A sociabilidade dos jovens e os efeitos dos processos de socialização intraescolares
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/637 http://hdl.handle.net/11449/143145 |
Resumo: | A observação participante no Projeto Agente Jovem de Cultura (PAJC) foi complementada pelo estágio em uma escola pública de Marília (SP) o que possibilitou uma compreensão maior do entorno das/os jovens estudantes e da questão da diversidade. O PAJC foi um projeto do governo federal em parceria com o municipal e tinha um convênio com a UNESP - uma equipe coordenada pelo profº dr. Jair Pinheiro ficou responsável pela avaliação do mesmo. Por ocasião de estágio curricular na licenciatura em ciências sociais, optou-se pela instituição em que algumas/uns participantes do projeto estudavam, com a intenção de conhecer melhor o quotidiano destas/es agentes sociais. Tínhamos, a despeito dos objetivos específicos do PAJC (o que não obstou na avaliação e consecução dos mesmos, mas antes nos auxiliou), o objetivo particular de estudar a socialização dentro da escola; explicitar as conexões de sentido das ações e relações das/os estudantes para com o conhecimento e com seus pares e docentes, e qual o impacto que a educação escolar e o projeto teriam sobre tais ações. Nossos dados, porém, sinalizaram para questões distantes dos enfoques: por que as/os participantes do PAJC agiam como se estivessem na escola? Nesse sentido, perquirimos o quê mesmo dá sentido às formas daquelas relações na estrutura social. E a premissa de que a realidade comanda a pesquisa impeliu-nos a buscar uma abordagem mais satisfatória, no que tange à apreensão de conexões de sentido que embasam os fenômenos que estudamos. De fundo, e para ser breve, é possível suscitar a hipótese de que as/os jovens sabem que sua formação escolar não lhes garantirá uma boa remuneração e nem um emprego, visto que a educação precária forma trabalhadores para trabalho precarizado. É por isso que o discurso da pedagogia das competências e do empreendedorismo não lhes faz sentido. Se nossos esforços para alcançar uma compreensão mais profunda dos problemas sociais tiveram algum êxito, como queremos crer, podemos concluir que é importante tratar questões de educação sob outro ponto de vista e, mais importante, parece-nos, o enfoque distinto permite compreender mecanismos sócio-culturais mais capilares, como as pessoas tecem coletivamente a teia de significados que lhes orienta o agir no mundo; o que proporcionaria, ao nosso ver, uma qualidade heurística que pode abrir portas para ações mais profundas. Outra consideração é a de que é mister estudar os fenômeno de maneira total, quer dizer, pensar sobre os problemas de educação e trabalho implica pensar a relação entre professoras/es e estudantes, entre docentes e política educacional, entre discentes e sua vida social extraescolar, entre a escola e a sociedade. |
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