A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ronivan Souza da [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Gordo, Vanessa Orsi [UNESP], Pereira, Paulo Vitor [UNESP], Fernandes, Hadriel [UNESP], Cunha, Ailson Vasconcelos da [UNESP], Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP], Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP], Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143659
Resumo: Introdução: Como fazer da avaliação um instrumento de formação e não de seleção? O tema escolhido para este trabalho surgiu a partir desta questão e da leitura do artigo Dentro da Caixa Preta (Black, 98), a respeito da forma como os professores praticam o ato de avaliar. Uma das minhas preocupações enquanto educador, é diferenciar avaliação e seleção. Um dos maiores propósitos da avaliação formativa é ajudar os professores a entender melhor o que sabem os alunos e a tomar decisões sobre atividades de ensino e aprendizagem. Objetivos: Um dos objetivos deste trabalho é que ao final das minhas atividades em sala de aula o aluno adquira e compreenda noções matemáticas, que ele aplique a matemática na compreensão de situações da realidade, que manifeste o gosto e a confiança pessoal em realizar atividades intelectuais que envolvam raciocínios matemáticos, e por último, que o aluno seja capaz de se auto-avaliar. Pretende-se contribuir para o debate na área de avaliação em especial, na avaliação no contexto da prática pedagógica de Matemática. Métodos: As aulas de matemática foram ministradas aos alunos do Ensino Médio na EJA da UNESP de Ilha Solteira durante um ano. Semanalmente foram realizados trabalhos e discussões em grupo, nas quais os alunos eram estimulados a refletir sobre questões intrigantes, bem como procurou-se adequar a matemática à realidade dos alunos. A didática utilizada favoreceu o raciocínio lógico na dedução de soluções, nas justificativas de respostas e processos e na aprendizagem de que é sempre válido o aluno questionar como surgem as equações. Ao final de cada mês eram aplicadas provas. Logo após as correções, as provas eram devolvidas aos alunos e era solicitado a eles que as refizessem em sala. Nesse momento, os alunos, em grupo, mostravam-se interessados em saber onde estavam errados e qual era a resposta correta das questões. Resultados: Ao longo desse período, a avaliação formativa foi importante, para os alunos, pois desenvolveram habilidades que julgavam não terem, e para o educador, devido à experiência adquirida, contribuindo para a sua formação pessoal. No início, os alunos mostravam-se desmotivados, com um grande esforço, eles entenderam como a matemática poderia ser útil nas suas vidas. Um dos resultados notáveis foi como os alunos evoluíram na resolução de problemas, pois inicialmente tinham dificuldades em questões simples, como frações e porcentagens e, assim que se deparavam com um problema, procuravam imediatamente fórmulas matemáticas para encontrar a solução, não se importando com a lógica da questão. Por fim, começaram a compreender melhor a matemática, principalmente devido ao estímulo ao raciocínio lógico e perceberam que aquela auto-avaliação feita anteriormente sobre suas capacidades estava equivocada.
id UNSP_00166c0ed92f397423572bbb25090f1a
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/143659
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)Introdução: Como fazer da avaliação um instrumento de formação e não de seleção? O tema escolhido para este trabalho surgiu a partir desta questão e da leitura do artigo Dentro da Caixa Preta (Black, 98), a respeito da forma como os professores praticam o ato de avaliar. Uma das minhas preocupações enquanto educador, é diferenciar avaliação e seleção. Um dos maiores propósitos da avaliação formativa é ajudar os professores a entender melhor o que sabem os alunos e a tomar decisões sobre atividades de ensino e aprendizagem. Objetivos: Um dos objetivos deste trabalho é que ao final das minhas atividades em sala de aula o aluno adquira e compreenda noções matemáticas, que ele aplique a matemática na compreensão de situações da realidade, que manifeste o gosto e a confiança pessoal em realizar atividades intelectuais que envolvam raciocínios matemáticos, e por último, que o aluno seja capaz de se auto-avaliar. Pretende-se contribuir para o debate na área de avaliação em especial, na avaliação no contexto da prática pedagógica de Matemática. Métodos: As aulas de matemática foram ministradas aos alunos do Ensino Médio na EJA da UNESP de Ilha Solteira durante um ano. Semanalmente foram realizados trabalhos e discussões em grupo, nas quais os alunos eram estimulados a refletir sobre questões intrigantes, bem como procurou-se adequar a matemática à realidade dos alunos. A didática utilizada favoreceu o raciocínio lógico na dedução de soluções, nas justificativas de respostas e processos e na aprendizagem de que é sempre válido o aluno questionar como surgem as equações. Ao final de cada mês eram aplicadas provas. Logo após as correções, as provas eram devolvidas aos alunos e era solicitado a eles que as refizessem em sala. Nesse momento, os alunos, em grupo, mostravam-se interessados em saber onde estavam errados e qual era a resposta correta das questões. Resultados: Ao longo desse período, a avaliação formativa foi importante, para os alunos, pois desenvolveram habilidades que julgavam não terem, e para o educador, devido à experiência adquirida, contribuindo para a sua formação pessoal. No início, os alunos mostravam-se desmotivados, com um grande esforço, eles entenderam como a matemática poderia ser útil nas suas vidas. Um dos resultados notáveis foi como os alunos evoluíram na resolução de problemas, pois inicialmente tinham dificuldades em questões simples, como frações e porcentagens e, assim que se deparavam com um problema, procuravam imediatamente fórmulas matemáticas para encontrar a solução, não se importando com a lógica da questão. Por fim, começaram a compreender melhor a matemática, principalmente devido ao estímulo ao raciocínio lógico e perceberam que aquela auto-avaliação feita anteriormente sobre suas capacidades estava equivocada.