Investigação da composição química, capacidade antioxidante e antiofídica do extrato aquoso das folhas de Baccharis aliena (spreng) Joch.Müll
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5501 |
Resumo: | O uso de plantas medicinais como base terapêutica é conhecido e aplicado nas diferentes culturas em todo o mundo. No Brasil, devido ao seu grande território e sua imensa diversidade de espécies vegetais, o uso de plantas medicinais é uma pratica tradicional e devido a sua origem subentende-se que não apresentem riscos de toxicidade. Neste contexto, as partes aéreas de Baccharis aliena (Spreng) Joch. Müll (sinonímia Heterothalamus alienus), conhecida como alecrim, são amplamente empregadas na região sul do Rio Grande do Sul. O decocto é administrado a animais, principalmente cães, para o tratamento de picada de cobras, enquanto as folhas maceradas em álcool são usadas em humanos para “afumentação”, ou seja, são esfregadas sobre a pele no tratamento de alergias, pequenos ferimentos, dores musculares e reumáticas. Entretanto, os estudos a respeito da espécie são escassos e não permitem a confirmação da indicação de uso popular. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química do extrato aquoso de B. aliena (ExBA), sua toxicidade preliminar e seu potencial antioxidante, além de verificar a capacidade protetora do extrato frente à peçonha de Philodryas patagoniensis (papa-pinto). Para tanto, ExBA foi preparado por decocção, simulando o método de uso popular. A análise fitoquímica foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos e apontou a presença dos compostos majoritários rutina, quercetina e ácido ferúlico. Para analisar o potencial toxicológico do extrato de B.aliena foi preparado o ensaio com Artemia salina, que estimou a DL50 do extrato aquoso em 5140 μg /mL (R2 = 0,9982), caracterizando-a como não tóxica.ExBA apresentou um significativo nível para polifenóis totais, 266.09 ± 8.88 mg/ g -1 de equivalentes de ácido gálico, enquanto para flavonoides permaneceu em torno de 0,70 ± 0,09 mg/ g -1 de equivalentes de quercetina. A atividade antioxidante do ExBA foi avaliada pela determinação da capacidade antioxidante total, frente aos radicais livres DPPH e ABTS e pelo ensaio do ácido tiobarbitúrico (TBARS). O ExBA foi capaz de inibir significativamente a peroxidação lipídica nos tecidos cerebral e hepático, a partir da concentração de 100μg/mL. O ExBA apresentou IC50 de 5.61 ± 1.19 μg/ mL no teste TAC, enquanto nos ensaios com os radicais DPPH• e ABTS , os IC50 encontrados foram de 628.7 ± 48.2 e 31.25 ±5.96 μg/ mL. A atividade antiofídica foi avaliada pela realização dos testes de viabilidade celular e cometa. Foi possível observar que o ExBA não demonstrou nenhum potencial toxicológico na concentração testada de 10 μg/ mL, mas foi capaz de inibir a genotoxicidade induzida pela peçonha de P. patagoniensis. |
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Farias, Fabiane Moreirahttp://lattes.cnpq.br/542161515152175http://lattes.cnpq.br/4925847691843893Etcheverria, Laura Lanes2021-04-19T17:52:29Z20212021-04-19T17:52:29Z2019ETCHEVERRIA, Laura Lanes. Investigação da composição química, capacidade antioxidante e antiofídica do extrato aquoso das folhas de Baccharis aliena (spreng) Joch.Müll. 62 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Federal do Pampa, Uruguaiana, 2019.http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5501O uso de plantas medicinais como base terapêutica é conhecido e aplicado nas diferentes culturas em todo o mundo. No Brasil, devido ao seu grande território e sua imensa diversidade de espécies vegetais, o uso de plantas medicinais é uma pratica tradicional e devido a sua origem subentende-se que não apresentem riscos de toxicidade. Neste contexto, as partes aéreas de Baccharis aliena (Spreng) Joch. Müll (sinonímia Heterothalamus alienus), conhecida como alecrim, são amplamente empregadas na região sul do Rio Grande do Sul. O decocto é administrado a animais, principalmente cães, para o tratamento de picada de cobras, enquanto as folhas maceradas em álcool são usadas em humanos para “afumentação”, ou seja, são esfregadas sobre a pele no tratamento de alergias, pequenos ferimentos, dores musculares e reumáticas. Entretanto, os estudos a respeito da espécie são escassos e não permitem a confirmação da indicação de uso popular. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química do extrato aquoso de B. aliena (ExBA), sua toxicidade preliminar e seu potencial antioxidante, além de verificar a capacidade protetora do extrato frente à peçonha de Philodryas patagoniensis (papa-pinto). Para tanto, ExBA foi preparado por decocção, simulando o método de uso popular. A análise fitoquímica foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos e apontou a presença dos compostos majoritários rutina, quercetina e ácido ferúlico. Para analisar o potencial toxicológico do extrato de B.aliena foi preparado o ensaio com Artemia salina, que estimou a DL50 do extrato aquoso em 5140 μg /mL (R2 = 0,9982), caracterizando-a como não tóxica.ExBA apresentou um significativo nível para polifenóis totais, 266.09 ± 8.88 mg/ g -1 de equivalentes de ácido gálico, enquanto para flavonoides permaneceu em torno de 0,70 ± 0,09 mg/ g -1 de equivalentes de quercetina. A atividade antioxidante do ExBA foi avaliada pela determinação da capacidade antioxidante total, frente aos radicais livres DPPH e ABTS e pelo ensaio do ácido tiobarbitúrico (TBARS). O ExBA foi capaz de inibir significativamente a peroxidação lipídica nos tecidos cerebral e hepático, a partir da concentração de 100μg/mL. O ExBA apresentou IC50 de 5.61 ± 1.19 μg/ mL no teste TAC, enquanto nos ensaios com os radicais DPPH• e ABTS , os IC50 encontrados foram de 628.7 ± 48.2 e 31.25 ±5.96 μg/ mL. A atividade antiofídica foi avaliada pela realização dos testes de viabilidade celular e cometa. Foi possível observar que o ExBA não demonstrou nenhum potencial toxicológico na concentração testada de 10 μg/ mL, mas foi capaz de inibir a genotoxicidade induzida pela peçonha de P. patagoniensis.The use of medicinal plants as a therapeutic base is known and applied in different cultures worldwide. In Brazil, due to its large territory and its immense diversity of plant species, the use of medicinal plants is a traditional practice and due to its origin it is understood that they do not present toxicity risks. In this context, the aerial parts of Baccharis alienate (Spreng) Joch. Müll (synonym Heterothalamus alienus), known as rosemary, are widely used in the southern region of Rio Grande do Sul. The decoction is administered to animals, mainly dogs, for the treatment of snake bites, while leaves macerated in alcohol are used in humans for “affectionation”, that is, they are rubbed on the skin in the treatment of allergies, minor injuries, muscular and rheumatic pains. However, studies on the species are scarce and do not allow confirmation of the indication for popular use. Thus, the objective of this work was to evaluate the chemical composition of the aqueous extract of B. aliena (ExBA), its preliminary toxicity and its antioxidant potential, in addition to verifying the protective capacity of the extract against the venom of Philodryas patagoniensis (papa-pinto) . For this, ExBA was prepared by decoction, simulating the method of popular use. The phytochemical analysis was performed by high performance liquid chromatography coupled to a diode array detector and pointed out the presence of the major compounds rutin, quercetin and ferulic acid. To analyze the toxicological potential of the B.aliena extract, the assay with Artemia salina was prepared, which estimated the LD50 of the aqueous extract at 5140 μg / mL (R2 = 0.9982), characterizing it as non-toxic. EXBA presented a significant level for total polyphenols, 266.09 ± 8.88 mg / g -1 of gallic acid equivalents, while for flavonoids it remained around 0.70 ± 0.09 mg / g -1 of quercetin equivalents. The antioxidant activity of ExBA was evaluated by determining the total antioxidant capacity against DPPH and ABTS free radicals and by the thiobarbituric acid (TBARS) assay. ExBA was able to significantly inhibit lipid peroxidation in brain and liver tissues, from a concentration of 100μg / mL. The ExBA presented an IC50 of 5.61 ± 1.19 μg / mL in the TAC test, while in the tests with the radicals DPPH • and ABTS, the IC50 found were 628.7 ± 48.2 and 31.25 ± 5.96 μg / mL. The antiophidic activity was assessed by carrying out the cell and comet viability tests. It was possible to observe that the ExBA did not demonstrate any toxicological potential at the tested concentration of 10 μg / mL, but was able to inhibit the genotoxicity induced by the venom of P. patagoniensis.porUniversidade Federal do PampaMestrado Acadêmico em Ciências FarmaceuticasUNIPAMPABrasilCampus UruguaianaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEPlantas medicinaisPolifenóisCapacidade antioxidanteCapacidade antiofídicaMedicinal plantsPolyphenolsAntioxidant capacityAnti-phallic capacityInvestigação da composição química, capacidade antioxidante e antiofídica do extrato aquoso das folhas de Baccharis aliena (spreng) Joch.MüllInvestigation of the chemical composition, antioxidant and antiophidic capacity of the aqueous extract of the leaves of Baccharis aliena (spreng) Joch.Müllinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALLAURA ETCHEVERRIA até FEV 2025.pdfLAURA ETCHEVERRIA até FEV 2025.pdfapplication/pdf1116139https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/5501/1/LAURA%20ETCHEVERRIA%20at%c3%a9%20FEV%202025.pdf14f63abbacd2512895427f864aca45bbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81867https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/5501/2/license.txtba21f2de58f2bed282863187a61580ffMD52TEXTLAURA ETCHEVERRIA até FEV 2025.pdf.txtLAURA ETCHEVERRIA até FEV 2025.pdf.txtExtracted texttext/plain126742https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/5501/3/LAURA%20ETCHEVERRIA%20at%c3%a9%20FEV%202025.pdf.txt6610346e40b9a84f586950d41f601a0dMD53riu/55012021-04-20 03:02:20.419oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/5501TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVU5JUEFNUEEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSAgYSBVTklQQU1QQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCAKZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiAKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgw6AgVU5JUEFNUEEgb3MgZGlyZWl0b3MgYXByZXNlbnRhZG9zIApuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byAKb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gCk9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBVTklQQU1QQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyAKYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2021-04-20T06:02:20Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false |
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