Notas sobre a utilização de agrotóxicos em Santa Catarina e no Brasil (2009-2017)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaboardi, Shaiane Carla
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ambientes (Francisco Beltrão)
Texto Completo: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/22691
Resumo: O Brasil tem se destacado como um dos maiores compradores e consumidores de agrotóxicos do mundo. No estado de Santa Catarina, a utilização de agrotóxicos configura-se como um problema ainda pouco abordado por pesquisas e pouco divulgado na mídia. Este artigo visa a traçar um panorama da utilização de agrotóxicos na Microrregião de Rio do Sul, bem como no estado de Santa Catarina, e no Brasil como um todo. A metodologia utilizada consistiu na coleta e na análise de dados de órgãos oficiais federais e estaduais como IBGE, IBAMA e CIDASC. Posteriormente, foi realizada a produção de mapas temáticos e gráficos. A partir disso, concluiu-se que, num período de nove anos, o volume comercializado de agrotó­xicos aumentou, aproximadamente, 80% no Brasil. Em Santa Catarina, o aumento foi de 107%. Percebeu-se que o agrotóxico mais utilizado foi o Glifosato, classificado pela Organização Mundial da Saúde como provavelmente cancerígeno para os seres humanos, e pelo IBAMA, como produto perigoso ao meio am­biente. Tanto no estado em questão como no país inteiro, os produtos classificados nas categorias peri­goso e muito perigoso ao meio ambiente correspondem a, aproximadamente, 93% das vendas totais de agrotóxicos. Isso ocorre em virtude da estrutura político-econômica que dá sustentação ao agronegócio, desde a mídia hegemônica, grupos transnacionais, “cooperativas” e outros atores.
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