O novo começo feminino em metade cara, metade máscara, de Eliane Potiguara

• Autor(a) principal: Montado, Valéria Caroline do Amaral
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5865
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Potiguara, Eliane; Arendt, Hannah, 1906-1975; Literatura indígena; Indigenous literature

O presente trabalho apresenta uma análise da obra Metade cara, metade máscara, de Eliane Potiguara, com intuito de refletir sobre a intenção de um novo começo, segundo a proposta de Hannah Arendt, retomada pela teórica Julia Kristeva. Para fundamentar a importância da literatura indígena, foi utilizada a obra O Romantismo no Brasil, de Antônio Candido. A partir dessa obra, pode-se perceber o apagamento literário sofrido pelos povos originários ao longo dos séculos. Observa-se que a literatura indígena ainda ocupa poucos espaços, por isso as culturas indígenas ainda são pouco conhecidas, resultando em uma ideia caricata do indígena criada ainda no período romântico, principalmente no que diz respeito à imagem da mulher. Através dessa literatura, que tem se mostrado uma potente ferramenta, é possível resgatar a ancestralidade dos povos originários e criar um espaço de perpetuação de suas culturas. Assim, buscar o novo começo em uma obra escrita por uma mulher indígena visa trazer à discussão as experiências indígenas e a importância do papel feminino na cultura ameríndia, identificando a potencialidade de poder criativo que existe na comunidade indígena. Palavras-Chave: Eliane Potiguara; Hannah Arendt; Literatura indígena; Novo começo.