Análise da condição camponesa no assentamento São Joaquim em Santana do Livramento/RS: uma recampesinização sustentável?

• Autor(a) principal: Francis Casagranda Zanella
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3940
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS; Desenvolvimento rural; Agricultura familiar; Assentamento rural; Rural Development; Family farming; Rural Settlement

Com este trabalho propõe-se identificar e analisar indícios da condição camponesa a partir de representações sociais e de práticas de agricultores assentados no Assentamento São Joaquim, em Santana do Livramento/RS. Conforme a literatura consultada, entende-se que o processo de implantação dos assentamentos rurais representa a recampesinização, pois os assentados assumem, além de terras, uma condição permeada por restrições e luta por autonomia. Portanto, nesse trabalho procurou-se analisar o processo de fixação dos agricultores no assentamento a fim de apontar indícios de reforço ou regressão na condição camponesa. No contexto do bioma Pampa, analisam-se processos de adaptação e questionam-se limitações das estratégias produtivas frente à aptidão local. Utilizou-se como metodologia a pesquisa social qualitativa, com ênfase na Teoria das Representações Sociais, através de entrevistas com roteiro semiestruturado, e também análises com imagens de satélite e in loco, acerca do uso e cobertura do solo. As análises realizadas, de caráter exploratório, apontam para os seguintes resultados: a) indícios da condição camponesa; b) níveis básicos de heterogeneidade dos elementos da condição camponesa entre assentados; c) indícios de processo de recampesinização em três fases; d) predominância, no uso do solo, de práticas que geram degradação e são inaptas às limitações e potencialidades naturais. Estes resultados levam a considerar, por fim, as principais potencialidades e dificuldades para o desenvolvimento rural sustentável, ao questionar indícios de recampesinização e de (in) sustentabilidade.