Agroecologia: Conceitos, princípios e sua multidimensionalidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ambientes (Francisco Beltrão) |
Texto Completo: | https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26583 |
Resumo: | A proposta de discutir o conceito de agroecologia, considerando princípios e concepções, com base em publicações de pesquisadores e em documentos de instituições vinculadas a questão alimentar, agrária e ambiental, norteou a elaboração deste artigo. Além da clássica discussão sobre a agroecologia enquanto ciência, prática e movimento social, também são abordados os seguintes aspectos da agroecologia: sua multidimensionalidade; seu caráter multidisciplinar; sua multiescalaridade; e sua possível contribuição em um processo de transformação social. Defende-se a ideia de que a agroecologia é uma agricultura praticada por camponeses, pois apesar de ter nascido enquanto uma ciência, é resultante de diversas práticas sócio-culturais populares. Do ponto de vista escalar e geográfico, a agroecologia tem se materializado, sobretudo, em estabelecimentos agropecuários, que preferimos denominar Núcleos de Vida e Gestão Familiares (NVGF), e que fazem parte da escala geográfica denominada nanoterritorial (SOUZA, 2013). No entanto, ações de apoio e fortalecimento à agroecologia também têm se manifestado em outras escalas, como a microlocal, municipal, estadual, nacional, internacional etc. Considerando que, em torno do termo agroecologia, existe um amplo campo de disputas e de relações de poder, levando a um risco de cooptação da agroecologia por instituições e empresas vinculadas à lógica capitalista, entende-se que é preciso lutar por ela, defendendo-a enquanto uma possível ferramenta para a soberania alimentar e territorial e, quem sabe, para o fortalecimento da autonomia camponesa. |
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