Caracterização fitoquímica e efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios de Sida tuberculata R.E. Fries “GUANXUMA”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Hemerson Silva da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2009
Resumo: O presente estudo avaliou os efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios dos extratos obtidos de Sida tuberculata (ST), popularmente conhecida como “guanxuma”, em modelos agudo e crônico em camundongos. Além disso, foram feitas caracterizações fitoquímicas e análises do potencial antioxidante e citotóxico in vitro. De acordo com os dados encontrados, os extratos das folhas e raízes apresentaram um significativo efeito antioxidante (p<0.05) a partir das doses de 0.015 e 0.03 mg.mL-1 respectivamente, porém o extrato das folhas teve uma ação mais pronunciada comparado ao extrato das raízes (<IC50) sendo selecionado para os testes in vivo. Através das análises químicas, foi desenvolvido um método analítico por UHPLC para determinação do marcador fitoquímico, 20-hydroxyecdysone (20-HE), e também foram identificados oito compostos, sendo 20HE o majoritário juntamente com um derivado de Canferol. Nos testes de citotoxicidade in vitro, os extratos metanólicos das folhas (Sida tuberculata leaf extract - STLE) e raízes (Sida tuberculata root extract - STRE) demonstraram uma ação antiproliferativa contra as linhas celulares tumorais HepG2 e MCF-7 (IC50 entre 543.6 - 593.4 μg.mL-1 para STLE, e 397.1 - 493.9 μg.mL-1 para STRE). Também, STLE diminuiu a viabilidade em leucócitos humanos a partir da dose de 10 μg.mL-1. Já os resultados dos ensaios de dor e inflamação in vivo demonstraram que o STLE (10-300 mg.kg-1) administrado pela via oral (v.o.), 1h antes do teste, inibiu significativamente a nocicepção das fases neurogênica e inflamatória para o modelo de formalina (31,3 e 40,1% respectivamente). Do mesmo modo, STLE diminui significativamente as contorções induzidas por ácido acético, chegando a 71,8% de inibição na dose de 100 mg.kg-1. Os experimentos mostraram que, pelo menos em parte, o mecanismo de ação de STLE envolve os sistemas opióides e adenosinérgicos uma vez que seu efeito foi revertido pela Naloxona (inibidor não seletivo dos receptores opióides) e pelo DPCPX (inibidor seletivo do receptor de adenosina A1) no modelo de ácido acético. A avaliação por Docking computacional demonstrou que os compostos Canferol e 20HE, presentes no extrato, podem interagir principalmente com o receptor opióide μ. O pré-tratamento com STLE (100 mg.kg-1) também reduziu a migração celular total, o número de neutrófilos, a atividade da MPO, e o níveis das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α no fluído peritoneal de animais com peritonite induzida por carragenina. No mesmo modelo foi verificado uma redução dos níveis de TBARS e um aumento nos níveis de NPSH. Além disso, o tratamento com STLE a 100 mg.kg-1 uma vez ao dia também apresentou efeito antinociceptivo no modelo de dor inflamatória crônica induzida por CFA (i.pl.), como ainda diminuiu o edema de pata após o quinto dia de tratamento. As doses administradas diariamente (100 mg.kg -1 durante 15 dias) não apresentaram alteração macroscópica e nem sobre o peso absoluto e o peso relativo dos órgãos vitais (coração, pulmão, fígado, baço e rins). Portanto, o conjunto de dados apresentados sugerem que ST possui uma significativa atividade antinociceptiva e anti-inflamatória frente a modelos agudo e crônico em camundongos, com mecanismo de ação envolvendo, parcialmente, sua ação antioxidante e a interação sobre o sistema opióide e adenosinérgico, e também ação redutora de mediadores pró-inflamatórios. Desta forma, a espécie ST apresenta uma atividade potencialmente terapêutica que corrobora com seu uso popular. Porém mais estudos são necessários a fim de elucidar mais precisamente seu mecanismo de ação e se o mesmo é atribuído a um ou mais compostos do extrato.
