A educação musical e a musicoterapia: articulações educacionais e terapêuticas em um grupo inclusivo

• Autor(a) principal: Santos, Giovana Brizolla Algarve
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4241
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Práticas pedagógico-musicais; Musicoterapia; Inclusão; Pedagogic-musical practices; Music therapy; Inclusion

Esta pesquisa busca identificar quais são os pontos de interseção entre a musicoterapia e a educação musical e como estas áreas dialogam e interagem no contexto das práticas musicais no grupo de música da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município de Bagé/RS. A partir das concepções sobre educação musical e as relações entre o homem e a música (GAINZA, 1988), a aprendizagem musical de pessoas com deficiência cognitiva (LOURO, 2006; 2012) e as contribuições da musicoterapia para a educação musical (BRUSCIA, 2000; 2016) foi possível construir o referencial teórico-metodológico desta investigação, desde uma abordagem qualitativa, de cunho exploratório e descritivo (GIL, 2008; FLICK, 2009). Na fase de produção de dados foram incluídas duas etapas de observações participantes, acompanhadas pela escrita de diários de campo e discussões com grupo focal (BARBOUR, 2009; BRESLER, 2000; GERHARDT; SILVEIRA, 2009). A análise de dados foi organizada em três categorias que contemplaram: a) as aprendizagens musicais individuais e coletivas dos participantes; b) as relações interpessoais, condutas dos participantes e presença de aspectos não-musicais; e c) as articulações entre a educação musical e a musicoterapia a partir das práticas do grupo e as percepções dos profissionais. Os resultados emergentes neste estudo dizem a respeito da multiplicidade e diversidade de aprendizagens musicais do grupo, assim como da intensidade com a qual foram identificados aspectos relacionados ao senso de coletividade e ao sentido de alteridade; a construção de rotinas vinculadas às características individuais de cada aluno, suas condutas musicais e relações interpessoais e, consequentemente, foi possível observar como era desenvolvido o processo de construção de habilidades musicais a partir das necessidades especiais de cada integrante. Um dos aportes mais significativos desta pesquisa está centrado na possibilidade de que a intensa articulação entre a educação musical e a musicoterapia esteja caracterizada na abertura que uma área possibilita a outra, complementando-se de forma procedimental e conceitual em prol do desenvolvimento integral de quem as pratica. Ambas as áreas dialogam e contribuem entre si e, nesta realidade específica, estabeleceram vínculos refletindo nas práticas musicais do grupo, contribuindo no crescimento e bem-estar individual e coletivo.