos pacientes, que revelaram não ter tido problemas ou dúvidas no atendimento. Os resultados, apesar de irem na contramão dos objetivos iniciais do estudo, vão de acordo com a Teoria da Acomodação, mostrando que como os pacientes necessitam de atendimento médico oncológico contínuo no local, eles mesmos se esforçam para se adaptar aos médicos e serem atendidos. É importante continuar os estudos nesse tópico, aumentando a população amostral em futuros estudos, e investigando outras áreas de atendimento clínico.
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