Influência do consumo de suco de laranja no perfil sérico dos lípides, apolipoproteínas e homocisteína em homens normais e hiperlipidêmicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonifácio, Nancy Preising Aptekmann [UNESP]
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/100978
Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar a influência da ingestão de suco de laranja no perfil sérico de lípides, apolipoproteínas e homocisteína em indivíduos do sexo masculino, normais (NL) ou hiperlipidêmicos (HL). A amostra populacional foi constituída por 114 indivíduos, com idade entre 20 e 60 anos, trabalhadores de uma empresa de suco de laranja na cidade de Matão, SP. Foram realizadas avaliações antropométricas, bioquímicas e de consumo alimentar. A análise dos dados revelou grande proporção de indivíduos com hiperlipidemia (44%), obesidade (65%), hipertensão (18%) e hiper-homocisteinemia (56%). Os indivíduos HL apresentaram maiores valores de peso, IMC, circunferência abdominal, circunferência do braço, pressão arterial, colesterol total, colesterol de LDL (LDL-C) e apolipoproteína B (apo B), em comparação aos NL. Os indivíduos que consumiam suco de laranja (CS) dos grupos NL (343 ± 312 mL/dia durante 12 ± 3 meses) e HL (281 ± 205 mL/dia durante 13 meses) apresentaram menor concentração de LDL-C, respectivamente 15% e 13%, e menor teor de apo B, 11% e 9%, em comparação aos indivíduos que não tomavam suco (NS). Nos grupos NL– CS e HL– CS foi observada tendência de redução da razão LDL-C/HDL-C de 13% e 14%, respectivamente. A homocisteína sanguínea não foi diferente entre os grupos NL - CS e HL - CS. A ingestão dietética de energia, proteína e carboidratos dos indivíduos NL e HL estava de acordo com as cotas dietéticas recomendadas (DRI), mas o consumo de ácidos graxos saturados e colesterol estava aumentado, sendo estes parâmetros associados com o sobrepeso, obesidade e hiperlipidemia. Em conclusão, o consumo de suco de laranja foi associado a concentrações menores dos lípides séricos nos indivíduos NL e HL, podendo ser interpretado como um fator de proteção contra a doença cardíaca coronariana.
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