A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fagundes, Andréia Paz Castro
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2599
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar a pesquisa que teve como finalidade analisar a variação linguística, ou seja, a alternância entre as variantes “nós” e “a gente”, como forma de realização da primeira pessoa do plural na posição de sujeito na língua falada e escrita, na região de Bagé/RS. Nosso objetivo foi investigar os fatores linguísticos e extralinguísticos presentes na fala e na escrita, que podem vir a favorecer ou desfavorecer a escolha entre as variantes “nós” e “a gente” na posição de sujeito, como forma de realizar a primeira pessoa do plural. As hipóteses esperadas foram baseadas nas pesquisas de Brustolin (2010), Lopes (1998), Omena (1998) e Seara (2000), que realizaram suas pesquisas com o intuito de analisar a alternância entre as variantes “nós” e “a gente”, como forma de realização da primeira pessoa do plural na posição de sujeito na fala e/ou na escrita. O trabalho foi desenvolvido durante o segundo semestre de 2015, na cidade de Bagé/RS. Participaram da pesquisa alunos do 5° ano do ensino fundamental e do 3° ano do ensino médio de uma escola estadual e informantes entre 25 e 30 anos com a graduação concluída ou em andamento. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas: na primeira cada aluno participou individualmente de uma entrevista que buscava se aproximar da fala informal sobre suas memórias; na segunda etapa foi proposta uma escrita informal, simulando estar contando para um amigo através do Faceboock uma situação vivida envolvendo ele e outra(s) pessoa(s). Sendo assim, foi possível observar que a variante “a gente” é utilizada com mais frequência na fala. Notamos, também, que quando a realização do sujeito é de forma explícita se tem uma maior probabilidade da utilização da variante “a gente”. Com relação ao paralelismo (forma antecedente) existe uma maior probabilidade do uso da variante “a gente”, quando a realização anterior está na 3ª pessoa do plural (sujeito nulo). Observamos, também, que o ensino médio utiliza a variante “a gente” com mais intensidade. Se tratando de saliência fônica, foi possível observar que existe uma maior probabilidade do uso da variante “a gente” quando a diferença de uma realização para a outra for o acréscimo do – mos e o aumento de uma sílaba. Destacamos, também, que o sexo e o grau de amplitude do eu não foram apresentados de forma significativa para a pesquisa. Através da pesquisa foi possível um maior conhecimento sobre as características da variedade falada em Bagé/RS, e seus resultados poderão possibilitar aos professores um material de apoio para identificar as possíveis motivações, tanto linguísticas como extralinguísticas, na alternância de “nós” e “a gente” para realizar a primeira pessoa do plural, e ainda, possibilitar uma reflexão sobre a importância de observar e abordar em sala de aula as variações linguísticas presentes tanto na fala como na escrita dos alunos.
id UNIP_de2c885c108dd2b359a086e27f222156
oai_identifier_str oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/2599
network_acronym_str UNIP
network_name_str Repositório Institucional da UNIPAMPA
repository_id_str
spelling Simioni, TaíseFagundes, Andréia Paz Castro2018-04-02T12:21:30Z2018-03-292018-04-02T12:21:30Z2015-12-17FAGUNDES, Andréia Paz Castro. A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses. 36 p. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Licenciatura em Letras – Português / Inglês e Respectivas Literaturas) – Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, Bagé, 2015http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2599O presente trabalho tem por objetivo apresentar a pesquisa que teve como finalidade analisar a variação linguística, ou seja, a alternância entre as variantes “nós” e “a gente”, como forma de realização da primeira pessoa do plural na posição de sujeito na língua falada e escrita, na região de Bagé/RS. Nosso objetivo foi investigar os fatores linguísticos e extralinguísticos presentes na fala e na escrita, que podem vir a favorecer ou desfavorecer a escolha entre as variantes “nós” e “a gente” na posição de sujeito, como forma de realizar a primeira pessoa do plural. As hipóteses esperadas foram baseadas nas pesquisas de Brustolin (2010), Lopes (1998), Omena (1998) e Seara (2000), que realizaram suas pesquisas com o intuito de analisar a alternância entre as variantes “nós” e “a gente”, como forma de realização da primeira pessoa do plural na posição de sujeito na fala e/ou na escrita. O trabalho foi desenvolvido durante o segundo semestre de 2015, na cidade de Bagé/RS. Participaram da pesquisa alunos do 5° ano do ensino fundamental e do 3° ano do ensino médio de uma escola estadual e informantes entre 25 e 30 anos com a graduação concluída ou em andamento. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas: na primeira cada aluno participou individualmente de uma entrevista que buscava se aproximar da fala informal sobre suas memórias; na segunda etapa foi proposta uma escrita informal, simulando estar contando para um amigo através do Faceboock uma situação vivida envolvendo ele e outra(s) pessoa(s). Sendo assim, foi possível observar que a variante “a gente” é utilizada com mais frequência na fala. Notamos, também, que quando a realização do sujeito é de forma explícita se tem uma maior probabilidade da utilização da variante “a gente”. Com relação ao paralelismo (forma antecedente) existe uma maior probabilidade do uso da variante “a gente”, quando a realização anterior está na 3ª pessoa do plural (sujeito nulo). Observamos, também, que o ensino médio utiliza a variante “a gente” com mais intensidade. Se tratando de saliência fônica, foi possível observar que existe uma maior probabilidade do uso da variante “a gente” quando a diferença de uma realização para a outra for o acréscimo do – mos e o aumento de uma sílaba. Destacamos, também, que o sexo e o grau de amplitude do eu não foram apresentados de forma significativa para a pesquisa. Através da pesquisa foi possível um maior conhecimento sobre as características da variedade falada em Bagé/RS, e seus resultados poderão possibilitar aos professores um material de apoio para identificar as possíveis motivações, tanto linguísticas como extralinguísticas, na alternância de “nós” e “a gente” para realizar a primeira pessoa do plural, e ainda, possibilitar uma reflexão sobre a importância de observar e abordar em sala de aula as variações linguísticas presentes tanto na fala como na escrita dos alunos.The present work has aim to show the research that aimed to analyze the linguistic variation, that is, switching between variants "we" and "us" as embodiment of the first person plural in the subject position in the language spoken and written, in Bagé/ RS region. Our objective was to investigate the linguistic and extra linguistic factors in speech and writing, that may favor or disfavor the choice between variants "we" and "us" in the subject position as a way to hold the first person plural. Hypotheses expected based on research Brustolin (2010), Lopes (1998), Omena (1998) and Harvest (2000), who carried out their research in order to analyze the switching between variants "we" and "us" as the embodiment of the first person plural in the subject position in speech and / or writing. The study conducted during the second half of 2015 in the city of Bagé / RS. The participants were students of the 5th year of elementary school and the 3rd year of high school to a public school and informants between 25 and 30 years with completed or doing graduation. Data collection performed in two stages: first, each student individually participated in a conference that sought to approach the informal talks about their memories; in the second stage was an informal proposal writing, pretending to be telling a friend via Facebook experienced a situation involving him and the other (s) person (s). Thus, it observed that the variant "us" used more often in speech. We note, too, that when the realization of the subject is explicitly has a higher probability of using the variant "us." In relation the parallelism (antecedent form) are more likely to use the variant "us" when the former realization is in the third person plural (null subject). We also noted that the high school uses the variant "us" with more intensity. The case of phonic boss, it observed that there is a higher probability of using the variant "us" when the difference of an accomplishment for the other is the addition of - hands and the increase of one syllable. We also highlight that sex and the degree of amplitude I have not shown significantly to the research. Through research it was possible a better understanding of the characteristics of the spoken variety in Bagé / RS, and their results will enable teachers support material to identify possible motives, both linguistic and extra-linguistic, in the alternation of "we" and "us" to hold the first person plural, and also enable a reflection on the importance of observing and addressing classroom language variations present both in speech as in writing of students.porUniversidade Federal do PampaUNIPAMPABrasilCampus BagéCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESLetrasSociolinguísticaVariação linguísticaNósA genteBagéBageensesVariantesLinguísiticaA alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageensesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIPAMPAinstname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)instacron:UNIPAMPAORIGINALTCC Andréia Fagundes 2015.pdfTCC Andréia Fagundes 2015.pdfapplication/pdf722089https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2599/1/TCC%20Andr%c3%a9ia%20Fagundes%202015.pdf1106bf9e19d83c127ec04f74c11120e4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2599/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTTCC Andréia Fagundes 2015.pdf.txtTCC Andréia Fagundes 2015.pdf.txtExtracted texttext/plain64983https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2599/3/TCC%20Andr%c3%a9ia%20Fagundes%202015.pdf.txt34f1d83bc2a30f9e3d075d68e6aa0ecaMD53riu/25992019-03-11 15:39:14.007oai:repositorio.unipampa.edu.br:riu/2599TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/oai/requestsisbi@unipampa.edu.bropendoar:2019-03-11T18:39:14Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
title A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
spellingShingle A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
Fagundes, Andréia Paz Castro
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Letras
Sociolinguística
Variação linguística
Nós
A gente
Bagé
Bageenses
Variantes
Linguísitica
title_short A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
title_full A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
title_fullStr A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
title_full_unstemmed A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
title_sort A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses
