MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: SENNA, ELOISE CHAROLINE, PEREIRA, THAIS IZABELI, VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI, FIORATO, CAMILA ANDRÉ
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: UNINGÁ Review
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100
Resumo: O megaesôfago é caracterizado pela dilatação do esôfago devido à peristalse ineficiente esofágica, a motilidade esofágica pode ser reduzida ou ausente na qual resulta em retenção de líquidos e alimentos no esôfago. Esta dilatação resulta em uma desordem severa na motilidade esofágica, na qual deixa o órgão flácido, dilatado e tornando o peristaltismo ineficiente. Essa afecção pode ser congênita ou adquirida, onde na maioria das vezes é idiopática, alguns autores relatam predisposição hereditárias em algumas raças de cães, em gatos a doença é relativamente rara. Os sinais clínicos são caracterizados pela regurgitação de água e alimentos logo após a ingestão, crescimento deficiente, perda de peso, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição. Foi atendido na Clínica Veterinária Uningá um canino, fêmea, pesando 1,650kg, de aproximadamente 3 meses, durante a anamnese a proprietária relatou vomito há aproximadamente 15 dias, com presença de vermes compridos sugerindo ancylostoma, os episódios ocorriam normalmente pós alimentação, porém podiam ser observados em outros momentos. Durante o exame clínico, físico, pode-se observar que o animal apresentava-se hidratado, mucosas hipocoradas, normodipsia, normorexia, normoquesia e com leve presença de secreção ocular. No consultório foi administrado uma dose de vermífugo a base de Praziquantel 12,5mg, Pamoato de Pirantel 36mg, Febantel 37,5mg, e Ivermectina 0,015mg/kg indicado a realização de outra dose após 15 dias. Para diagnóstico da afeção foram solicitados exames complementares como a realização de exames de imagem radiográfica para avaliação esofágica, o exame foi submetido a técnica contrastada, utilizando sulfato de bário 8ml via oral, evidenciando acentuada dilatação de esôfago em região cervical e intratoráxica, acompanhado de sinal de faixa de traqueia, impressão diagnóstica compatível com megaesôfago. Não foi realizado exame coproparasitológico, e não pode ser identificado o parasita descrito pelo tutor, apesar da descrição ser compatível com ancylostoma. O megaesôfago foi classificado como congênito devido à idade do animal. Alguns autores ainda afirmam que a presença de corpo estranho, parasitas, constrições ao anel vascular, intussuscepções esofágicas podem ser responsáveis pelo surgimento de dilatação esofágica, no entanto estas suspeitas são de difícil confirmação e não podemos correlacionar o megaesôfago do caso descrito com a parasitose gástrica relatada no animal.
id UNINGA-2_4263ede197287698725296111efe491f
oai_identifier_str oai:ojs.revista.uninga.br:article/3100
network_acronym_str UNINGA-2
network_name_str UNINGÁ Review
repository_id_str
spelling MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASOCongênitoDilataçãoEsofagogramaRadiografia ContrastadaO megaesôfago é caracterizado pela dilatação do esôfago devido à peristalse ineficiente esofágica, a motilidade esofágica pode ser reduzida ou ausente na qual resulta em retenção de líquidos e alimentos no esôfago. Esta dilatação resulta em uma desordem severa na motilidade esofágica, na qual deixa o órgão flácido, dilatado e tornando o peristaltismo ineficiente. Essa afecção pode ser congênita ou adquirida, onde na maioria das vezes é idiopática, alguns autores relatam predisposição hereditárias em algumas raças de cães, em gatos a doença é relativamente rara. Os sinais clínicos são caracterizados pela regurgitação de água e alimentos logo após a ingestão, crescimento deficiente, perda de peso, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição. Foi atendido na Clínica Veterinária Uningá um canino, fêmea, pesando 1,650kg, de aproximadamente 3 meses, durante a anamnese a proprietária relatou vomito há aproximadamente 15 dias, com presença de vermes compridos sugerindo ancylostoma, os episódios ocorriam normalmente pós alimentação, porém podiam ser observados em outros momentos. Durante o exame clínico, físico, pode-se observar que o animal apresentava-se hidratado, mucosas hipocoradas, normodipsia, normorexia, normoquesia e com leve presença de secreção ocular. No consultório foi administrado uma dose de vermífugo a base de Praziquantel 12,5mg, Pamoato de Pirantel 36mg, Febantel 37,5mg, e Ivermectina 0,015mg/kg indicado a realização de outra dose após 15 dias. Para diagnóstico da afeção foram solicitados exames complementares como a realização de exames de imagem radiográfica para avaliação esofágica, o exame foi submetido a técnica contrastada, utilizando sulfato de bário 8ml via oral, evidenciando acentuada dilatação de esôfago em região cervical e intratoráxica, acompanhado de sinal de faixa de traqueia, impressão diagnóstica compatível com megaesôfago. Não foi realizado exame coproparasitológico, e não pode ser identificado o parasita descrito pelo tutor, apesar da descrição ser compatível com ancylostoma. O megaesôfago foi classificado como congênito devido à idade do animal. Alguns autores ainda afirmam que a presença de corpo estranho, parasitas, constrições ao anel vascular, intussuscepções esofágicas podem ser responsáveis pelo surgimento de dilatação esofágica, no entanto estas suspeitas são de difícil confirmação e não podemos correlacionar o megaesôfago do caso descrito com a parasitose