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De acordo com os dados encontrados, os extratos das folhas e raízes apresentaram um significativo efeito antioxidante (p<0.05) a partir das doses de 0.015 e 0.03 mg.mL-1 respectivamente, porém o extrato das folhas teve uma ação mais pronunciada comparado ao extrato das raízes (<IC50) sendo selecionado para os testes in vivo. Através das análises químicas, foi desenvolvido um método analítico por UHPLC para determinação do marcador fitoquímico, 20-hydroxyecdysone (20-HE), e também foram identificados oito compostos, sendo 20HE o majoritário juntamente com um derivado de Canferol. Nos testes de citotoxicidade in vitro, os extratos metanólicos das folhas (Sida tuberculata leaf extract - STLE) e raízes (Sida tuberculata root extract - STRE) demonstraram uma ação antiproliferativa contra as linhas celulares tumorais HepG2 e MCF-7 (IC50 entre 543.6 - 593.4 μg.mL-1 para STLE, e 397.1 - 493.9 μg.mL-1 para STRE). Também, STLE diminuiu a viabilidade em leucócitos humanos a partir da dose de 10 μg.mL-1. Já os resultados dos ensaios de dor e inflamação in vivo demonstraram que o STLE (10-300 mg.kg-1) administrado pela via oral (v.o.), 1h antes do teste, inibiu significativamente a nocicepção das fases neurogênica e inflamatória para o modelo de formalina (31,3 e 40,1% respectivamente). Do mesmo modo, STLE diminui significativamente as contorções induzidas por ácido acético, chegando a 71,8% de inibição na dose de 100 mg.kg-1. Os experimentos mostraram que, pelo menos em parte, o mecanismo de ação de STLE envolve os sistemas opióides e adenosinérgicos uma vez que seu efeito foi revertido pela Naloxona (inibidor não seletivo dos receptores opióides) e pelo DPCPX (inibidor seletivo do receptor de adenosina A1) no modelo de ácido acético. A avaliação por Docking computacional demonstrou que os compostos Canferol e 20HE, presentes no extrato, podem interagir principalmente com o receptor opióide μ. 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Portanto, o conjunto de dados apresentados sugerem que ST possui uma significativa atividade antinociceptiva e anti-inflamatória frente a modelos agudo e crônico em camundongos, com mecanismo de ação envolvendo, parcialmente, sua ação antioxidante e a interação sobre o sistema opióide e adenosinérgico, e também ação redutora de mediadores pró-inflamatórios. Desta forma, a espécie ST apresenta uma atividade potencialmente terapêutica que corrobora com seu uso popular. Porém mais estudos são necessários a fim de elucidar mais precisamente seu mecanismo de ação e se o mesmo é atribuído a um ou mais compostos do extrato.The present study evaluated the antinociceptive and anti-inflammatory effects of extracts obtained from Sida tuberculata (ST), popularly known as "guanxuma", on acute and chronic models in mice. In addition, were performed a phytochemical characterization and antioxidant and cytotoxic analysis in vitro. According to the data, leaf and root extracts presented a significant antioxidant effect (p <0.05) from the 0.015 and 0.03 mg.mL-1 doses respectively, however the leaves extract had a more pronounced action compared to the leaves root extract (<IC50) being selected for in vivo tests. Through the chemical analyzes, an analytical method was developed by UHPLC to determine the phytochemical marker, 20-hydroxyecdysone (20-HE), and eight compounds were identified, being 20HE the major compounds together with a Kaempferol derivative. In cytotoxicity tests, S. tuberculata leaf extract (STLE) and S. tuberculata root extract (STRE) demonstrated antiproliferative action against HepG2 and MCF-7 tumor cell lines (IC50 between 543.6 - 593.4 μg.mL-1 for STLE, and 397.1 - 493.9 mg.mL-1 for STRE). Besides, STLE decreased human leukocytes viability from dose of 10 μg.mL-1. In vivo assays demonstrated that STLE (10-300 mg.kg-1) given orally (p.o.) 1 h before the test, significantly inhibited the neurogenic and inflammatory phases in the formalin model (31.3 and 40.1% respectively). Likewise, STLE significantly decreased the contortions induced by acetic acid, reaching 71.8% inhibition at the dose of 100 mg.kg-1. The experiments showed, at least in part, the STLE mechanism of action involves the opioid and adenosinergic systems since its effect was reversed by Naloxone (non-selective opioid receptor inhibitor) and DPCPX (selective A1 adenosine receptor inhibitor) in acetic acid model. The evaluation by computational docking demonstrated that Kaempferol and 20HE compounds might interact primarily with the μ opioid receptor. Pretreatment with STLE (100 mg.kg-1) also reduced total cell migration, neutrophil number, MPO activity, and levels of IL-1β, IL-6 e TNF-α cytokines in the peritoneal fluid of animals submitted to carrageenan-induced peritonitis. In the same model, there was a reduction of TBARS levels and an increase in NPSH levels. In addition, treatment with STLE at 100 mg.kg-1 once daily also presented antinociceptive effect in chronic inflammatory pain model induced by CFA (i.pl.), and paw edema decreased after the fifth day of treatment. The doses administered daily (100 mg.kg-1 for 15 days) did not present macroscopic alteration and did not change the absolute weight and organs relative weight (heart, lung, liver, spleen and kidneys). Therefore, the data presented suggest that ST has a significant antinociceptive and anti-inflammatory activity against acute and chronic models in mice, with a mechanism of action involving, partially, its antioxidant action and the interaction on the opioid and adenosinergic system, as well as reducing action of pro-inflammatory mediators. Thus, the ST species presents a potential therapeutic action that corroborates with its popular use. However, more studies are needed in order to elucidate more precisely its mechanism of action and whether it is attributed to one or more compounds in the extract.porUniversidade Federal do PampaDoutorado em BioquímicaUNIPAMPABrasilCampus UruguaianaCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASSida tuberculataFitoquímica20-hydroxyecdysoneAntioxidantesCitotoxicidadeNocicepçãoInflamaçãoSida tuberculataPhytochemistry20-hydroxyecdysoneAntioxidantsCytotoxicityAntinociceptionInflammationCaracterização fitoquímica e efeitos antinociceptivos e anti-inflamatórios de Sida tuberculata R.E. Fries “GUANXUMA”Phytochemical characterization and antinociceptive and anti-inflammatory effects of Sida tuberculata R.E. Fries "GUANXUMA"info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALHEMERSON SILVA DA ROSA SET 2018.pdfHEMERSON SILVA DA ROSA SET 2018.pdfapplication/pdf5885122https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2009/1/HEMERSON%20SILVA%20DA%20ROSA%20SET%202018.pdf19b2f5a47b842bf54f4c2e9feacfcb4fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2009/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTHEMERSON SILVA DA ROSA SET 2018.pdf.txtHEMERSON SILVA DA ROSA SET 2018.pdf.txtExtracted texttext/plain259280https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2009/3/HEMERSON%20SILVA%20DA%20ROSA%20SET%202018.pdf.txt8c0d28756a9754fd1ffc0c59992f7d55MD53riu/20092018-06-08 10:29:24.005oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/2009TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2018-06-08T13:29:24Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false
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