author Fagundes, Andréia Paz Castro
author_facet Fagundes, Andréia Paz Castro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Simioni, Taíse
dc.contributor.author.fl_str_mv Fagundes, Andréia Paz Castro
contributor_str_mv Simioni, Taíse
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Letras
Sociolinguística
Variação linguística
Nós
A gente
Bagé
Bageenses
Variantes
Linguísitica
dc.subject.por.fl_str_mv Letras
Sociolinguística
Variação linguística
Nós
A gente
Bagé
Bageenses
Variantes
Linguísitica
description O presente trabalho tem por objetivo apresentar a pesquisa que teve como finalidade analisar a variação linguística, ou seja, a alternância entre as variantes “nós” e “a gente”, como forma de realização da primeira pessoa do plural na posição de sujeito na língua falada e escrita, na região de Bagé/RS. Nosso objetivo foi investigar os fatores linguísticos e extralinguísticos presentes na fala e na escrita, que podem vir a favorecer ou desfavorecer a escolha entre as variantes “nós” e “a gente” na posição de sujeito, como forma de realizar a primeira pessoa do plural. As hipóteses esperadas foram baseadas nas pesquisas de Brustolin (2010), Lopes (1998), Omena (1998) e Seara (2000), que realizaram suas pesquisas com o intuito de analisar a alternância entre as variantes “nós” e “a gente”, como forma de realização da primeira pessoa do plural na posição de sujeito na fala e/ou na escrita. O trabalho foi desenvolvido durante o segundo semestre de 2015, na cidade de Bagé/RS. Participaram da pesquisa alunos do 5° ano do ensino fundamental e do 3° ano do ensino médio de uma escola estadual e informantes entre 25 e 30 anos com a graduação concluída ou em andamento. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas: na primeira cada aluno participou individualmente de uma entrevista que buscava se aproximar da fala informal sobre suas memórias; na segunda etapa foi proposta uma escrita informal, simulando estar contando para um amigo através do Faceboock uma situação vivida envolvendo ele e outra(s) pessoa(s). Sendo assim, foi possível observar que a variante “a gente” é utilizada com mais frequência na fala. Notamos, também, que quando a realização do sujeito é de forma explícita se tem uma maior probabilidade da utilização da variante “a gente”. Com relação ao paralelismo (forma antecedente) existe uma maior probabilidade do uso da variante “a gente”, quando a realização anterior está na 3ª pessoa do plural (sujeito nulo). Observamos, também, que o ensino médio utiliza a variante “a gente” com mais intensidade. Se tratando de saliência fônica, foi possível observar que existe uma maior probabilidade do uso da variante “a gente” quando a diferença de uma realização para a outra for o acréscimo do – mos e o aumento de uma sílaba. Destacamos, também, que o sexo e o grau de amplitude do eu não foram apresentados de forma significativa para a pesquisa. Através da pesquisa foi possível um maior conhecimento sobre as características da variedade falada em Bagé/RS, e seus resultados poderão possibilitar aos professores um material de apoio para identificar as possíveis motivações, tanto linguísticas como extralinguísticas, na alternância de “nós” e “a gente” para realizar a primeira pessoa do plural, e ainda, possibilitar uma reflexão sobre a importância de observar e abordar em sala de aula as variações linguísticas presentes tanto na fala como na escrita dos alunos.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-12-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-04-02T12:21:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-03-29
2018-04-02T12:21:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FAGUNDES, Andréia Paz Castro. A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses. 36 p. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Licenciatura em Letras – Português / Inglês e Respectivas Literaturas) – Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, Bagé, 2015
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2599
identifier_str_mv FAGUNDES, Andréia Paz Castro. A alternância entre as variantes “a gente” e “nós” na fala e na escrita dos Bageenses. 36 p. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Licenciatura em Letras – Português / Inglês e Respectivas Literaturas) – Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, Bagé, 2015
url http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/2599
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pampa
dc.publisher.initials.fl_str_mv UNIPAMPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Campus Bagé
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pampa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIPAMPA
instname:Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
instacron:UNIPAMPA
instname_str Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
instacron_str UNIPAMPA
institution UNIPAMPA
reponame_str Repositório Institucional da UNIPAMPA
collection Repositório Institucional da UNIPAMPA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2599/1/TCC%20Andr%c3%a9ia%20Fagundes%202015.pdf
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2599/2/license.txt
https://repositorio.unipampa.edu.br/jspui/bitstream/riu/2599/3/TCC%20Andr%c3%a9ia%20Fagundes%202015.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1106bf9e19d83c127ec04f74c11120e4
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
34f1d83bc2a30f9e3d075d68e6aa0eca
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
repository.mail.fl_str_mv sisbi@unipampa.edu.br
_version_ 1801849069143851008