MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Argumentum (Marília. Online) |
Texto Completo: | http://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/623 |
Resumo: | A justificativa normalmente utilizada pelos países que ainda insistem em retardar os investimentos na área social é que no atual cenário econômico mundial há uma limitação de recursos públicos a ser observada, a denominada “reserva do possível”, sobretudo em nome do equilíbrio das contas públicas. O que se pretende no presente estudo é contrapor a ideia do “mínimo existencial” como orientador das políticas públicas em matéria social à ideia de necessidades humanas, defendida na literatura estrangeira por Len Doyal e Ian Gough (1991), e no Brasil por Potyara Pereira (2000), de modo a demonstrar a influência do constitucionalismo global e da reserva do financeiramente possível, como justificativa para a falta de investimento nos direitos sociais em países em desenvolvimento com ênfase na realidade brasileira. As questões que se propõe enfrentar são: uma vez afirmado um direito social, mesmo sob o prisma infra-constitucional, teria o legislador o poder discricionário para revoga-lo ou contingenciá-lo? Em tempos de alegada crise econômica justifica-se a opção pelo retrocesso em matéria de direitos sociais? Por fim, parte-se da premissa que tal escolha no âmbito das políticas públicas, além de afrontar o princípio constitucional da dignidade humana, tem contribuído em larga medida para a reprodução das condições que alimentam e retroalimentam o ciclo da pobreza. |
id |
UNIMAR-1_27884dad1cdf01bbb1327bb7254411ca |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.201.62.80.75:article/623 |
network_acronym_str |
UNIMAR-1 |
network_name_str |
Revista Argumentum (Marília. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAISA justificativa normalmente utilizada pelos países que ainda insistem em retardar os investimentos na área social é que no atual cenário econômico mundial há uma limitação de recursos públicos a ser observada, a denominada “reserva do possível”, sobretudo em nome do equilíbrio das contas públicas. O que se pretende no presente estudo é contrapor a ideia do “mínimo existencial” como orientador das políticas públicas em matéria social à ideia de necessidades humanas, defendida na literatura estrangeira por Len Doyal e Ian Gough (1991), e no Brasil por Potyara Pereira (2000), de modo a demonstrar a influência do constitucionalismo global e da reserva do financeiramente possível, como justificativa para a falta de investimento nos direitos sociais em países em desenvolvimento com ênfase na realidade brasileira. As questões que se propõe enfrentar são: uma vez afirmado um direito social, mesmo sob o prisma infra-constitucional, teria o legislador o poder discricionário para revoga-lo ou contingenciá-lo? Em tempos de alegada crise econômica justifica-se a opção pelo retrocesso em matéria de direitos sociais? Por fim, parte-se da premissa que tal escolha no âmbito das políticas públicas, além de afrontar o princípio constitucional da dignidade humana, tem contribuído em larga medida para a reprodução das condições que alimentam e retroalimentam o ciclo da pobreza.Argumentum Journal of LawRevista Argumentum - Argumentum Journal of LawDuarte Junior, Dimas Pereira; UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT/SE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS2019-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/623Argumentum Journal of Law; v. 20, n. 1 (2019): JAN.-ABR./2019; 129-145Revista Argumentum - Argumentum Journal of Law; v. 20, n. 1 (2019): JAN.-ABR./2019; 129-1452359-68801677-809Xreponame:Revista Argumentum (Marília. Online)instname:Universidade de Marília (Unimar)instacron:UNIMARporhttp://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/623/699Declaro, para os devidos fins de direitos e obrigações, sob as penas previstas na legislação vigente, que como autor(a)/detentor(a) dos direitos autorais do artigo submetido, cedo-os à Revista Argumentum, nos termos da Lei Federal nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 (Lei dos Direitos Autorais).info:eu-repo/semantics/openAccess2019-05-02T11:27:39Zoai:ojs.201.62.80.75:article/623Revistahttp://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/indexhttp://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/oaimari.santiago@terra.com.br||revistaargumentumunimar@gmail.com2359-68801677-809Xopendoar:2019-05-02T11:27:39Revista Argumentum (Marília. Online) - Universidade de Marília (Unimar)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
title |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
spellingShingle |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS Duarte Junior, Dimas Pereira; UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT/SE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS |
title_short |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
title_full |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
title_fullStr |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
title_full_unstemmed |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
title_sort |
MÍNIMO EXISTENCIAL E NECESSIDADES HUMANAS NA FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS |
author |
Duarte Junior, Dimas Pereira; UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT/SE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS |
author_facet |
Duarte Junior, Dimas Pereira; UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT/SE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Duarte Junior, Dimas Pereira; UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT/SE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS |
description |
A justificativa normalmente utilizada pelos países que ainda insistem em retardar os investimentos na área social é que no atual cenário econômico mundial há uma limitação de recursos públicos a ser observada, a denominada “reserva do possível”, sobretudo em nome do equilíbrio das contas públicas. O que se pretende no presente estudo é contrapor a ideia do “mínimo existencial” como orientador das políticas públicas em matéria social à ideia de necessidades humanas, defendida na literatura estrangeira por Len Doyal e Ian Gough (1991), e no Brasil por Potyara Pereira (2000), de modo a demonstrar a influência do constitucionalismo global e da reserva do financeiramente possível, como justificativa para a falta de investimento nos direitos sociais em países em desenvolvimento com ênfase na realidade brasileira. As questões que se propõe enfrentar são: uma vez afirmado um direito social, mesmo sob o prisma infra-constitucional, teria o legislador o poder discricionário para revoga-lo ou contingenciá-lo? Em tempos de alegada crise econômica justifica-se a opção pelo retrocesso em matéria de direitos sociais? Por fim, parte-se da premissa que tal escolha no âmbito das políticas públicas, além de afrontar o princípio constitucional da dignidade humana, tem contribuído em larga medida para a reprodução das condições que alimentam e retroalimentam o ciclo da pobreza. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-05-01 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/623 |
url |
http://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/623 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://ojs.unimar.br/index.php/revistaargumentum/article/view/623/699 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Argumentum Journal of Law Revista Argumentum - Argumentum Journal of Law |
publisher.none.fl_str_mv |
Argumentum Journal of Law Revista Argumentum - Argumentum Journal of Law |
dc.source.none.fl_str_mv |
Argumentum Journal of Law; v. 20, n. 1 (2019): JAN.-ABR./2019; 129-145 Revista Argumentum - Argumentum Journal of Law; v. 20, n. 1 (2019): JAN.-ABR./2019; 129-145 2359-6880 1677-809X reponame:Revista Argumentum (Marília. Online) instname:Universidade de Marília (Unimar) instacron:UNIMAR |
instname_str |
Universidade de Marília (Unimar) |
instacron_str |
UNIMAR |
institution |
UNIMAR |
reponame_str |
Revista Argumentum (Marília. Online) |
collection |
Revista Argumentum (Marília. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Argumentum (Marília. Online) - Universidade de Marília (Unimar) |
repository.mail.fl_str_mv |
mari.santiago@terra.com.br||revistaargumentumunimar@gmail.com |
_version_ |
1792205597237575680 |