TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NASCIMENTO, TAINÁ GENTIL DO
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: MAGALHÃES, CARLA NAZARÉ, RIBAS, ANA TERRA DAHER
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: UNINGÁ Review
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3107
Resumo: A cinomose canina é uma doença infecto-contagiosa causada por um Morbivírus da família Paramyxoviridae. É uma doença multissistêmica que causa sintomas respiratórios, gastrintestinais e neurológicos. Quando atinge o encéfalo, pode resultar em lesões degenerativas ou inflamatórias do sistema nervoso, causando sinais clínicos como paraplegia, hiperestesia, tremores, deambulação, convulsões e mioclonia. Objetivou-se, com este relato, descrever o caso de uma paciente, canina, sem raça definida, de aproximadamente 4 meses de idade, apresentando sequelas de cinomose, tendo sido submetida ao tratamento com Fenobarbital na dose 2mg/kg (VO/BID) e suplementação com complexo antioxidante composto por ácido docosahexanóico, ácido eicosapentaenoico, vitamina E, vitamina C, selênio e aminoácido quelato (VO/SID), obtendo sucesso. A paciente inicialmente apresentava deambulação com ataxia, deformidades posturais e mioclonias multifocais em graus moderados, tendo considerável acentuação dos sinais clínicos dentro de 15 dias, culminando em um episódio convulsivo, mioclonias intensas e dificuldade em manter-se em estação. Foram realizados exames laboratoriais (hemograma e bioquímico). O hemograma apresentou anemia microcítica hipocrômica. O bioquímico não apresentou alterações dignas de nota. A anemia foi tratada com suplemento de vitaminas e minerais. O estado epilético foi controlado com Diazepam, na dose de 1mg/kg, VO, pós crise e manutenção na dose de 0.5mg/kg, VO, BID. A partir do 15º dia, iniciou-se novo protocolo terapêutico, com Fenobarbital associado ao complexo antioxidante, por 30 dias, mais recomendação de evitar exposição a situações de estresse. Ao fim dos 30 dias de tratamento, a paciente apresentava menor intensidade e frequência das crises de mioclonia, bem como melhora considerável no equilíbrio e coordenação motora. O protocolo terapêutico foi mantido, mantendo-se a dose mínima do Fenobarbital, ajustando a posologia apenas ao peso do animal. Cem dias após o início do novo protocolo, a paciente apresentava mioclonias leves, por vezes imperceptíveis e melhora na coordenação e equilíbrio, podendo realizar atividades normais. Foi possível concluir que a terapia estabelecida obteve resultado satisfatório nesta paciente, diminuindo significativamente os sinais neurológicos e estabilizando o quadro convulsivo.
id UNINGA-2_b09aa9467bcfbd0bc263610d876e8317
oai_identifier_str oai:ojs.revista.uninga.br:article/3107
network_acronym_str UNINGA-2
network_name_str UNINGÁ Review
repository_id_str
spelling TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASOAtaxiaConvulsãoMiocloniaNeuropatologiaA cinomose canina é uma doença infecto-contagiosa causada por um Morbivírus da família Paramyxoviridae. É uma doença multissistêmica que causa sintomas respiratórios, gastrintestinais e neurológicos. Quando atinge o encéfalo, pode resultar em lesões degenerativas ou inflamatórias do sistema nervoso, causando sinais clínicos como paraplegia, hiperestesia, tremores, deambulação, convulsões e mioclonia. Objetivou-se, com este relato, descrever o caso de uma paciente, canina, sem raça definida, de aproximadamente 4 meses de idade, apresentando sequelas de cinomose, tendo sido submetida ao tratamento com Fenobarbital na dose 2mg/kg (VO/BID) e suplementação com complexo antioxidante composto por ácido docosahexanóico, ácido eicosapentaenoico, vitamina E, vitamina C, selênio e aminoácido quelato (VO/SID), obtendo sucesso. A paciente inicialmente apresentava deambulação com ataxia, deformidades posturais e mioclonias multifocais em graus moderados, tendo considerável acentuação dos sinais clínicos dentro de 15 dias, culminando em um episódio convulsivo, mioclonias intensas e dificuldade em manter-se em estação. Foram realizados exames laboratoriais (hemograma e bioquímico). O hemograma apresentou anemia microcítica hipocrômica. O bioquímico não apresentou alterações dignas de nota. A anemia foi tratada com suplemento de vitaminas e minerais. O estado epilético foi controlado com Diazepam, na dose de 1mg/kg, VO, pós crise e manutenção na dose de 0.5mg/kg, VO, BID. A partir do 15º dia, iniciou-se novo protocolo terapêutico, com Fenobarbital associado ao complexo antioxidante, por 30 dias, mais recomendação de evitar exposição a situações de estresse. Ao fim dos 30 dias de tratamento, a paciente apresentava menor intensidade e frequência das crises de mioclonia, bem como melhora considerável no equilíbrio e coordenação motora. O protocolo terapêutico foi mantido, mantendo-se a dose mínima do Fenobarbital, ajustando a posologia apenas ao peso do animal. Cem dias após o início do novo protocolo, a paciente apresentava mioclonias leves, por vezes imperceptíveis e melhora na coordenação e equilíbrio, podendo realizar atividades normais. Foi possível concluir que a terapia estabelecida obteve resultado satisfatório nesta