Envolvimento do Estresse Oxidativo na Toxicidade Induzida pelo Fungicida Mancozeb em Embriões de Peixe-zebra (Danio rerio HamiltonBuchanan, 1822)

• Autor(a) principal: Leandro, Luana Paganotto
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4327
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; Espécies reativas de oxigênio; Embriotoxicidade; Ditiocarbamatos; Antioxidante; Fungicida; Reactive oxygen species; Embryotoxicity; Dithiocarbamate; Antioxidant; Fungicide

Pesticidas têm sido amplamente utilizados no combate a pragas em plantações, no entanto, podem ser prejudiciais a saúde humana e ao meio ambiente. Através de processos naturais como lixiviação e escoamento superficial, resíduos de pesticidas podem entrar em contato com matrizes aquáticas e causar efeitos prejudiciais à biota aquática. O estresse oxidativo tem sido apontado como um dos principais mecanismos de toxicidade induzida por pesticidas. Tendo em vista o fato de que organismos aquáticos são dependentes do equilíbrio redox para regular processos essenciais ao seu desenvolvimento, qualquer fator que afete esse equilíbrio pode resultar em prejuízos no desenvolvimento normal desses organismos. O Mancozeb, um ditiocarbamato de Manganês e Zinco, tem sido utilizado em diversas culturas no combate a fungos, devido a sua baixa toxicidade aguda e pouca persistência ambiental. Entretanto, esse composto já se demonstrou tóxico a organismos aquáticos como peixes expostos por exemplo. Porém, pouco se sabe sobre sua toxicidade em organismos em fase embrionária. O peixe-zebra (Danio rerio) tem se destacado como um bom modelo experimental para diversos campos de pesquisa, entre eles a toxicologia de contaminantes ambientais. O presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos toxicológicos do fungicida Mancozeb sobre o desenvolvimento embrionário de peixe-zebra e o uso de um antioxidante clássico, como a N-acetilcisteína, com intuito de verificar o papel das espécies reativas de oxigênio na embriotoxicidade induzida pelo Mancozeb. Os resultados obtidos demonstraram que o Mancozeb afetou a sobrevivência e a eclosão dos embriões tratados, causou anomalias morfológicas, diminuição da frequência cardíaca, bem como nos níveis de GSH, induziu danos ao DNA, aumento na geração e espécies reativas de oxigênio, aumento no número de células em processo apoptótico e alterações nas respostas sensori-motoras. Em contrapartida, o pré-tratamento com N-acetilcisteína foi capaz de bloquear os efeitos tóxicos induzidos pelo Mancozeb em todos os parâmetros analisados, reforçando a hipótese do envolvimento do estresse oxidativo na embriotoxicidade induzida pelo MZ, bem como o papel fundamental do equilíbrio redox no desenvolvimento normal de embriões de peixe-zebra.