ANÁLISE DO TURISMO SOB A PERSPECTIVA DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Eliana Elizabet
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Turismo : Visão e Ação (Online)
Texto Completo: https://periodicos.univali.br/index.php/rtva/article/view/2439
Resumo: Eliana Elizabet dos Santos CORIOLANO,Luzia Neide M. Teixeira.; SILVA,Sylvio C. Bandeira de Mello e Silva Turismo e geografia: abordagens críticas. Fortaleza: Ed. UECE, 2005. Coriolano discute em sua obra, o espaço geográfico sobre uma perpectiva de transformação causada pela atividade turística. As transformações ocorridas nesta atividade diante das mudanças no espaço, proporcionada pela globalização, apoiada pelo avanço das técnicas de produção e relações econômicas são constantes. O turismo passa a ser um instrumento importante para entender as diferenças regionais e explicar as relações sociais de diferentes atores. A autora analisa ainda a formação das territorialidades turísticas formadas pelos fluxos turísticos bem como sua produção, além de discutir como a geografia pode contribuir para formação de uma teoria acerca do turismo. Para tanto, recorre à discussão de diferentes conceitos geográficos como espaço, lugar, território, região, rede, relações sociedade/natureza, paiagem, dentre outros, para explicar a íntima relação entre turismo e geografia. Retrata a origem do turismo, tendo como referência inicial o momento que o homem deixa de ver as viagens como necessidade de negócio e sobrevivência e passa a abordá-la como alternativa para o prazer, a felicidade e o descanso. Mais precisamente o conceito surgiu no Sec. XVII na Inglaterra, porém tendo sua afirmação no Sec. XIX com a idéia de modernidade que aflorava com o avanço das relações de produção. Foi possibilitado a partir da diminuição da intensa jornada de trabalho e da incorporação de salários fixos nas fábricas da época, o que possibilitou à população além de dinheiro, algum tempo livre. A atividade turística teve um forte desenvolvimento, pois, gerava trabalho e lucro. Desde então instrumentos como os mapas, o GPS, computadores, dentre outros, foram incorporados na atividade e de certa forma contribuíram para seu desenvolvimento, garantindo segurança e precisão nos deslocamentos (localização). O turismo ganha força na modernidade com novas opções e oportunidade de roteiros, variedades de hotéis, agências, restaurantes, enfim, de serviços diversos acompanhado pela flexibilidade nos pagamentos. Mesmo com esta modernização, o turismo pode ser considerado como prática das classes mais favorecidas economicamente, que dispõe de recursos, tendo a oportunidade de comprar o lazer, optar por diversas rotas e investir mais nesta opção. Existe ainda uma relação estreita entre quem pratica o turismo e quem trabalha com o turismo, possibilitando a troca de experiência e de saberes. Estes encontros não são apenas para concretizar as relações de consumo. Quem procura o turismo, procura lugares diferentes, outros olhares e experiências, conhecer o estranho passa a ser uma opção possível e prazerosa. O turismo passa a ser muito mais do que conhecer lugares, ele é uma possibilidade de compreendê-los sobre diferentes pontos de vista. Acontecimentos de ordem natural social ou político são fenômenos que remodelam as rotas turísticas, como exemplo o ataque às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001 ou o tsunami que abalou a Ásia e o Leste da África no ano de 2004, ouve neste período uma diminuição do fluxo turístico para essas localidades, redirecionando-os para outros países e/ou continentes. A atividade turística pode ser considerada como vetor de desenvolvimento, pois, ao explorar os recursos naturais e histórico-culturais de uma determinada região contribui para o aumento e para a disponibilidade de capital. Neste contexto a atividade deve ser analisada com muito cuidado, pois o capital introduzido na região pode se concentrar nas mãos de poucas pessoas, e contribuir para o agravamento dos problemas sociais existentes. Outro aspecto importante a ser considerado é a influência desta atividade econômica na organização espacial, interferindo de forma desigual nos territórios, dependendo de suas caracteristicas e intensidade. O turismo religioso por exemplo, terá impactos diferenciados no espaço quando comparado ao turismo de negócio. O turismo sobre esta perspectiva, passa a ser de muito interesse nos estudos geográficos em função das interferências e transformações sociais, cuturais e econômicas no espaço, bem como os impactos negativos sobre os recursos naturais destes ambientes. As primeiras contribuições das análises geográficas sobre o turismo surgiram na França de autores como Mariot (1969), Campbell (1967) Pearce (1998) dentre outros. Quando analisados os fluxos turísticos da atualidade, destacam-se segundo a OMT (1998) que estes se dão para as fronteiras de países como: Canadá-EUA, Alemanha-França, Suiça-Itália, Portugal-Espanha, França-Itália, Reino Unido-França, Bélgica-França e México-EUA, reforçando a preferência por países consolidados economicamente, enquato para regiões como África, Ásia e América do Sul, o turismo é ainda incipiente, tendo apenas alguns pólos específicos. No Brasil o destino mais procurado é a região nordeste, possuidora de belas praias e paisagens exóticas. A geografia estuda neste âmbito a dimensão territorial proporcionada por estes fluxos turísticos. Dentre os destinos mais específicos, há uma preferência para os litorais, o turismo que busca praias e altas temperaturas, o que confere a estes lugares caractetristicas semelhantes quando ao comércio, as relações espaciais e os impactos gerados no meio ambiente, relação que cabe à geografia analisar. Sobre a análise desta obra conclui-se que o turismo é uma atividade contraditória, pois ao mesmo tempo que concentra renda, gera trabalho e propõe o desenvolvimento, porém modifica a cultura local e ao mesmo tempo explora muitas vezes o trabalho, cria possibilidades de integração cultural proporcionando assim um maior conhecimento inter-pessoal. O turismo dentro destas perspectivas pode ser considerado como instrumento da geografia ao passo que modifica, transforma, revigora os espaços, territorializa outros e cria inúmeras redes e fluxos de comunicação e pessoas. A autora explora diversos conceitos e passagens de diferentes autores para formar uma idéia do turismo focado na análise geográfica, é uma obra sem dúvida de grande contribuição para o turismo e para a geografia, que procura entender seus conceitos mesclando variáveis de diferentes ciências para entender as interações presentes no meio socioespacial.
