Efeitos da relação entre carboidrato e lipídio em respostas fisiológicas em juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus, Holmberg, 1887)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/215003 |
Resumo: | O presente estudo investigou o efeito da relação de carboidrato e lipídio (CHO:LIP) no desempenho zootécnico e nas respostas fisiológicas de juvenis de pacu expostos a dois estressores comuns na aquicultura, estresse agudo (exposição aérea) e estresse crônico (perseguição diária com puçá por 21 dias). Foram avaliados indicadores de estresse (cortisol e glicose plasmáticos), indicadores metabólicos (triglicerídeos, colesterol, proteína total, glicogênio hepático e índices hepatossomático e gorduro-viscerossomático), indicadores do sistema imune inato (atividade respiratória de leucócitos e concentrações séricas de lisozima) e avaliado o sistema antioxidante/estresse oxidativo (catalase, CAT; superóxido dismutase, SOD; glutationa peroxidase, GPx; glutationa s-transferase, GST; glutationa reduzida, GSH e lipoperoxidação lipídica, LPO). Os peixes foram alimentados durante 21 dias com três dietas experimentais: CHO25,6:LIP11 (2,33), CHO35,4:LIP9,4 (3,77) e CHO45:LIP6 (7,50), sendo um grupo sem manejo estressor e outro exposto a manejo diário. Ao final do período, os dois grupos passaram por um estressor agudo (exposição aérea de 4 min) e amostrados antes do manejo (basal), 1, 3 e 24 horas depois. A glicose plasmática foi modulada pela relação CHO:LIP, apresentando os maiores níveis nas dietas 3,77 e 7,50, sendo os maiores níveis observados no grupo exposto ao estressor agudo (1, 3 e 24 horas). Os triglicerídeos plasmáticos reduziram às 24 horas nas dietas 3,77 e 7,50; e a dieta 2,33 teve a maior concentração quando comparada com as dietas 3,77 e 7,50. As dietas contendo maiores relação de CHO:LIP apresentaram maiores valores de glicogênio hepático e do IHS. A condição de estresse crônico impactou de forma negativa a concentração de lisozima sérica durante o período experimental. Concluindo, a dieta 7,50 promoveu o melhor desempenho, e as diferentes relações de CHO:LIP não afetaram a resposta de estresse e nem as respostas imunológicas após alimentação durante 21 dias. O estresse crônico prejudicou o desempenho e a capacidade de resposta do sistema imune inato. A atividade da SOD diminuiu 24 horas após exposição aérea. A GSH diminuiu após a exposição ao estressor nos peixes das dietas 2,33 e 3,77 e aumentou na dieta 7,50. A LPO foi menor nos peixes que receberam a dieta 7,50. A dieta 7,50 promoveu maior crescimento e menor LPO, além de aumentar as concentrações de GSH no fígado, demonstrando que o pacu aproveita de forma eficiente o carboidrato sem que haja prejuízo em suas respostas fisiológicas. |
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Efeitos da relação entre carboidrato e lipídio em respostas fisiológicas em juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus, Holmberg, 1887)Effects of carbohydrate-to-lipid ratio on physiological responses in juvenile pacu (Piaractus mesopotamicus, Holmberg, 1887)AquiculturaNutriçãoEstresseFisiologiaPiaractus mesopotamicusO presente estudo investigou o efeito da relação de carboidrato e lipídio (CHO:LIP) no desempenho zootécnico e nas respostas fisiológicas de juvenis de pacu expostos a dois estressores comuns na aquicultura, estresse agudo (exposição aérea) e estresse crônico (perseguição diária com puçá por 21 dias). Foram avaliados indicadores de estresse (cortisol e glicose plasmáticos), indicadores metabólicos (triglicerídeos, colesterol, proteína total, glicogênio hepático e índices hepatossomático e gorduro-viscerossomático), indicadores do sistema imune inato (atividade respiratória de leucócitos e concentrações séricas de lisozima) e avaliado o sistema antioxidante/estresse oxidativo (catalase, CAT; superóxido dismutase, SOD; glutationa peroxidase, GPx; glutationa s-transferase, GST; glutationa reduzida, GSH e lipoperoxidação lipídica, LPO). Os peixes foram alimentados durante 21 dias com três dietas experimentais: CHO25,6:LIP11 (2,33), CHO35,4:LIP9,4 (3,77) e CHO45:LIP6 (7,50), sendo um grupo sem manejo estressor e outro exposto a manejo diário. Ao final do período, os dois grupos passaram por um estressor agudo (exposição aérea de 4 min) e amostrados antes do manejo (basal), 1, 3 e 24 horas depois. A glicose plasmática foi modulada pela relação CHO:LIP, apresentando os maiores níveis nas dietas 3,77 e 7,50, sendo os maiores níveis observados no grupo exposto ao estressor agudo (1, 3 e 24 horas). Os triglicerídeos plasmáticos reduziram às 24 horas nas dietas 3,77 e 7,50; e a dieta 2,33 teve a maior concentração quando comparada com as dietas 3,77 e 7,50. As dietas contendo maiores relação de CHO:LIP apresentaram maiores valores de glicogênio hepático e do IHS. A condição de estresse crônico impactou de forma negativa a concentração de lisozima sérica durante o período experimental. Concluindo, a dieta 7,50 promoveu o melhor desempenho, e as diferentes relações de CHO:LIP não afetaram a resposta de estresse e nem as respostas imunológicas após alimentação durante 21 dias. O estresse crônico prejudicou o desempenho e a capacidade de resposta do sistema imune inato. A atividade da SOD diminuiu 24 horas após exposição aérea. A GSH diminuiu após a exposição ao estressor nos peixes das dietas 2,33 e 3,77 e aumentou na dieta 7,50. A LPO foi menor nos peixes que receberam a dieta 7,50. A dieta 7,50 promoveu maior crescimento e menor LPO, além de aumentar as concentrações de GSH no fígado, demonstrando