Efeitos adversos do sufentanil associado ao anestésico local pelas vias subaracnóidea e peridural em pacientes submetidas à analgesia de parto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salem, Isabel C.F. [UNESP]
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Fukushima, Fernanda Bono [UNESP], Nakamura, Giane [UNESP], Ferrari, Fábio [UNESP], Navarro, Laís C. [UNESP], Castiglia, Yara Marcondes Machado [UNESP], Ganem, Eliana Marisa [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942007000200001
http://hdl.handle.net/11449/11001
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A associação do opióide ao anestésico local melhora a qualidade da analgesia de parto e reduz o risco de toxicidade sistêmica pelo anestésico local. Os opióides, entretanto, podem determinar efeitos colaterais. O objetivo desta pesquisa foi comparar os efeitos adversos determinados pelo sufentanil, administrado por via subaracnóidea, associado à bupivacaína, com aquele determinado pelo sufentanil por via peridural, associado à ropivacaína, nas doses utilizadas no Serviço de Anestesia, em gestantes submetidas à analgesia de parto. MÉTODO: Participaram do estudo 60 pacientes, estado físico ASA I e II, com idade entre 15 e 42 anos, com gestação a termo e fetos saudáveis, submetidas à analgesia de parto. Foram distribuídas de forma aleatória em dois grupos: G1 - Duplo bloqueio - bupivacaína a 0,5% (2,5 mg) e sufentanil (5 µg) pela via subaracnóidea, G2 - Peridural - ropivacaína a 0,2% (20 mg) e sufentanil (10 µg) pela via peridural. Para doses complementares foi administrada ropivacaína a 0,2% (12 mg) e para resolução do parto, ropivacaína a 1% (50 mg). As pacientes foram avaliadas após analgesia (M1) com relação a hipotensão arterial, bradicardia materna, prurido, náusea, vômito, depressão respiratória e sedação. No pós-operatório (M2), quanto à presença de náusea, vômito, prurido, sedação, retenção urinária e dor. Os recém-nascidos foram avaliados pelo índice de Apgar. Para análise estatística, foram utilizados teste t de Student, Mann-Whitney e Qui-quadrado. RESULTADOS: Os grupos foram similares com relação à idade, ao peso, à altura, à duração do período de trabalho de parto após analgesia, ao Apgar dos recém-nascidos, à ocorrência de hipotensão arterial, bradicardia, náusea, vômito, prurido e retenção urinária. A sedação foi mais freqüente nas pacientes de G2, em M1 (50%) com diferença estatística significativa. CONCLUSÕES: O sufentanil nas doses utilizadas, administrado por via subaracnóidea ou peridural, associado aos anestésicos locais, determinou similaridade na duração do trabalho de parto após analgesia e no Apgar dos recém-nascidos. A sedação foi o efeito adverso mais freqüente nas pacientes que receberam o opióide pela via peridural.
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spelling Efeitos adversos do sufentanil associado ao anestésico local pelas vias subaracnóidea e peridural em pacientes submetidas à analgesia de partoEfectos adversos del sufentanil asociado al anestésico local por las vías subaracnoidea y peridural en pacientes sometidas a la analgesia de partoSide effects of subarachnoid and epidural sufentanil associated with a local anesthetic in patients undergoing labor analgesiaANALGESIA, ObstétricaANALGÉSICOS, OpióidesANESTÉSICOS, LocalCOMPLICAÇÕESTÉCNICAS ANESTÉSICAS, RegionalANALGESIA, ObstetricANALGESICS, OpioidsANESTHETICS, LocalANESTHETIC TECHNIQUES, RegionalCOMPLICATIONSJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A associação do opióide ao anestésico local melhora a qualidade da analgesia de parto e reduz o risco de toxicidade sistêmica pelo anestésico local. Os opióides, entretanto, podem determinar efeitos colaterais. O objetivo desta pesquisa foi comparar os efeitos adversos determinados pelo sufentanil, administrado por via subaracnóidea, associado à bupivacaína, com aquele determinado pelo sufentanil por via peridural, associado à ropivacaína, nas doses utilizadas no Serviço de Anestesia, em gestantes submetidas à analgesia de parto. MÉTODO: Participaram do estudo 60 pacientes, estado físico ASA I e II, com idade entre 15 e 42 anos, com gestação a termo e fetos saudáveis, submetidas à analgesia de parto. Foram distribuídas de forma aleatória em dois grupos: G1 - Duplo bloqueio - bupivacaína a 0,5% (2,5 mg) e sufentanil (5 µg) pela via subaracnóidea, G2 - Peridural - ropivacaína a 0,2% (20 mg) e sufentanil (10 µg) pela via peridural. Para doses complementares foi administrada ropivacaína a 0,2% (12 mg) e para resolução do parto, ropivacaína a 1% (50 mg). As pacientes foram avaliadas após analgesia (M1) com relação a hipotensão arterial, bradicardia materna, prurido, náusea, vômito, depressão respiratória e sedação. No pós-operatório (M2), quanto à presença de náusea, vômito, prurido, sedação, retenção urinária e dor. Os recém-nascidos foram avaliados pelo índice de Apgar. Para análise estatística, foram utilizados teste t de Student, Mann-Whitney e Qui-quadrado. RESULTADOS: Os grupos foram similares com relação à idade, ao peso, à altura, à duração do período de trabalho de parto após analgesia, ao Apgar dos recém-nascidos, à ocorrência de hipotensão arterial, bradicardia, náusea, vômito, prurido e retenção urinária. A sedação foi mais freqüente nas pacientes de G2, em M1 (50%) com diferença estatística significativa. CONCLUSÕES: O sufentanil nas doses utilizadas, administrado por via subaracnóidea ou peridural, associado aos anestésicos locais, determinou similaridade na duração do trabalho de parto após analgesia e no Apgar dos recém-nascidos. A sedação foi o efeito adverso mais freqüente nas pacientes que receberam o opióide pela via peridural.