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Quem procura o turismo, procura lugares diferentes, outros olhares e experiências, conhecer o estranho passa a ser uma opção possível e prazerosa. O turismo passa a ser muito mais do que conhecer lugares, ele é uma possibilidade de compreendê-los sobre diferentes pontos de vista. Acontecimentos de ordem natural social ou político são fenômenos que remodelam as rotas turísticas, como exemplo o ataque às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001 ou o tsunami que abalou a Ásia e o Leste da África no ano de 2004, ouve neste período uma diminuição do fluxo turístico para essas localidades, redirecionando-os para outros países e/ou continentes. A atividade turística pode ser considerada como vetor de desenvolvimento, pois, ao explorar os recursos naturais e histórico-culturais de uma determinada região contribui para o aumento e para a disponibilidade de capital. Neste contexto a atividade deve ser analisada com muito cuidado, pois o capital introduzido na região pode se concentrar nas mãos de poucas pessoas, e contribuir para o agravamento dos problemas sociais existentes. Outro aspecto importante a ser considerado é a influência desta atividade econômica na organização espacial, interferindo de forma desigual nos territórios, dependendo de suas caracteristicas e intensidade. O turismo religioso por exemplo, terá impactos diferenciados no espaço quando comparado ao turismo de negócio. O turismo sobre esta perspectiva, passa a ser de muito interesse nos estudos geográficos em função das interferências e transformações sociais, cuturais e econômicas no espaço, bem como os impactos negativos sobre os recursos naturais destes ambientes. As primeiras contribuições das análises geográficas sobre o turismo surgiram na França de autores como Mariot (1969), Campbell (1967) Pearce (1998) dentre outros. 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Quem procura o turismo, procura lugares diferentes, outros olhares e experiências, conhecer o estranho passa a ser uma opção possível e prazerosa. O turismo passa a ser muito mais do que conhecer lugares, ele é uma possibilidade de compreendê-los sobre diferentes pontos de vista. Acontecimentos de ordem natural social ou político são fenômenos que remodelam as rotas turísticas, como exemplo o ataque às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001 ou o tsunami que abalou a Ásia e o Leste da África no ano de 2004, ouve neste período uma diminuição do fluxo turístico para essas localidades, redirecionando-os para outros países e/ou continentes. A atividade turística pode ser considerada como vetor de desenvolvimento, pois, ao explorar os recursos naturais e histórico-culturais de uma determinada região contribui para o aumento e para a disponibilidade de capital. Neste contexto a atividade deve ser analisada com muito cuidado, pois o capital introduzido na região pode se concentrar nas mãos de poucas pessoas, e contribuir para o agravamento dos problemas sociais existentes. Outro aspecto importante a ser considerado é a influência desta atividade econômica na organização espacial, interferindo de forma desigual nos territórios, dependendo de suas caracteristicas e intensidade. O turismo religioso por exemplo, terá impactos diferenciados no espaço quando comparado ao turismo de negócio. O turismo sobre esta perspectiva, passa a ser de muito interesse nos estudos geográficos em função das interferências e transformações sociais, cuturais e econômicas no espaço, bem como os impactos negativos sobre os recursos naturais destes ambientes. As primeiras contribuições das análises geográficas sobre o turismo surgiram na França de autores como Mariot (1969), Campbell (1967) Pearce (1998) dentre outros. Quando analisados os fluxos turísticos da atualidade, destacam-se segundo a OMT (1998) que estes se dão para as fronteiras de países como: Canadá-EUA, Alemanha-França, Suiça-Itália, Portugal-Espanha, França-Itália, Reino Unido-França, Bélgica-França e México-EUA, reforçando a preferência por países consolidados economicamente, enquato para regiões como África, Ásia e América do Sul, o turismo é ainda incipiente, tendo apenas alguns pólos específicos. No Brasil o destino mais procurado é a região nordeste, possuidora de belas praias e paisagens exóticas. A geografia estuda neste âmbito a dimensão territorial proporcionada por estes fluxos turísticos. Dentre os destinos mais específicos, há uma preferência para os litorais, o turismo que busca praias e altas temperaturas, o que confere a estes lugares caractetristicas semelhantes quando ao comércio, as relações espaciais e os impactos gerados no meio ambiente, relação que cabe à geografia analisar. 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