FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | UNINGÁ Review |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3084 |
Resumo: | Pela alta frequência e graves complicações de fraturas de rádio e ulna em cães, objetivou-se relatar o caso de uma cadela com fratura antiga infeccionada que obteve sucesso após osteossíntese de rádio e ulna com uso de fixador externo e enxerto corticoesponjoso de crista ilíaca. Foi atendida uma cadela, SRD, 3 anos, com histórico de atropelamento, apresentando um fixador externo tipo II craniocaudal em rádio e ulna direito. O tutor referiu que a paciente foi submetida a osteossíntese com placa óssea que foi “rejeitada pelo organismo”, a 60 dias e então aplicou-se o fixador externo a 30 dias. No exame físico, a paciente não apoiava o membro e havia secreção purulenta na base dos pinos lisos. Na radiografia, constatou-se sinais de não-união atrófica e lise óssea. O animal foi encaminhado à osteossíntese. Coletou-se osso corticoesponjoso da asa do íleo direito para enxertia na região de não-união da fratura. A pele sobre o rádio foi incisada crânio lateralmente e o acesso ao osso foi feito de forma lateral. Os antigos implantes foram retirados e quatro pinos de rosca central de 2,5mm foram aplicados em posição médiolateral. Material para cultura e antibiograma foi coletado, a região da fratura foi desbridada e o enxerto ilíaco colocado na região. Os pinos foram retorcidos e duas barras de metilmetacrilato foram confeccionadas para estabilizar a fratura. A pele foi suturada como rotina. Foi prescrito cefalexina durante 10 dias, tramadol durante 5 dias e Meloxicam durante 3 dias. Realizou-se limpeza diária e indicou-se o uso do colar elisabetano até a retirada do fixador externo. Após 10 dias, o animal retornou claudicando, porém, apoiando o membro. A cefalexina foi substituída por ciprofloxacina baseado nos resultados de cultura e antibiograma. A ciprofloxacina (15 Mg/Kg, BID) foi administrada por 30 dias. A fratura consolidou aos 90 dias de pós-operatório e o fixador externo foi retirado. Um ano após a retirada dos implantes a cadela foi reavaliada e observou-se boa deambulação e completa cicatrização óssea evidenciada pela radiografia. Pôde-se concluir que a combinação de fixador externo com enxerto corticoesponjoso e antibioticoterapia apropriada foi eficaz no tratamento da osteomielite e não-união óssea. |
id |
UNINGA-2_bdf73955a5d338cb99299a648dddbe89 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revista.uninga.br:article/3084 |
network_acronym_str |
UNINGA-2 |
network_name_str |
UNINGÁ Review |
repository_id_str |
|
spelling |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEAFraturaInfeccionadaPinos LisosCirurgiaPela alta frequência e graves complicações de fraturas de rádio e ulna em cães, objetivou-se relatar o caso de uma cadela com fratura antiga infeccionada que obteve sucesso após osteossíntese de rádio e ulna com uso de fixador externo e enxerto corticoesponjoso de crista ilíaca. Foi atendida uma cadela, SRD, 3 anos, com histórico de atropelamento, apresentando um fixador externo tipo II craniocaudal em rádio e ulna direito. O tutor referiu que a paciente foi submetida a osteossíntese com placa óssea que foi “rejeitada pelo organismo”, a 60 dias e então aplicou-se o fixador externo a 30 dias. No exame físico, a paciente não apoiava o membro e havia secreção purulenta na base dos pinos lisos. Na radiografia, constatou-se sinais de não-união atrófica e lise óssea. O animal foi encaminhado à osteossíntese. Coletou-se osso corticoesponjoso da asa do íleo direito para enxertia na região de não-união da fratura. A pele sobre o rádio foi incisada crânio lateralmente e o acesso ao osso foi feito de forma lateral. Os antigos implantes foram retirados e quatro pinos de rosca central de 2,5mm foram aplicados em posição médiolateral. Material para cultura e antibiograma foi coletado, a região da fratura foi desbridada e o enxerto ilíaco colocado na região. Os pinos foram retorcidos e duas barras de metilmetacrilato foram confeccionadas para estabilizar a fratura. A pele foi suturada como rotina. Foi prescrito cefalexina durante 10 dias, tramadol durante 5 dias e Meloxicam durante 3 dias. Realizou-se limpeza diária e indicou-se o uso do colar elisabetano até a retirada do fixador externo. Após 10 dias, o animal retornou claudicando, porém, apoiando o membro. A cefalexina foi substituída por ciprofloxacina baseado nos resultados de cultura e antibiograma. A ciprofloxacina (15 Mg/Kg, BID) foi administrada por 30 dias. A fratura consolidou aos 90 dias de pós-operatório e o fixador externo foi retirado. Um ano após a retirada dos implantes a cadela foi reavaliada e observou-se boa deambulação e completa cicatrização óssea evidenciada pela radiografia. Pôde-se concluir que a combinação de fixador externo com enxerto corticoesponjoso e antibioticoterapia apropriada foi eficaz no tratamento da osteomielite e não-união óssea.Editora Uningá2019-09-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3084Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 30Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 302178-2571reponame:UNINGÁ Reviewinstname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3084/2060Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEWinfo:eu-repo/semantics/openAccessGIRALDELI, GIANLUCA MACHADO PINHEIRONASCIMENTO, DAVID HENRIQUE DA SILVA DOSILVA, DIEGO MANOEL DAPIRES, AMANDA MARCONDESROCHA, HAGNER ALVESLEAL, LEONARDO MARTINS2019-09-26T15:24:52Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3084Revistahttps://revista.uninga.br/uningareviews/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uningareviews/oairevistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br2178-25712178-2571opendoar:2019-09-26T15:24:52UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningáfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
