A avaliação da educação superior diante de uma colonialidade do saber e do poder:: a participação política discente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Douglas Aparecido de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Avaliação (Campinas. Online)
Texto Completo: https://periodicos.uniso.br/avaliacao/article/view/2972
Resumo: Este artigo é o resultado de investigação em pós-doutorado[1]que analisou e discutiu a participação política dos estudantes nos espaços democráticos de duas universidades públicas: no Brasil e Portugal. Sob o enfoque do colonialismo, ainda presente na atualidade, e da colonialidade do poder e do saber nas interações acadêmicas desenvolvemos as discussões, tendo como fundamentação o referencial teórico de Boaventura de Sousa Santos. Investigamos os fatores que provocam essa despolitização dentro da comunidade acadêmica, principalmente, os que afetam e criam culturalmente essa omissão do corpo discente nas deliberações próprias dos setores da universidade, instituição esta, que deveria garantir o direito de participação política em todas as suas instâncias. Temos como pontos principais: primeiro, o de que democracia e participação são entes distintos, mas, convergentes; segundo, que a participação exige pelo menos três condições: o caráter cultural, o caráter político e caráter epistemológico. Neste contexto desenvolveremos no primeiro momento a democracia como princípio e a estrutura organizacional como fundamento das universidades públicas, a partir das mudanças implementadas nos últimos anos nas universidades brasileiras com a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI; no segundo momento, o colonialismo, ainda, presente nas universidades, bem como a descaracterização de sua estrutura (fundamento), a partir das relações de poder entre suas bases, principalmente, no que diz respeito às relações entre corpo docente e discente. Os instrumentos metodológicos principais foram questionários e entrevistas. Os resultados demonstraram que em ambas as instituições não há formação política orientada ao corpo discente. Os alunos entram e saem da universidade despolitizados.    
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