gástrica relatada no animal.Editora Uningá2019-09-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 37Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 372178-2571reponame:UNINGÁ Reviewinstname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100/2069Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEWinfo:eu-repo/semantics/openAccessCRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZASENNA, ELOISE CHAROLINEPEREIRA, THAIS IZABELIVASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTIFIORATO, CAMILA ANDRÉ2019-09-26T15:24:52Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3100Revistahttps://revista.uninga.br/uningareviews/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uningareviews/oairevistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br2178-25712178-2571opendoar:2019-09-26T15:24:52UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningáfalse
dc.title.none.fl_str_mv MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
title MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
spellingShingle MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA
Congênito
Dilatação
Esofagograma
Radiografia Contrastada
title_short MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
title_full MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
title_fullStr MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
title_full_unstemmed MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
title_sort MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
author CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA
author_facet CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA
SENNA, ELOISE CHAROLINE
PEREIRA, THAIS IZABELI
VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI
FIORATO, CAMILA ANDRÉ
author_role author
author2 SENNA, ELOISE CHAROLINE
PEREIRA, THAIS IZABELI
VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI
FIORATO, CAMILA ANDRÉ
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA
SENNA, ELOISE CHAROLINE
PEREIRA, THAIS IZABELI
VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI
FIORATO, CAMILA ANDRÉ
dc.subject.por.fl_str_mv Congênito
Dilatação
Esofagograma
Radiografia Contrastada
topic Congênito
Dilatação
Esofagograma
Radiografia Contrastada
description O megaesôfago é caracterizado pela dilatação do esôfago devido à peristalse ineficiente esofágica, a motilidade esofágica pode ser reduzida ou ausente na qual resulta em retenção de líquidos e alimentos no esôfago. Esta dilatação resulta em uma desordem severa na motilidade esofágica, na qual deixa o órgão flácido, dilatado e tornando o peristaltismo ineficiente. Essa afecção pode ser congênita ou adquirida, onde na maioria das vezes é idiopática, alguns autores relatam predisposição hereditárias em algumas raças de cães, em gatos a doença é relativamente rara. Os sinais clínicos são caracterizados pela regurgitação de água e alimentos logo após a ingestão, crescimento deficiente, perda de peso, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição. Foi atendido na Clínica Veterinária Uningá um canino, fêmea, pesando 1,650kg, de aproximadamente 3 meses, durante a anamnese a proprietária relatou vomito há aproximadamente 15 dias, com presença de vermes compridos sugerindo ancylostoma, os episódios ocorriam normalmente pós alimentação, porém podiam ser observados em outros momentos. Durante o exame clínico, físico, pode-se observar que o animal apresentava-se hidratado, mucosas hipocoradas, normodipsia, normorexia, normoquesia e com leve presença de secreção ocular. No consultório foi administrado uma dose de vermífugo a base de Praziquantel 12,5mg, Pamoato de Pirantel 36mg, Febantel 37,5mg, e Ivermectina 0,015mg/kg indicado a realização de outra dose após 15 dias. Para diagnóstico da afeção foram solicitados exames complementares como a realização de exames de imagem radiográfica para avaliação esofágica, o exame foi submetido a técnica contrastada, utilizando sulfato de bário 8ml via oral, evidenciando acentuada dilatação de esôfago em região cervical e intratoráxica, acompanhado de sinal de faixa de traqueia, impressão diagnóstica compatível com megaesôfago. Não foi realizado exame coproparasitológico, e não pode ser identificado o parasita descrito pelo tutor, apesar da descrição ser compatível com ancylostoma. O megaesôfago foi classificado como congênito devido à idade do animal. Alguns autores ainda afirmam que a presença de corpo estranho, parasitas, constrições ao anel vascular, intussuscepções esofágicas podem ser responsáveis pelo surgimento de dilatação esofágica, no entanto estas suspeitas são de difícil confirmação e não podemos correlacionar o megaesôfago do caso descrito com a parasitose gástrica relatada no animal.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-09-24
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100
url https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100/2069
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
dc.source.none.fl_str_mv Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 37
Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 37
2178-2571
reponame:UNINGÁ Review
instname:Centro Universitário Uningá
instacron:UNINGA
instname_str Centro Universitário Uningá
instacron_str UNINGA
institution UNINGA
reponame_str UNINGÁ Review
collection UNINGÁ Review
repository.name.fl_str_mv UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningá
repository.mail.fl_str_mv revistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br
_version_ 1797042215324745728