title |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
spellingShingle |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA GIRALDELI, GIANLUCA MACHADO PINHEIRO Fratura Infeccionada Pinos Lisos Cirurgia |
title_short |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
title_full |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
title_fullStr |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
title_full_unstemmed |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
title_sort |
FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA |
author |
GIRALDELI, GIANLUCA MACHADO PINHEIRO |
author_facet |
GIRALDELI, GIANLUCA MACHADO PINHEIRO NASCIMENTO, DAVID HENRIQUE DA SILVA DO SILVA, DIEGO MANOEL DA PIRES, AMANDA MARCONDES ROCHA, HAGNER ALVES LEAL, LEONARDO MARTINS |
author_role |
author |
author2 |
NASCIMENTO, DAVID HENRIQUE DA SILVA DO SILVA, DIEGO MANOEL DA PIRES, AMANDA MARCONDES ROCHA, HAGNER ALVES LEAL, LEONARDO MARTINS |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
GIRALDELI, GIANLUCA MACHADO PINHEIRO NASCIMENTO, DAVID HENRIQUE DA SILVA DO SILVA, DIEGO MANOEL DA PIRES, AMANDA MARCONDES ROCHA, HAGNER ALVES LEAL, LEONARDO MARTINS |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fratura Infeccionada Pinos Lisos Cirurgia |
topic |
Fratura Infeccionada Pinos Lisos Cirurgia |
description |
Pela alta frequência e graves complicações de fraturas de rádio e ulna em cães, objetivou-se relatar o caso de uma cadela com fratura antiga infeccionada que obteve sucesso após osteossíntese de rádio e ulna com uso de fixador externo e enxerto corticoesponjoso de crista ilíaca. Foi atendida uma cadela, SRD, 3 anos, com histórico de atropelamento, apresentando um fixador externo tipo II craniocaudal em rádio e ulna direito. O tutor referiu que a paciente foi submetida a osteossíntese com placa óssea que foi “rejeitada pelo organismo”, a 60 dias e então aplicou-se o fixador externo a 30 dias. No exame físico, a paciente não apoiava o membro e havia secreção purulenta na base dos pinos lisos. Na radiografia, constatou-se sinais de não-união atrófica e lise óssea. O animal foi encaminhado à osteossíntese. Coletou-se osso corticoesponjoso da asa do íleo direito para enxertia na região de não-união da fratura. A pele sobre o rádio foi incisada crânio lateralmente e o acesso ao osso foi feito de forma lateral. Os antigos implantes foram retirados e quatro pinos de rosca central de 2,5mm foram aplicados em posição médiolateral. Material para cultura e antibiograma foi coletado, a região da fratura foi desbridada e o enxerto ilíaco colocado na região. Os pinos foram retorcidos e duas barras de metilmetacrilato foram confeccionadas para estabilizar a fratura. A pele foi suturada como rotina. Foi prescrito cefalexina durante 10 dias, tramadol durante 5 dias e Meloxicam durante 3 dias. Realizou-se limpeza diária e indicou-se o uso do colar elisabetano até a retirada do fixador externo. Após 10 dias, o animal retornou claudicando, porém, apoiando o membro. A cefalexina foi substituída por ciprofloxacina baseado nos resultados de cultura e antibiograma. A ciprofloxacina (15 Mg/Kg, BID) foi administrada por 30 dias. A fratura consolidou aos 90 dias de pós-operatório e o fixador externo foi retirado. Um ano após a retirada dos implantes a cadela foi reavaliada e observou-se boa deambulação e completa cicatrização óssea evidenciada pela radiografia. Pôde-se concluir que a combinação de fixador externo com enxerto corticoesponjoso e antibioticoterapia apropriada foi eficaz no tratamento da osteomielite e não-união óssea. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-09-24 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3084 |
url |
https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3084 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3084/2060 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 REVISTA UNINGÁ REVIEW |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
dc.source.none.fl_str_mv |
Uningá Review ; Vol. 34 No. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 30 Uningá Review Journal; v. 34 n. S1 (2019): Anais do II CICLOVET - Ciclo de Palestras do curso de Medicina Veterinária; 30 2178-2571 reponame:UNINGÁ Review instname:Centro Universitário Uningá instacron:UNINGA |
instname_str |
Centro Universitário Uningá |
instacron_str |
UNINGA |
institution |
UNINGA |
reponame_str |
UNINGÁ Review |
collection |
UNINGÁ Review |
repository.name.fl_str_mv |
UNINGÁ Review - Centro Universitário Uningá |
repository.mail.fl_str_mv |
revistauningareview@uninga.edu.br || sec.revistas@uninga.edu.br |
_version_ |
1797042211731275776 |