Avifauna atropelada em um trecho da br-290 no município ne São Gabriel, RS, Brasil

• Autor(a) principal: Rebelato, Marluci Müller
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4463
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; Rodovias; Aves; Atropelamento; Pampa; Highway; Birds; Roadkill

Construção e operação de rodovias são consideradas responsáveis por vários impactos ambientais, causando perturbações, perda e fragmentação do habitat e a morte da fauna silvestre devido ao atropelamento. O efeito negativo mais direto parece ser morte por atropelamento. A mortalidade de animais silvestres pode ocorrer quando a rodovia corta o habitat de determinada espécie e, durante o período de maior atividade, como na época reprodutiva ou migração, onde a taxa de atropelamento é maior, ou quando existe a disponibilidade de alimentos ao longo das rodovias servindo de atrativo para a fauna. O objetivo deste estudo foi estimar a perda de aves por atropelamentos em um trecho da rodovia BR- 290, no município de São Gabriel, Rio Grande do Sul. As amostragens regulares foram realizadas no período de junho de 2009 a maio de 2010. Ao todo foram encontrados 707 espécimes de aves atropeladas, distribuídos em 15 ordens, 32 famílias e 74 espécies. A taxa de atropelamento foi de 137,75 indivíduos/km/ano. As espécies com maior número de atropelamentos foram Zenaida auriculata, Sicalis flaveola, Furnarius rufus, Passer domesticus, Columbina picui, Paroaria coronata, Chrysomus ruficapillus e Nothura maculosa, respectivamente. Sete espécies de aves aquáticas foram registradas e, neste caso, o atropelamento ocorre quando os indivíduos se deslocam entre as diferentes partes do habitat que encontra-se fragmentado pela rodovia. Entre os meses de outubro e março foram registradas seis espécies de aves migratórias. Um importante registro foi o da espécie Asthenes pyrrholeuca, a qual é considerada como registro duvidoso de ocorrência no Brasil, constando apenas na Lista Secundária de Aves do Brasil. Houve um maior aumento da taxa de atropelamento no período de altas temperaturas, que pode estar relacionado à maior atividade das espécies e também ao período reprodutivo e recrutamento de filhotes.