O leitor na reportagem de revista: um estudo das marcas da interação no gênero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/115818 |
Resumo: | Este trabalho pretende identificar traços da imagem do leitor presumida nas reportagens de revista. O objetivo primário é observar uma regularidade nas atividades discursivas (o perfil do leitor, tal como é imaginado) que pode dizer algo sobre o gênero como um todo, uma vez que a imagem do leitor estrutura o gênero. Imagina-se ainda que essa imagem do leitor não possa ser neutra. Isso significa que a atividade de reportar define um perfil de seu leitor, que, em algum grau, acaba por ser interiorizado pelo falante que participa dessa atividade. Esse perfil é o ponto de partida para a leitura, e o guia para a escrita. Este trabalho baseou-se na análise de 72 reportagens de CartaCapital, Época, IstoÉ e Veja, de outubro de 2008. Partiu-se do conceito de gêneros discursivos como uma estabilização de formas discursivas na interlocução e por ela, decorrente da necessidade de essas formas cumprirem uma função numa atividade social humana. Procurou-se mostrar a existência de um gênero que realiza a função de reunir os acontecimentos da semana, ligá-los e interpretá-los; a ele, deu-se o nome de reportagem. Pelo exame do contexto sócio-histórico, deduziram-se hipóteses sobre o gênero, que se submeteram ao teste empírico no corpus. Concluiu-se que a reportagem de revista mantém um diálogo marcado por um traço de intimidade com o leitor, estabelecendo com ele um vínculo de confiança subjetiva. Ela se ocupa, acima de tudo, de interpretar, e não de informar. Sua argumentação procede mais intensamente ao reforço de valores de grupo, do que à veridicidade das interpretações apresentadas. Embora a reportagem de revista se deixe permear pelo diálogo em larga escala e precise reagir aos discursos contrários ao seu, a argumentação para convencer o leitor do que ela diz, ou para dissuadi-lo das teses que a contrariam, é relativamente rara. A leitura é fortemente marcada por traços emocionais, dos quais o mais comum é o... |
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O leitor na reportagem de revista: um estudo das marcas da interação no gêneroBakhtin, M. M. (Mikhail Mikhailovich) 1895-1975Volochinov, V. NGêneros literáriosReportagens e repórteresLinguísticaLinguisticsEste trabalho pretende identificar traços da imagem do leitor presumida nas reportagens de revista. O objetivo primário é observar uma regularidade nas atividades discursivas (o perfil do leitor, tal como é imaginado) que pode dizer algo sobre o gênero como um todo, uma vez que a imagem do leitor estrutura o gênero. Imagina-se ainda que essa imagem do leitor não possa ser neutra. Isso significa que a atividade de reportar define um perfil de seu leitor, que, em algum grau, acaba por ser interiorizado pelo falante que participa dessa atividade. Esse perfil é o ponto de partida para a leitura, e o guia para a escrita. Este trabalho baseou-se na análise de 72 reportagens de CartaCapital, Época, IstoÉ e Veja, de outubro de 2008. Partiu-se do conceito de gêneros discursivos como uma estabilização de formas discursivas na interlocução e por ela, decorrente da necessidade de essas formas cumprirem uma função numa atividade social humana. Procurou-se mostrar a existência de um gênero que realiza a função de reunir os acontecimentos da semana, ligá-los e interpretá-los; a ele, deu-se o nome de reportagem. Pelo exame do contexto sócio-histórico, deduziram-se hipóteses sobre o gênero, que se submeteram ao teste empírico no corpus. Concluiu-se que a reportagem de revista mantém um diálogo marcado por um traço de intimidade com o leitor, estabelecendo com ele um vínculo de confiança subjetiva. Ela se ocupa, acima de tudo, de interpretar, e não de informar. Sua argumentação procede mais intensamente ao reforço de valores de grupo, do que à veridicidade das interpretações apresentadas. Embora a reportagem de revista se deixe permear pelo diálogo em larga escala e precise reagir aos discursos contrários ao seu, a argumentação para convencer o leitor do que ela diz, ou para dissuadi-lo das teses que a contrariam, é relativamente rara. A leitura é fortemente marcada por traços emocionais, dos quais o mais comum é o...This work intends to identify some aspects of reader’s image, as it is presumed in the magazine reports. The primary goals of this study is verify a regularity in the discursive activities (the reader’s profile, as it is imagined) that can reveal something about the genre taken as a whole, as this image of the reader structures the genre. It has been agreed this reader’s image cannot be neutral. It means that the reporting activity itself defines a reader’s profile that, in some degree, is interiorized by the speaker who participates on this activity. This profile is the starting point to reading, and the guide to writing. This work analyzes 72 reports from CartaCapital, Época, IstoÉ and Veja, from October 2008. It started from the discursive genres concept as the discursive forms stabilization in the verbal interaction and by it, resulting from the need of its forms to perform a function in a human social activity. With this criterion, was shown the existence of a genre that performs the function of gathering issues of the week, connecting and interpreting them. It was named report. By the socio-historical context, it was inferred hypothesis about the genre, which were empirically tested on the corpus. It was concluded that the report maintain a dialog marked by a feature of familiarity with the reader, setting with this person a subjective trust link. It tries above all to interpret, not to inform. Its argumentation makes more intensively the reinforcement of group values, than the verifying of presented interpretations. Even though the magazine report is permeated by a large scale dialogue and needs to react to the discourses opposed to its own, the argumentation to convince the reader of what the report says, or to dissuade the reader of believing the opponent thesis, is relatively rare. The reading is strongly marked by emotional features, of which the most common is the humor. The agreement between author and reader is very...Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Marchezan, Renata Maria Facuri Coelho [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Palomino, Rafael Henrique [UNESP]2015-03-03T11:52:35Z2015-03-03T11:52:35Z2014-08-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis265 f. : il. color.application/pdfPALOMINO, Rafael Henrique. O leitor na reportagem de revista: um estudo das marcas da interação no gênero. 2014. 265 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2014.http://hdl.handle.net/11449/115818000809578000809578.pdf33004030009P488276984773732120000-0001-7453-1734Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-13T14:22:38Zoai:repositorio.unesp.br:11449/115818Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:31:26.094566Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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