MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | UNINGÁ Review |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100 |
Resumo: | O megaesôfago é caracterizado pela dilatação do esôfago devido à peristalse ineficiente esofágica, a motilidade esofágica pode ser reduzida ou ausente na qual resulta em retenção de líquidos e alimentos no esôfago. Esta dilatação resulta em uma desordem severa na motilidade esofágica, na qual deixa o órgão flácido, dilatado e tornando o peristaltismo ineficiente. Essa afecção pode ser congênita ou adquirida, onde na maioria das vezes é idiopática, alguns autores relatam predisposição hereditárias em algumas raças de cães, em gatos a doença é relativamente rara. Os sinais clínicos são caracterizados pela regurgitação de água e alimentos logo após a ingestão, crescimento deficiente, perda de peso, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição. Foi atendido na Clínica Veterinária Uningá um canino, fêmea, pesando 1,650kg, de aproximadamente 3 meses, durante a anamnese a proprietária relatou vomito há aproximadamente 15 dias, com presença de vermes compridos sugerindo ancylostoma, os episódios ocorriam normalmente pós alimentação, porém podiam ser observados em outros momentos. Durante o exame clínico, físico, pode-se observar que o animal apresentava-se hidratado, mucosas hipocoradas, normodipsia, normorexia, normoquesia e com leve presença de secreção ocular. No consultório foi administrado uma dose de vermífugo a base de Praziquantel 12,5mg, Pamoato de Pirantel 36mg, Febantel 37,5mg, e Ivermectina 0,015mg/kg indicado a realização de outra dose após 15 dias. Para diagnóstico da afeção foram solicitados exames complementares como a realização de exames de imagem radiográfica para avaliação esofágica, o exame foi submetido a técnica contrastada, utilizando sulfato de bário 8ml via oral, evidenciando acentuada dilatação de esôfago em região cervical e intratoráxica, acompanhado de sinal de faixa de traqueia, impressão diagnóstica compatível com megaesôfago. Não foi realizado exame coproparasitológico, e não pode ser identificado o parasita descrito pelo tutor, apesar da descrição ser compatível com ancylostoma. O megaesôfago foi classificado como congênito devido à idade do animal. Alguns autores ainda afirmam que a presença de corpo estranho, parasitas, constrições ao anel vascular, intussuscepções esofágicas podem ser responsáveis pelo surgimento de dilatação esofágica, no entanto estas suspeitas são de difícil confirmação e não podemos correlacionar o megaesôfago do caso descrito com a parasitose gástrica relatada no animal. |
id |
UNINGA-2_4263ede197287698725296111efe491f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revista.uninga.br:article/3100 |
network_acronym_str |
UNINGA-2 |
network_name_str |
UNINGÁ Review |
repository_id_str |
|
spelling |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASOCongênitoDilataçãoEsofagogramaRadiografia ContrastadaO megaesôfago é caracterizado pela dilatação do esôfago devido à peristalse ineficiente esofágica, a motilidade esofágica pode ser reduzida ou ausente na qual resulta em retenção de líquidos e alimentos no esôfago. Esta dilatação resulta em uma desordem severa na motilidade esofágica, na qual deixa o órgão flácido, dilatado e tornando o peristaltismo ineficiente. Essa afecção pode ser congênita ou adquirida, onde na maioria das vezes é idiopática, alguns autores relatam predisposição hereditárias em algumas raças de cães, em gatos a doença é relativamente rara. Os sinais clínicos são caracterizados pela regurgitação de água e alimentos logo após a ingestão, crescimento deficiente, perda de peso, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição. Foi atendido na Clínica Veterinária Uningá um canino, fêmea, pesando 1,650kg, de aproximadamente 3 meses, durante a anamnese a proprietária relatou vomito há aproximadamente 15 dias, com presença de vermes compridos sugerindo ancylostoma, os episódios ocorriam normalmente pós alimentação, porém podiam ser observados em outros momentos. Durante o exame clínico, físico, pode-se observar que o animal apresentava-se hidratado, mucosas hipocoradas, normodipsia, normorexia, normoquesia e com leve presença de secreção ocular. No consultório foi administrado uma dose de vermífugo a base de Praziquantel 12,5mg, Pamoato de Pirantel 36mg, Febantel 37,5mg, e Ivermectina 0,015mg/kg indicado a realização de outra dose após 15 dias. Para diagnóstico da afeção foram solicitados exames complementares como a realização de exames de imagem radiográfica para avaliação esofágica, o exame foi submetido a técnica contrastada, utilizando sulfato de bário 8ml via oral, evidenciando acentuada dilatação de esôfago em região cervical e intratoráxica, acompanhado de sinal de faixa de traqueia, impressão diagnóstica compatível com megaesôfago. Não foi realizado exame coproparasitológico, e não pode ser identificado o parasita descrito pelo tutor, apesar da descrição ser compatível com ancylostoma. O megaesôfago foi classificado como congênito devido à idade do animal. Alguns autores ainda afirmam que a presença de corpo estranho, parasitas, constrições ao anel vascular, intussuscepções esofágicas podem ser responsáveis pelo surgimento de dilatação esofágica, no entanto estas suspeitas são de difícil confirmação e não podemos correlacionar o megaesôfago do caso descrito com a parasitose gástrica relatada no animal.Editora Uningá2019-09-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 37Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 372178-2571reponame:UNINGÁ Reviewinstname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100/2069Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEWinfo:eu-repo/semantics/openAccessCRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZASENNA, ELOISE CHAROLINEPEREIRA, THAIS IZABELIVASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTIFIORATO, CAMILA ANDRÉ2019-09-26T15:24:52Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3100Revistahttps://revista.uninga.br/uningareviews/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uningareviews/oairevistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br2178-25712178-2571opendoar:2019-09-26T15:24:52UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningáfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
title |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
spellingShingle |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA Congênito Dilatação Esofagograma Radiografia Contrastada |
title_short |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
title_full |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
title_fullStr |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
title_full_unstemmed |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
title_sort |
MEGAESÔFAGO CONGÊNITO EM CÃO ASSOCIADO A VERMINOSE: RELATO DE CASO |
author |
CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA |
author_facet |
CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA SENNA, ELOISE CHAROLINE PEREIRA, THAIS IZABELI VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI FIORATO, CAMILA ANDRÉ |
author_role |
author |
author2 |
SENNA, ELOISE CHAROLINE PEREIRA, THAIS IZABELI VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI FIORATO, CAMILA ANDRÉ |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CRUZ, MARCUS VINICIUS DE SOUZA SENNA, ELOISE CHAROLINE PEREIRA, THAIS IZABELI VASQUES, GABRIELA MARIA BENEDETTI FIORATO, CAMILA ANDRÉ |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Congênito Dilatação Esofagograma Radiografia Contrastada |
topic |
Congênito Dilatação Esofagograma Radiografia Contrastada |
description |
O megaesôfago é caracterizado pela dilatação do esôfago devido à peristalse ineficiente esofágica, a motilidade esofágica pode ser reduzida ou ausente na qual resulta em retenção de líquidos e alimentos no esôfago. Esta dilatação resulta em uma desordem severa na motilidade esofágica, na qual deixa o órgão flácido, dilatado e tornando o peristaltismo ineficiente. Essa afecção pode ser congênita ou adquirida, onde na maioria das vezes é idiopática, alguns autores relatam predisposição hereditárias em algumas raças de cães, em gatos a doença é relativamente rara. Os sinais clínicos são caracterizados pela regurgitação de água e alimentos logo após a ingestão, crescimento deficiente, perda de peso, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição. Foi atendido na Clínica Veterinária Uningá um canino, fêmea, pesando 1,650kg, de aproximadamente 3 meses, durante a anamnese a proprietária relatou vomito há aproximadamente 15 dias, com presença de vermes compridos sugerindo ancylostoma, os episódios ocorriam normalmente pós alimentação, porém podiam ser observados em outros momentos. Durante o exame clínico, físico, pode-se observar que o animal apresentava-se hidratado, mucosas hipocoradas, normodipsia, normorexia, normoquesia e com leve presença de secreção ocular. No consultório foi administrado uma dose de vermífugo a base de Praziquantel 12,5mg, Pamoato de Pirantel 36mg, Febantel 37,5mg, e Ivermectina 0,015mg/kg indicado a realização de outra dose após 15 dias. Para diagnóstico da afeção foram solicitados exames complementares como a realização de exames de imagem radiográfica para avaliação esofágica, o exame foi submetido a técnica contrastada, utilizando sulfato de bário 8ml via oral, evidenciando acentuada dilatação de esôfago em região cervical e intratoráxica, acompanhado de sinal de faixa de traqueia, impressão diagnóstica compatível com megaesôfago. Não foi realizado exame coproparasitológico, e não pode ser identificado o parasita descrito pelo tutor, apesar da descrição ser compatível com ancylostoma. O megaesôfago foi classificado como congênito devido à idade do animal. Alguns autores ainda afirmam que a presença de corpo estranho, parasitas, constrições ao anel vascular, intussuscepções esofágicas podem ser responsáveis pelo surgimento de dilatação esofágica, no entanto estas suspeitas são de difícil confirmação e não podemos correlacionar o megaesôfago do caso descrito com a parasitose gástrica relatada no animal. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-09-24 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100 |
url |
https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3100/2069 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
dc.source.none.fl_str_mv |
Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 37 Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 37 2178-2571 reponame:UNINGÁ Review instname:Centro Universitário Uningá instacron:UNINGA |
instname_str |
Centro Universitário Uningá |
instacron_str |
UNINGA |
institution |
UNINGA |
reponame_str |
UNINGÁ Review |
collection |
UNINGÁ Review |
repository.name.fl_str_mv |
UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningá |
repository.mail.fl_str_mv |
revistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br |
_version_ |
1797042215324745728 |