que o pacu aproveita de forma eficiente o carboidrato sem que haja prejuízo em suas respostas fisiológicas.The present study assessed the effect of the CHO:LIP ratio on growth performance, and physiological responses in juvenile pacu exposed to two common stressors in aquaculture, acute stress (air exposure) and chronic stress (daily chasing with net for 21 days). Stress (plasma cortisol and glucose), metabolic (triglycerides, cholesterol, total protein, hepatic glycogen and hepatosomatic and viscerosomatic indices), innate immune system (respiratory activity of leukocytes and serum concentrations of lysozyme) biomarkers were evaluated and antioxidant indicators (catalase, CAT; superoxide dismutase, SOD; glutathione peroxidase, GPx; glutathione s-transferase, GST; reduced glutathione, GSH and lipid lipoperoxidation, LPO) in liver. Fish were fed for 21 days with three diets: CHO25.6:LIP11 (2.33), CHO35.4:LIP9.4 (3.77) and CHO45:LIP6 (7.50), being an unhandled group and another exposed to daily chasing. At the end of the period, both groups were exposed to an acute stressor (4 min air exposure) and sampled before exposure (baseline), 1, 3 and 24 hours later. Plasma glucose was modulated by the CHO:LIP ratio, showing the highest levels in diets 3.77 and 7.50, with the highest levels observed in the group acutely stressed (1, 3 and 24 hours). Plasma triglyceride reduced at 24 hours in fish fed with diets 3.77 and 7.50; fish from diet 2.33 had the highest concentration when compared to diets 3.77 and 7.50. Fish from diets containing higher CHO:LIP ratio had higher liver glycogen and HSI values. The chronic handling negatively impacted the serum lysozyme concentration. In conclusion, the 7.50 diet promoted the best growth performance, and the different CHO:LIP ratios did not affect the stress or immune responses after feeding for 21 days. Chronic stress impaired the growth performance and responsiveness of the innate immune system. SOD activity decreased 24 h after air exposure and GSH decreased after exposure to the stressor in fish fed with diets 2.33 and 3.77 and increased in those fed with diet 7.50. LPO was lower in fish that received the 7.50 diet. In conclusion, the 7.50 diet promoted the best growth performance, lower LPO and increasing the concentrations of GSH in the liver, demonstrating that pacu efficiently uses carbohydrate without harming its physiological responses.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)130868/2019-1.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Urbinati, Elisabeth Criscuolo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Piedade, Allan Emilio2021-11-05T11:43:07Z2021-11-05T11:43:07Z2021-07-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21500333004102049P7porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T12:39:35Zoai:repositorio.unesp.br:11449/215003Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:03:38.383647Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O presente estudo investigou o efeito da relação de carboidrato e lipídio (CHO:LIP) no desempenho zootécnico e nas respostas fisiológicas de juvenis de pacu expostos a dois estressores comuns na aquicultura, estresse agudo (exposição aérea) e estresse crônico (perseguição diária com puçá por 21 dias). Foram avaliados indicadores de estresse (cortisol e glicose plasmáticos), indicadores metabólicos (triglicerídeos, colesterol, proteína total, glicogênio hepático e índices hepatossomático e gorduro-viscerossomático), indicadores do sistema imune inato (atividade respiratória de leucócitos e concentrações séricas de lisozima) e avaliado o sistema antioxidante/estresse oxidativo (catalase, CAT; superóxido dismutase, SOD; glutationa peroxidase, GPx; glutationa s-transferase, GST; glutationa reduzida, GSH e lipoperoxidação lipídica, LPO). Os peixes foram alimentados durante 21 dias com três dietas experimentais: CHO25,6:LIP11 (2,33), CHO35,4:LIP9,4 (3,77) e CHO45:LIP6 (7,50), sendo um grupo sem manejo estressor e outro exposto a manejo diário. Ao final do período, os dois grupos passaram por um estressor agudo (exposição aérea de 4 min) e amostrados antes do manejo (basal), 1, 3 e 24 horas depois. A glicose plasmática foi modulada pela relação CHO:LIP, apresentando os maiores níveis nas dietas 3,77 e 7,50, sendo os maiores níveis observados no grupo exposto ao estressor agudo (1, 3 e 24 horas). Os triglicerídeos plasmáticos reduziram às 24 horas nas dietas 3,77 e 7,50; e a dieta 2,33 teve a maior concentração quando comparada com as dietas 3,77 e 7,50. As dietas contendo maiores relação de CHO:LIP apresentaram maiores valores de glicogênio hepático e do IHS. A condição de estresse crônico impactou de forma negativa a concentração de lisozima sérica durante o período experimental. Concluindo, a dieta 7,50 promoveu o melhor desempenho, e as diferentes relações de CHO:LIP não afetaram a resposta de estresse e nem as respostas imunológicas após alimentação durante 21 dias. O estresse crônico prejudicou o desempenho e a capacidade de resposta do sistema imune inato. A atividade da SOD diminuiu 24 horas após exposição aérea. A GSH diminuiu após a exposição ao estressor nos peixes das dietas 2,33 e 3,77 e aumentou na dieta 7,50. A LPO foi menor nos peixes que receberam a dieta 7,50. A dieta 7,50 promoveu maior crescimento e menor LPO, além de aumentar as concentrações de GSH no fígado, demonstrando que o pacu aproveita de forma eficiente o carboidrato sem que haja prejuízo em suas respostas fisiológicas. |
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