Dinâmica da parasitose gastrintestinal em ovinos naturalmente infectados e a influência de efeitos climáticos sobre a recuperação de larvas infectantes (L3) em campo nativo

• Autor(a) principal: Silva, Daniel Gonçalves da
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3062
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS; Campo nativo; Condição climáticas; Larvas infectantes; Ovnos; Parasitismo; Parasitism; Native field; Climatic conditions; Infective; Larvae; Sheep

O objetivo do presente estudo foi observar os efeitos climáticos sobre a infestação de larvas infectantes na pastagem nativa nos períodos de primavera e verão e a correlação com a dinâmica de parasitismo gastrintestinal em borregas naturalmente infectadas. O experimento foi realizado entre outubro de 2013 a março de 2014 em propriedade particular no interior do município de Dom Pedrito – RS com 50 borregas da raça Corriedale e peso médio inicial de 28 kg em um potreiro de nove hectares de campo nativo sem divisões. Em intervalos de 21 dias foram avaliados nos animais o escore da condição corporal (ECC), contagem de ovos por gramas de fezes (OPG), coprocultura e FAMACHA®. Realizaram-se mensurações para verificar a altura da pastagem (cm), coleta da mesma para recuperação de larvas infectantes (L3) e disponibilidade de pasto (kg/MS/ha), além de ser observada precipitação (mm), temperatura (°C), radiação solar (KJ/m²) e umidade relativa do ar (%). Os animais foram vermifugados conforme a necessidade de acordo com o grau de infecção parasitária. Observou-se ao término do período experimental que OPG maior que 500 impactou em menor ganho de peso (2,03kg) (p=0,000), FAMACHA >3 (p=0,005) e ECC <3 (p=0,027) no verão com diferença significativa em relação a primavera. Em relação à coprocultura pode-se observar maior prevalência do gênero Haemonchus spp. (72,79%) durante todo o período experimental. Foi possível verificar a relação entre o OPG e recuperação de larvas infectantes da pastagem com os dados climáticos, constatando diferença significativa para OPG (>500) e maior quantidade de L3 recuperadas (>19,17 L3/kg/MS) em temperatura acima de 22,5 °C (p=0,000), verão (p=0,000), precipitação >120 mm (p=0,003), umidade relativa >73% (p=0,005) e radiação solar <890 KJ/m² (p=0,000). Observou-se diferença significativa entre o OPG e disponibilidade de pasto >2,600 kg/MS/ha e altura da pastagem >14,5 cm (p=0,000). Foi observada diferença significativa de OPG >500 em relação a quantidade de larvas na pastagem (>19,17 L3/kg/MS) (p=0,000). Os fatores climáticos podem influenciar no desenvolvimento de larvas infectantes no pasto, favorecendo a maior ingestão e consequentemente maior carga parasitária nos animais. As borregas não conseguiram alcançar o peso mínimo e escore da condição corporal para o período reprodutivo provavelmente influenciado pelo parasitismo gastrintestinal durante o verão. Tornam-se necessários a continuidade dos estudos nesta área para melhor compreender a dinâmica de larvas infectantes nas pastagens naturais.