ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Uningá (Online) |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3901 |
Resumo: | A torção testicular é caracterizada pela interrupção do suprimento sanguíneo proveniente da rotação do cordão espermático e possui como etiologias o trauma local, atividades físicas que aumentem o reflexo cremastérico, congestão vascular nos indivíduos com epididimite, inflamação testicular. Seu pico de incidência é na infância e adolescência. A interrupção do fluxo sanguíneo justifica a urgência do diagnóstico e tratamento, já que sua demora pode levar a necrose e perda do mesmo. Dessa forma, pacientes com uma evolução de 4 a 8 horas apresentam melhor prognóstico que aqueles com uma evolução de 12 horas ou mais, sendo esses os que apresentam maiores indicações de orquidectomia. Além disso, após a distorção ou retirada do testículo acometido, o testículo contralateral é avaliado e a orquidopexia poderá ser indicada, com a finalidade de diminuir a probabilidade de uma futura torção desse testículo. Este estudo teve como objetivo a descrição de um relato de caso sobre torção testicular direito com 3 dias de evolução e, qual diagnóstico, tratamento cirúrgico escolhido. Para o relato de caso foram utilizados dados da equipe medica que assistiu o paciente, dados do prontuário do paciente e exame de imagem diagnósticos. Paciente A. S. F., masculino, 13 anos, com história de febre, êmese e dor testicular direita abrupta, espontânea, evoluiu com edema e hiperemia há 3 dias, com leve alivio ao uso de analgesia oral. Ao exame físico paciente encontrava-se com hemibolsaescrotal direita dolorosa a palpação, edemaciada, eritematosa, endurecida, com ausência do reflexo cremastérico e sinal de Prehn positivo. Ultrassonografia + Doppler de bolsa escrotal apresentou testículo direito com dimensões aumentadas e ecotextura heterogênea, mais hipoecogênico em relação ao contralateral, sem fluxo ao Doppler. Testículo direito medindo 3,0 x 3,8 x 2,4 cm e apresentando volume de 14,4 cm3 . Foi realizado exploração cirúrgica escrotal com identificação de torção testicular a direita em processo de isquemia. Realizou-se orquiectomia direita, orquidopexia esquerda e ligadura do cordão esquemático esquerdo com Vicril 1,0. Paciente pós-cirurgico afebril, sem queixas álgicas, diurese positiva, sem sinais flogísticos e indicado alta hospitalar. Tendo em vista o paradigma do caso, a procura médica precoce, precisão diagnóstica e a intervenção no momento adequado fazem diferença no prognóstico do paciente. Isto faz ser fundamental, antes de qualquer outro aspecto, a educação do médico não especialista e mesmo dos jovens e famílias quanto à necessidade de procurar socorro rapidamente em caso de dor escrotal aguda. |
id |
UNINGA-1_109fabb348e7681b536adfe4db81a930 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revista.uninga.br:article/3901 |
network_acronym_str |
UNINGA-1 |
network_name_str |
Revista Uningá (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULARCriança e adolescenteDiagnóstico tardioOrquiectomiaTorção testicularUrgênciaA torção testicular é caracterizada pela interrupção do suprimento sanguíneo proveniente da rotação do cordão espermático e possui como etiologias o trauma local, atividades físicas que aumentem o reflexo cremastérico, congestão vascular nos indivíduos com epididimite, inflamação testicular. Seu pico de incidência é na infância e adolescência. A interrupção do fluxo sanguíneo justifica a urgência do diagnóstico e tratamento, já que sua demora pode levar a necrose e perda do mesmo. Dessa forma, pacientes com uma evolução de 4 a 8 horas apresentam melhor prognóstico que aqueles com uma evolução de 12 horas ou mais, sendo esses os que apresentam maiores indicações de orquidectomia. Além disso, após a distorção ou retirada do testículo acometido, o testículo contralateral é avaliado e a orquidopexia poderá ser indicada, com a finalidade de diminuir a probabilidade de uma futura torção desse testículo. Este estudo teve como objetivo a descrição de um relato de caso sobre torção testicular direito com 3 dias de evolução e, qual diagnóstico, tratamento cirúrgico escolhido. Para o relato de caso foram utilizados dados da equipe medica que assistiu o paciente, dados do prontuário do paciente e exame de imagem diagnósticos. Paciente A. S. F., masculino, 13 anos, com história de febre, êmese e dor testicular direita abrupta, espontânea, evoluiu com edema e hiperemia há 3 dias, com leve alivio ao uso de analgesia oral. Ao exame físico paciente encontrava-se com hemibolsaescrotal direita dolorosa a palpação, edemaciada, eritematosa, endurecida, com ausência do reflexo cremastérico e sinal de Prehn positivo. Ultrassonografia + Doppler de bolsa escrotal apresentou testículo direito com dimensões aumentadas e ecotextura heterogênea, mais hipoecogênico em relação ao contralateral, sem fluxo ao Doppler. Testículo direito medindo 3,0 x 3,8 x 2,4 cm e apresentando volume de 14,4 cm3 . Foi realizado exploração cirúrgica escrotal com identificação de torção testicular a direita em processo de isquemia. Realizou-se orquiectomia direita, orquidopexia esquerda e ligadura do cordão esquemático esquerdo com Vicril 1,0. Paciente pós-cirurgico afebril, sem queixas álgicas, diurese positiva, sem sinais flogísticos e indicado alta hospitalar. Tendo em vista o paradigma do caso, a procura médica precoce, precisão diagnóstica e a intervenção no momento adequado fazem diferença no prognóstico do paciente. Isto faz ser fundamental, antes de qualquer outro aspecto, a educação do médico não especialista e mesmo dos jovens e famílias quanto à necessidade de procurar socorro rapidamente em caso de dor escrotal aguda.Editora