DO DEJETO AO DESEJO: ARQUITETURA DE BANHEIROS COMO DISPOSITIVO DE CONTROLE DA SEXUALIDADE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonfante, Gleiton Matheus
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Marino, Filipe Ungaro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Interfaces Científicas. Educação (Online)
Texto Completo: https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/7802
Resumo: A ressignificação de espaços de acordo com novos usos e práticas sociais é não apenas natural, mas pode ser geradora de ansiedades coletivas e iniciativas de controle quando novas práticas são entendidas como subversivas. Esse artigo se interessa em entender como a arquitetura é empregada como um dispositivo de controle da sexualidade nos banheiros de uso coletivo. Busca entender também como a arquitetura e sua semiose co-criam dispositivos de controle da sexualidade. A partir desses objetivos, é proposto aqui uma breve genealogia do banheiro, a fim de entender sua transformação ao longo do tempo e sua ressignificação nos dias de hoje, através de práticas homoeróticas, buscando entender na divisão por gêneros e nas características próprias desse ambiente qualificações ímpares para determinada prática sexual entre homens. Logo, investiga-se o que chamamos de arquitetura do desejo, ou seja, a reatualização do banheiro coletivo como um espaço do tesão e dos encontros sexuais. Neste capítulo as ideias projetuais que buscam coibir a pegação são descritas e examinadas à luz das práticas vigentes, com a breve análise de casos concretos ocorridos na cidade do Rio de Janeiro. Mais adiante, faz-se uma análise mais completa dos dados gerados sobre pegações em banheiros coletivos: textos online, entrevista semi-estruturada, vivência etnográfica em banheiros e descrição de reformas. Finalmente, apresentamos algumas conclusões a respeito da análise da semiótica do banheirão.
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