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La asociación del opioide con el anestésico local mejora la calidad de la analgesia de parto y reduce el riesgo de toxicidad sistémica por el anestésico local. Los opioides, sin embargo, pueden determinar efectos colaterales. El objetivo de esta investigación fue comparar los efectos adversos determinados por el sufentanil, administrado por vía subaracnoidea, asociado a la bupivacaína, con aquel determinado por el sufentanil por vía peridural, asociado a la ropivacaína, en las dosis utilizadas en el Servicio de Anestesia, en embarazadas sometidas a la analgesia de parto. MÉTODO: Participaron del estudio 60 pacientes, estado físico ASA I y II, con edad entre los 15 y los 42 años, con embarazo en tiempo y fetos saludables, sometidas a la analgesia de parto. Se distribuyeron aleatoriamente en de los grupos: G1 Doble bloqueo bupivacaína a 0,5% (2,5 mg) y sufentanil (5 µg) por vía subaracnoidea, G2 Peridural ropivacaína a 0,2% (20 mg) y sufentanil (10 µg) por vía peridural. Para dosis complementarias fue administrada ropivacaína a 0,2% (12 mg) y para resolución del parto, ropivacaína a 1% (50 mg). Las pacientes se evaluaron después de la analgesia (M1) con relación a la hipotensión arterial, bradicardia materna, prurito, náusea, vómito, depresión respiratoria y sedación. En el postoperatorio (M2), en cuanto a la presencia de náusea, vómito, prurito, sedación, retención urinaria y dolor. Los recién nacidos se evaluaron por el índice de Apgar. Para análisis estadístico, se utilizaron la prueba t de Student, Mann-Whitney y Qui-cuadrado. RESULTADOS: Los grupos fueron similares con relación a la edad, al peso, a la altura, a la duración del período de trabajo de parto después de la analgesia, al Apgar de los recién nacidos, a la existencia de hipotensión arterial, bradicardia, náusea, vómito, prurito y retención urinaria. La sedación fue más frecuente en las pacientes de G2, en M1 (50%) con diferencia estadística significativa. CONCLUSIONES: El sufentanil en las dosis utilizadas, administrado por vía subaracnoidea o peridural, asociado a los anestésicos locales, determinó similitud en la duración del trabajo de parto después de la analgesia y en el Apgar de los recién nacidos. La sedación fue el efecto adverso más frecuente en las pacientes que recibieron el opioide por vía peridural.BACKGROUND and OBJECTIVES: The association of an opioid with a local anesthetic improves the quality of labor analgesia and reduces the risk of systemic toxicity of the local anesthetic. However, opioids are not devoid of side effects. The aim of this study was to compare the side effects of subarachnoid sufentanil associated with bupivacaine to those caused by epidural sufentanil associated with ropivacaine in the doses used in the Anesthesiology Department in pregnant women undergoing labor analgesia. METHODS: Sixty pregnant women, ASA physical status I and II, ages between 15 and 42 years, at term and with healthy fetuses, undergoing labor analgesia were enrolled in this study. They were randomly divided in two groups: G1 - combined spinal epidural anesthesia - 0.5% bupivacaine (2.5 mg) and subarachnoid sufentanil (5 µg); G2 - Epidural Block - 0.2% ropivacaine (20 mg), and epidural sufentanil (10 µg). Complementary doses of 0.2% ropivacaine (12 mg) were administered whenever necessary, and 1% ropivacaine (50 mg) was administered for labor resolution. Patients were evaluated after analgesia (M1) regarding the presence of hypotension, maternal bradycardia, pruritus, nausea, vomiting, respiratory depression, and sedation. They were also evaluated postoperatively (M2) regarding the presence of nausea, vomiting, pruritus, sedation, urinary retention, and pain. Newborns were evaluated by the Apgar score. The test t Student, Mann-Whitney test, and Chi-Square test were used for the statistical analysis. RESULTS: Both groups were similar regarding age, weight, height, duration of labor after analgesia, Apgar score of the newborns, hypotension, maternal bradycardia, nausea, vomiting, pruritus, and urinary retention. Sedation was more frequent in patients in G2 at M1 (50%), which was statistically significant. CONCLUSION: Subarachnoid or epidural sufentanil, in the doses used in this study, associated with local anesthetics, had the same effect on the duration of labor after analgesia and in the Apgar score of newborns. Sedation was the most frequent side effect in patients receiving epidural sufentanil.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESPUNESP FMBUNESP FMB Departamento de AnestesiologiaUNESP FMBUNESP FMB Departamento de AnestesiologiaSociedade Brasileira de AnestesiologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Salem, Isabel C.F. [UNESP]Fukushima, Fernanda Bono [UNESP]Nakamura, Giane [UNESP]Ferrari, Fábio [UNESP]Navarro, Laís C. [UNESP]Castiglia, Yara Marcondes Machado [UNESP]Ganem, Eliana Marisa [UNESP]2014-05-20T13:32:14Z2014-05-20T13:32:14Z2007-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article125-135application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942007000200001Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 57, n. 2, p. 125-135, 2007.0034-7094http://hdl.handle.net/11449/1100110.1590/S0034-70942007000200001S0034-70942007000200001S0034-70942007000200001.pdf822694213076882040439535401213350000-0001-8055-5425SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Anestesiologia0.8500,320info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-14T13:20:37Zoai:repositorio.unesp.br:11449/11001Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-14T13:20:37Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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