Uningá2021-01-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/390110.46311/2318-0579.57.eUJ3901Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 060-061Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 060-0612318-057910.46311/ru.v57iS1reponame:Revista Uningá (Online)instname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/3901/229410.46311/ru.v57iS1.3901.g2294Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNALinfo:eu-repo/semantics/openAccessSartori, Ilana CarolinaHayashi, IsabelaSilvestre, Jessiane KarenJoares Neto, JoseMarafon, Julia CorsoHayashi, Ângelo Yassushi2021-02-04T21:42:35Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3901Revistahttps://revista.uninga.br/uninga/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uninga/oairevistauninga@uninga.edu.br2318-05792318-0579opendoar:2021-02-04T21:42:35Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningáfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
title |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
spellingShingle |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR Sartori, Ilana Carolina Criança e adolescente Diagnóstico tardio Orquiectomia Torção testicular Urgência |
title_short |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
title_full |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
title_fullStr |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
title_full_unstemmed |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
title_sort |
ORQUIECTOMIA DIREITA: CONSEQUÊNCIA DE DIAGNÓSTICO TARDIO DE TORÇÃO TESTICULAR |
author |
Sartori, Ilana Carolina |
author_facet |
Sartori, Ilana Carolina Hayashi, Isabela Silvestre, Jessiane Karen Joares Neto, Jose Marafon, Julia Corso Hayashi, Ângelo Yassushi |
author_role |
author |
author2 |
Hayashi, Isabela Silvestre, Jessiane Karen Joares Neto, Jose Marafon, Julia Corso Hayashi, Ângelo Yassushi |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sartori, Ilana Carolina Hayashi, Isabela Silvestre, Jessiane Karen Joares Neto, Jose Marafon, Julia Corso Hayashi, Ângelo Yassushi |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Criança e adolescente Diagnóstico tardio Orquiectomia Torção testicular Urgência |
topic |
Criança e adolescente Diagnóstico tardio Orquiectomia Torção testicular Urgência |
description |
A torção testicular é caracterizada pela interrupção do suprimento sanguíneo proveniente da rotação do cordão espermático e possui como etiologias o trauma local, atividades físicas que aumentem o reflexo cremastérico, congestão vascular nos indivíduos com epididimite, inflamação testicular. Seu pico de incidência é na infância e adolescência. A interrupção do fluxo sanguíneo justifica a urgência do diagnóstico e tratamento, já que sua demora pode levar a necrose e perda do mesmo. Dessa forma, pacientes com uma evolução de 4 a 8 horas apresentam melhor prognóstico que aqueles com uma evolução de 12 horas ou mais, sendo esses os que apresentam maiores indicações de orquidectomia. Além disso, após a distorção ou retirada do testículo acometido, o testículo contralateral é avaliado e a orquidopexia poderá ser indicada, com a finalidade de diminuir a probabilidade de uma futura torção desse testículo. Este estudo teve como objetivo a descrição de um relato de caso sobre torção testicular direito com 3 dias de evolução e, qual diagnóstico, tratamento cirúrgico escolhido. Para o relato de caso foram utilizados dados da equipe medica que assistiu o paciente, dados do prontuário do paciente e exame de imagem diagnósticos. Paciente A. S. F., masculino, 13 anos, com história de febre, êmese e dor testicular direita abrupta, espontânea, evoluiu com edema e hiperemia há 3 dias, com leve alivio ao uso de analgesia oral. Ao exame físico paciente encontrava-se com hemibolsaescrotal direita dolorosa a palpação, edemaciada, eritematosa, endurecida, com ausência do reflexo cremastérico e sinal de Prehn positivo. Ultrassonografia + Doppler de bolsa escrotal apresentou testículo direito com dimensões aumentadas e ecotextura heterogênea, mais hipoecogênico em relação ao contralateral, sem fluxo ao Doppler. Testículo direito medindo 3,0 x 3,8 x 2,4 cm e apresentando volume de 14,4 cm3 . Foi realizado exploração cirúrgica escrotal com identificação de torção testicular a direita em processo de isquemia. Realizou-se orquiectomia direita, orquidopexia esquerda e ligadura do cordão esquemático esquerdo com Vicril 1,0. Paciente pós-cirurgico afebril, sem queixas álgicas, diurese positiva, sem sinais flogísticos e indicado alta hospitalar. Tendo em vista o paradigma do caso, a procura médica precoce, precisão diagnóstica e a intervenção no momento adequado fazem diferença no prognóstico do paciente. Isto faz ser fundamental, antes de qualquer outro aspecto, a educação do médico não especialista e mesmo dos jovens e famílias quanto à necessidade de procurar socorro rapidamente em caso de dor escrotal aguda. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-01-22 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3901 10.46311/2318-0579.57.eUJ3901 |
url |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3901 |
identifier_str_mv |
10.46311/2318-0579.57.eUJ3901 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3901/2294 10.46311/ru.v57iS1.3901.g2294 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 060-061 Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 060-061 2318-0579 10.46311/ru.v57iS1 reponame:Revista Uningá (Online) instname:Centro Universitário Uningá instacron:UNINGA |
instname_str |
Centro Universitário Uningá |
instacron_str |
UNINGA |
institution |
UNINGA |
reponame_str |
Revista Uningá (Online) |
collection |
Revista Uningá (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningá |
repository.mail.fl_str_mv |
revistauninga@uninga.edu.br |
_version_ |
1797042166468444160 |