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Matemática, Faculdade de Engenharia de Ilha SolteiraUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Ronivan Souza da [UNESP]Gordo, Vanessa Orsi [UNESP]Pereira, Paulo Vitor [UNESP]Fernandes, Hadriel [UNESP]Cunha, Ailson Vasconcelos da [UNESP]Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP]Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP]Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP]2016-09-01T13:58:24Z2016-09-01T13:58:24Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject043application/pdfhttp://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.phpCONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 043http://hdl.handle.net/11449/1436592005-043-silva.pdf257197767103068126878728249648610000-0003-4001-5592PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-10T15:42:07Zoai:repositorio.unesp.br:11449/143659Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:36:02.045066Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
title A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
spellingShingle A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
Silva, Ronivan Souza da [UNESP]
title_short A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
title_full A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
title_fullStr A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
title_full_unstemmed A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
title_sort A avaliação formativa em uma aula de matemática na educação de jovens e adultos (EJA)
author Silva, Ronivan Souza da [UNESP]
author_facet Silva, Ronivan Souza da [UNESP]
Gordo, Vanessa Orsi [UNESP]
Pereira, Paulo Vitor [UNESP]
Fernandes, Hadriel [UNESP]
Cunha, Ailson Vasconcelos da [UNESP]
Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP]
Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP]
Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP]
author_role author
author2 Gordo, Vanessa Orsi [UNESP]
Pereira, Paulo Vitor [UNESP]
Fernandes, Hadriel [UNESP]
Cunha, Ailson Vasconcelos da [UNESP]
Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP]
Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP]
Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP]
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Ronivan Souza da [UNESP]
Gordo, Vanessa Orsi [UNESP]
Pereira, Paulo Vitor [UNESP]
Fernandes, Hadriel [UNESP]
Cunha, Ailson Vasconcelos da [UNESP]
Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP]
Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP]
Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP]
description Introdução: Como fazer da avaliação um instrumento de formação e não de seleção? O tema escolhido para este trabalho surgiu a partir desta questão e da leitura do artigo Dentro da Caixa Preta (Black, 98), a respeito da forma como os professores praticam o ato de avaliar. Uma das minhas preocupações enquanto educador, é diferenciar avaliação e seleção. Um dos maiores propósitos da avaliação formativa é ajudar os professores a entender melhor o que sabem os alunos e a tomar decisões sobre atividades de ensino e aprendizagem. Objetivos: Um dos objetivos deste trabalho é que ao final das minhas atividades em sala de aula o aluno adquira e compreenda noções matemáticas, que ele aplique a matemática na compreensão de situações da realidade, que manifeste o gosto e a confiança pessoal em realizar atividades intelectuais que envolvam raciocínios matemáticos, e por último, que o aluno seja capaz de se auto-avaliar. Pretende-se contribuir para o debate na área de avaliação em especial, na avaliação no contexto da prática pedagógica de Matemática. Métodos: As aulas de matemática foram ministradas aos alunos do Ensino Médio na EJA da UNESP de Ilha Solteira durante um ano. Semanalmente foram realizados trabalhos e discussões em grupo, nas quais os alunos eram estimulados a refletir sobre questões intrigantes, bem como procurou-se adequar a matemática à realidade dos alunos. A didática utilizada favoreceu o raciocínio lógico na dedução de soluções, nas justificativas de respostas e processos e na aprendizagem de que é sempre válido o aluno questionar como surgem as equações. Ao final de cada mês eram aplicadas provas. Logo após as correções, as provas eram devolvidas aos alunos e era solicitado a eles que as refizessem em sala. Nesse momento, os alunos, em grupo, mostravam-se interessados em saber onde estavam errados e qual era a resposta correta das questões. Resultados: Ao longo desse período, a avaliação formativa foi importante, para os alunos, pois desenvolveram habilidades que julgavam não terem, e para o educador, devido à experiência adquirida, contribuindo para a sua formação pessoal. No início, os alunos mostravam-se desmotivados, com um grande esforço, eles entenderam como a matemática poderia ser útil nas suas vidas. Um dos resultados notáveis foi como os alunos evoluíram na resolução de problemas, pois inicialmente tinham dificuldades em questões simples, como frações e porcentagens e, assim que se deparavam com um problema, procuravam imediatamente fórmulas matemáticas para encontrar a solução, não se importando com a lógica da questão. Por fim, começaram a compreender melhor a matemática, principalmente devido ao estímulo ao raciocínio lógico e perceberam que aquela auto-avaliação feita anteriormente sobre suas capacidades estava equivocada.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005
2016-09-01T13:58:24Z
2016-09-01T13:58:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 043
http://hdl.handle.net/11449/143659
2005-043-silva.pdf
2571977671030681
2687872824964861
0000-0003-4001-5592
url http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143659
identifier_str_mv CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 043
2005-043-silva.pdf
2571977671030681
2687872824964861
0000-0003-4001-5592
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Congresso de Extensão Universitária
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 043
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv PROEX
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129535275696128