paciente, diminuindo significativamente os sinais neurológicos e estabilizando o quadro convulsivo.Editora Uningá2019-09-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3107Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 45Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 452178-2571reponame:UNINGÁ Reviewinstname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3107/2077Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEWinfo:eu-repo/semantics/openAccessNASCIMENTO, TAINÁ GENTIL DOMAGALHÃES, CARLA NAZARÉRIBAS, ANA TERRA DAHER2019-09-26T15:24:52Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3107Revistahttps://revista.uninga.br/uningareviews/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uningareviews/oairevistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br2178-25712178-2571opendoar:2019-09-26T15:24:52UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningáfalse
dc.title.none.fl_str_mv TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
title TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
spellingShingle TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
NASCIMENTO, TAINÁ GENTIL DO
Ataxia
Convulsão
Mioclonia
Neuropatologia
title_short TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
title_full TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
title_fullStr TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
title_full_unstemmed TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
title_sort TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
author NASCIMENTO, TAINÁ GENTIL DO
author_facet NASCIMENTO, TAINÁ GENTIL DO
MAGALHÃES, CARLA NAZARÉ
RIBAS, ANA TERRA DAHER
author_role author
author2 MAGALHÃES, CARLA NAZARÉ
RIBAS, ANA TERRA DAHER
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv NASCIMENTO, TAINÁ GENTIL DO
MAGALHÃES, CARLA NAZARÉ
RIBAS, ANA TERRA DAHER
dc.subject.por.fl_str_mv Ataxia
Convulsão
Mioclonia
Neuropatologia
topic Ataxia
Convulsão
Mioclonia
Neuropatologia
description A cinomose canina é uma doença infecto-contagiosa causada por um Morbivírus da família Paramyxoviridae. É uma doença multissistêmica que causa sintomas respiratórios, gastrintestinais e neurológicos. Quando atinge o encéfalo, pode resultar em lesões degenerativas ou inflamatórias do sistema nervoso, causando sinais clínicos como paraplegia, hiperestesia, tremores, deambulação, convulsões e mioclonia. Objetivou-se, com este relato, descrever o caso de uma paciente, canina, sem raça definida, de aproximadamente 4 meses de idade, apresentando sequelas de cinomose, tendo sido submetida ao tratamento com Fenobarbital na dose 2mg/kg (VO/BID) e suplementação com complexo antioxidante composto por ácido docosahexanóico, ácido eicosapentaenoico, vitamina E, vitamina C, selênio e aminoácido quelato (VO/SID), obtendo sucesso. A paciente inicialmente apresentava deambulação com ataxia, deformidades posturais e mioclonias multifocais em graus moderados, tendo considerável acentuação dos sinais clínicos dentro de 15 dias, culminando em um episódio convulsivo, mioclonias intensas e dificuldade em manter-se em estação. Foram realizados exames laboratoriais (hemograma e bioquímico). O hemograma apresentou anemia microcítica hipocrômica. O bioquímico não apresentou alterações dignas de nota. A anemia foi tratada com suplemento de vitaminas e minerais. O estado epilético foi controlado com Diazepam, na dose de 1mg/kg, VO, pós crise e manutenção na dose de 0.5mg/kg, VO, BID. A partir do 15º dia, iniciou-se novo protocolo terapêutico, com Fenobarbital associado ao complexo antioxidante, por 30 dias, mais recomendação de evitar exposição a situações de estresse. Ao fim dos 30 dias de tratamento, a paciente apresentava menor intensidade e frequência das crises de mioclonia, bem como melhora considerável no equilíbrio e coordenação motora. O protocolo terapêutico foi mantido, mantendo-se a dose mínima do Fenobarbital, ajustando a posologia apenas ao peso do animal. Cem dias após o início do novo protocolo, a paciente apresentava mioclonias leves, por vezes imperceptíveis e melhora na coordenação e equilíbrio, podendo realizar atividades normais. Foi possível concluir que a terapia estabelecida obteve resultado satisfatório nesta paciente, diminuindo significativamente os sinais neurológicos e estabilizando o quadro convulsivo.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-09-24
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3107
url https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3107
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3107/2077
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
dc.source.none.fl_str_mv Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 45
Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 45
2178-2571
reponame:UNINGÁ Review
instname:Centro Universitário Uningá
instacron:UNINGA
instname_str Centro Universitário Uningá
instacron_str UNINGA
institution UNINGA
reponame_str UNINGÁ Review
collection UNINGÁ Review
repository.name.fl_str_mv UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningá
repository.mail.fl_str_mv revistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br
_version_ 1797042215341522944