Capitalismo de vigilância e racismo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Direito & Paz |
Texto Completo: | https://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1659 |
Resumo: | Imerso em uma sociedade de vigilância, o ser humano constitui fonte e usuário da coleta, processamento e análise dos seus dados digitais, perfazendo a modulação das subjetividades humanas. Permeado pelo discurso em que se glorifica as novas e mais modernas tecnologias, o já conhecido e inebriante discurso de combate à criminalidade violenta (ideologia da segurança pública), ganha novos instrumentos e técnicas de trabalho. Dentre esses instrumentos, destaca-se a utilização do reconhecimento facial automatizado. Este se concretiza através da coleta dos dados biométricos da face humana, conferindo um tratamento mais objetivo, supostamente neutro e eficaz no cumprimento de mandados de prisão. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo debater o reconhecimento facial como uma técnica de controle e construção de subjetividades no sistema penal, que reforça sua seletividade. Para responder a essa problematização, analisamos a monitoração facial como uma nova forma de controle (digital) que circunda as relações pessoais. Identificamos um viés racista e discriminatório dos algoritmos utilizados, descortinando a suposta neutralidade atribuída a essas novas tecnologias. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica, documental e estatística. |
id |
UNISAL-2_0d646f29c03970de3c6469a13237cd71 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1659 |
network_acronym_str |
UNISAL-2 |
network_name_str |
Revista Direito & Paz |
repository_id_str |
|
spelling |
Capitalismo de vigilância e racismoSurveillance capitalism and racismInformation societySurveillance capitalismCriminal selectivityFacial recognitionRacist biasSociedade da informaçãoCapitalismo de vigilânciaSeletividade penalReconhecimento FacialViés racistaImerso em uma sociedade de vigilância, o ser humano constitui fonte e usuário da coleta, processamento e análise dos seus dados digitais, perfazendo a modulação das subjetividades humanas. Permeado pelo discurso em que se glorifica as novas e mais modernas tecnologias, o já conhecido e inebriante discurso de combate à criminalidade violenta (ideologia da segurança pública), ganha novos instrumentos e técnicas de trabalho. Dentre esses instrumentos, destaca-se a utilização do reconhecimento facial automatizado. Este se concretiza através da coleta dos dados biométricos da face humana, conferindo um tratamento mais objetivo, supostamente neutro e eficaz no cumprimento de mandados de prisão. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo debater o reconhecimento facial como uma técnica de controle e construção de subjetividades no sistema penal, que reforça sua seletividade. Para responder a essa problematização, analisamos a monitoração facial como uma nova forma de controle (digital) que circunda as relações pessoais. Identificamos um viés racista e discriminatório dos algoritmos utilizados, descortinando a suposta neutralidade atribuída a essas novas tecnologias. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica, documental e estatística.Immersed in surveillance society, the human being is the source and user of the collection, processing and analysis of their own digital data, also making up the modulation of human subjectivities. Permeated by the discourse in which the new and more modern technologies are glorified, the already known and inebriating discourse of fighting against violent crime (public security ideology), gains new instruments and working techniques. Among these instruments, the use of automated facial recognition stands out. This is achieved through the collection of biometric data from the human face, providing a more objective treatment, supposedly neutral and effective in complying with arrest warrants. In this context, this article aims to discuss facial recognition as a technique for controlling and building subjectivities in the criminal system, which reinforces its selectivity. To respond to this problematization, we analyze facial monitoring as a new form of (digital) control that surrounds personal relationships. We identified a racist and discriminatory bias in the algorithms used, revealing the supposed neutrality attributed to these new technologies. We used the bibliographical, documentary and statistical research.Centro Universitário Salesiano de São Paulo - U.E. Lorena2023-03-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1659Revista Direito & Paz; v. 2 n. 47 (2022): Revista Direito & Paz; 79-1012359-5035reponame:Revista Direito & Pazinstname:Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)instacron:UNISALporhttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1659/667Copyright (c) 2023 Revista Direito & Pazinfo:eu-repo/semantics/openAccessAzavedo de Castro, Bruna Arguello, Katie Silene CáceresCosate, Tatiana Moraes 2023-03-12T21:28:02Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1659Revistahttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/ONGhttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/oaimestrado.direito.lorena@unisal.br||metodologo2001@yahoo.com.br2359-50351518-7047opendoar:2023-03-12T21:28:02Revista Direito & Paz - Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Capitalismo de vigilância e racismo Surveillance capitalism and racism |
title |
Capitalismo de vigilância e racismo |
spellingShingle |
Capitalismo de vigilância e racismo Azavedo de Castro, Bruna Information society Surveillance capitalism Criminal selectivity Facial recognition Racist bias Sociedade da informação Capitalismo de vigilância Seletividade penal Reconhecimento Facial Viés racista |
title_short |
Capitalismo de vigilância e racismo |
title_full |
Capitalismo de vigilância e racismo |
title_fullStr |
Capitalismo de vigilância e racismo |
title_full_unstemmed |
Capitalismo de vigilância e racismo |
title_sort |
Capitalismo de vigilância e racismo |
author |
Azavedo de Castro, Bruna |
author_facet |
Azavedo de Castro, Bruna Arguello, Katie Silene Cáceres Cosate, Tatiana Moraes |
author_role |
author |
author2 |
Arguello, Katie Silene Cáceres Cosate, Tatiana Moraes |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Azavedo de Castro, Bruna Arguello, Katie Silene Cáceres Cosate, Tatiana Moraes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Information society Surveillance capitalism Criminal selectivity Facial recognition Racist bias Sociedade da informação Capitalismo de vigilância Seletividade penal Reconhecimento Facial Viés racista |
topic |
Information society Surveillance capitalism Criminal selectivity Facial recognition Racist bias Sociedade da informação Capitalismo de vigilância Seletividade penal Reconhecimento Facial Viés racista |
description |
Imerso em uma sociedade de vigilância, o ser humano constitui fonte e usuário da coleta, processamento e análise dos seus dados digitais, perfazendo a modulação das subjetividades humanas. Permeado pelo discurso em que se glorifica as novas e mais modernas tecnologias, o já conhecido e inebriante discurso de combate à criminalidade violenta (ideologia da segurança pública), ganha novos instrumentos e técnicas de trabalho. Dentre esses instrumentos, destaca-se a utilização do reconhecimento facial automatizado. Este se concretiza através da coleta dos dados biométricos da face humana, conferindo um tratamento mais objetivo, supostamente neutro e eficaz no cumprimento de mandados de prisão. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo debater o reconhecimento facial como uma técnica de controle e construção de subjetividades no sistema penal, que reforça sua seletividade. Para responder a essa problematização, analisamos a monitoração facial como uma nova forma de controle (digital) que circunda as relações pessoais. Identificamos um viés racista e discriminatório dos algoritmos utilizados, descortinando a suposta neutralidade atribuída a essas novas tecnologias. Utiliza-se a pesquisa bibliográfica, documental e estatística. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-03-12 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1659 |
url |
https://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1659 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1659/667 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2023 Revista Direito & Paz info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2023 Revista Direito & Paz |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro Universitário Salesiano de São Paulo - U.E. Lorena |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro Universitário Salesiano de São Paulo - U.E. Lorena |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Direito & Paz; v. 2 n. 47 (2022): Revista Direito & Paz; 79-101 2359-5035 reponame:Revista Direito & Paz instname:Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) instacron:UNISAL |
instname_str |
Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) |
instacron_str |
UNISAL |
institution |
UNISAL |
reponame_str |
Revista Direito & Paz |
collection |
Revista Direito & Paz |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Direito & Paz - Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) |
repository.mail.fl_str_mv |
mestrado.direito.lorena@unisal.br||metodologo2001@yahoo.com.br |
_version_ |
1798042363983036416 |