Efeito da exposição crônica ao cloreto de mercúrio (HGCL2) no sistema reprodutor de ratos machos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martinez, Caroline Silveira
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4637
Resumo: O mercúrio é um dos maiores poluentes ambientais, sua contaminação e toxicidade é um sério problema para a saúde humana. Embora estudos tenham demonstrado que o mercúrio em altas doses danifica a função reprodutiva masculina, esses efeitos e mecanismos em baixos níveis de exposição são desconhecidos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de uma exposição crônica a baixas concentrações de HgCl2 no sistema reprodutor de ratos machos. Para isso, ratos machos Wistar de três meses de idade foram divididos em dois grupos e tratados por 30 dias: Controle (injeções intramusculares - im - de solução salina) e HgCl2 (im, 1ª dose de 4,6 μg/kg, e doses subsequentes de 0,07 μg/kg/dia). Foram analisados parâmetros espermáticos (contagem, motilidade, morfologia e integridade de membrana), histologia, níveis hormonais e biomarcadores de estresse oxidativo em testículo, epidídimo, próstata e ducto deferente. O tratamento com mercúrio causou alterações histológicas testiculares, perda de integridade de membrana, redução na contagem espermática (testículo e epidídimo), redução na produção diária de espermatozoide, redução na motilidade espermática e aumento nas anormalidades morfológicas de cabeça e cauda nos espermatozoides. O mercúrio aumentou o estresse oxidativo nos órgãos reprodutores, representado por aumento nos níveis de peroxidação lipídica, espécies reativas e redução nos níveis de tióis não proteicos (NPSH e GSH), modificou a atividade de enzimas antioxidantes: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa S-transferase (GST) e glutationa redutase (GR) em órgãos reprodutores. A exposição ao mercúrio aumentou a expressão proteica da isoforma GPx4 no testículo e não modificou os níveis séricos do hormônio luteinizante (LH) em ratos. Esses resultados demonstram, pela primeira vez, que a exposição crônica por 30 dias em baixas concentrações de HgCl2 causa efeitos tóxicos no sistema reprodutor de ratos machos e aumenta o estresse oxidativo em órgãos reprodutores, o que aponta o estresse oxidativo como um dos mecanismos de toxicidade do mercúrio nesse sistema.
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Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de uma exposição crônica a baixas concentrações de HgCl2 no sistema reprodutor de ratos machos. Para isso, ratos machos Wistar de três meses de idade foram divididos em dois grupos e tratados por 30 dias: Controle (injeções intramusculares - im - de solução salina) e HgCl2 (im, 1ª dose de 4,6 μg/kg, e doses subsequentes de 0,07 μg/kg/dia). Foram analisados parâmetros espermáticos (contagem, motilidade, morfologia e integridade de membrana), histologia, níveis hormonais e biomarcadores de estresse oxidativo em testículo, epidídimo, próstata e ducto deferente. O tratamento com mercúrio causou alterações histológicas testiculares, perda de integridade de membrana, redução na contagem espermática (testículo e epidídimo), redução na produção diária de espermatozoide, redução na motilidade espermática e aumento nas anormalidades morfológicas de cabeça e cauda nos espermatozoides. O mercúrio aumentou o estresse oxidativo nos órgãos reprodutores, representado por aumento nos níveis de peroxidação lipídica, espécies reativas e redução nos níveis de tióis não proteicos (NPSH e GSH), modificou a atividade de enzimas antioxidantes: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa S-transferase (GST) e glutationa redutase (GR) em órgãos reprodutores. A exposição ao mercúrio aumentou a expressão proteica da isoforma GPx4 no testículo e não modificou os níveis séricos do hormônio luteinizante (LH) em ratos. Esses resultados demonstram, pela primeira vez, que a exposição crônica por 30 dias em baixas concentrações de HgCl2 causa efeitos tóxicos no sistema reprodutor de ratos machos e aumenta o estresse oxidativo em órgãos reprodutores, o que aponta o estresse oxidativo como um dos mecanismos de toxicidade do mercúrio nesse sistema.Mercury is an ubiquitous environmental pollutant, its contamination and toxicity is a serious hazard to human health. Although several studies have demonstrated that mercury impairs male reproductive function at high levels, these effects and mechanisms at low levels of exposure are unknown. Therefore, the aim of this study was to investigate the effects of chronic exposure to low concentrations of HgCl2 on male reproductive system of rats. In order to study, three-month-old male Wistar rats were treated for 30 days and divided in Control (saline - i.m. - intramuscular injection) and HgCl2 group (i.m. 1st dose: 4.6 μg/kg, subsequent doses 0.07 μg/kg/day). We analyzed sperm parameters (count, motility, morphology and membrane integrity), histopathology (testis and epididymis), hormonal levels and biomarkers of oxidative stress in testis, epididymis, prostate and vas deferens. The mercury treatment caused histopathological changes in testis, loss of sperm membrane integrity, reduction in sperm quantify (testis and epididymis), reduction in daily sperm production, following by decrease in sperm motility and increase on head and tail morphologic abnormalities in spermatozoa. HgCl2 treatment increased levels of oxidative stress in reproductive organs, represented by augmented lipid peroxidation and reactive species levels as well as decreased on non-protein thiois levels (NPSH and GSH). Mercury exposure caused changes on antioxidant enzymes activity: superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT), glutathione peroxidase (GPx), glutathione S-transferase (GST) and glutathione reductase (GR) in reproductive organs. HgCl2 - chronic treatment increased GPx4 protein expression in testis of male rats and did not change luteinizing hormone (LH) levels. Ours results demonstrate, for the first time, that a 30-day chronic exposure to low doses of HgCl2 causes male reproductive toxicity and increases oxidative stress in reproductive organs of male rats which point to the oxidative stress, at least in part, as a toxicity mechanism of mercury in this system.porUniversidade Federal do PampaMestrado Acadêmico em BioquímicaUNIPAMPABrasilCampus UruguaianaCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASMercúrioÓrgãos ReprodutoresEstresse OxidativoMercuryReproductive OrgansOxidative stressEfeito da exposição crônica ao cloreto de mercúrio (HGCL2) no sistema reprodutor de ratos machosThe effect of chronic exposure to mercury chloride (HGCL2) on male reproductive systeminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALCARLOLINE SILVEIRA MARTINEZ.pdfCARLOLINE SILVEIRA MARTINEZ.pdfapplication/pdf2090579https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/4637/1/CARLOLINE%20SILVEIRA%20MARTINEZ.pdfd968c3e4b029e29c222fa0e7601d70bfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/4637/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTCARLOLINE SILVEIRA MARTINEZ.pdf.txtCARLOLINE SILVEIRA MARTINEZ.pdf.txtExtracted texttext/plain178432https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/4637/3/CARLOLINE%20SILVEIRA%20MARTINEZ.pdf.txta1981a7ae98e10419280c2e607d3ee2cMD53riu/46372019-11-13 03:12:17.486oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/4637TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2019-11-13T06:12:17Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false
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