Proposição e validação de um protocolo de teste progressivo tipo rampa em nado livre e a fidedignidade do nado atado em configurar condições similares de esforço
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/216843 |
Resumo: | A utilização de um protocolo tipo rampa se apresenta como uma alternativa favorável para a obtenção de parâmetros máximos e submáximos, por ser mais fácil e rápida em relação aos protocolos tradicionalmente utilizados na natação. Além disso, tem-se sugerido a necessidade da aplicação de um teste de confirmação para avaliar se o pico de consumo de oxigênio (V̇O2pico) observado durante os testes progressivos representam efetivamente o consumo máximo de oxigênio (V̇O2max) do atleta. Portanto, o objetivo do presente estudo foi delinear um protocolo tipo rampa em nado livre para a avaliação do V̇O2pico, bem como validar a obtenção de um máximo esforço e máxima resposta oxidativa pelo teste de confirmação, comparando com um protocolo similar aplicado em condições de nado atado. Além disso, comparar ambas as condições no que diz respeito às respostas de V̇O2pico, V̇O2max e limiares obtidas. Para isso, oito nadadores do sexo masculino (19,4 ± 5,2 anos, 181,8 ± 8,8 cm e 73,9 ± 10,4 kg) foram submetidos aos protocolos de testes progressivo máximos e protocolos de confirmação para a comparação das respostas. Em nado livre, os sujeitos desempenharam um teste progressivo contínuo até a exaustão: 8 x 100m a 60, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100% da velocidade correspondente ao esforço máximo de 200m. Para o nado atado, os participantes também desempenharam um teste progressivo até a exaustão, atados a um sistema de carga com barra e polias, com a intensidade da carga progredindo 5% a cada minuto entre 30-100% do valor médio da força atada máxima (Favg). Para verificar a ocorrência do V̇O2max, os nadadores realizaram dois protocolos utilizando uma carga fixa 5% acima da intensidade que elicitou o V̇O2peak (105% da iV̇O2peak), até a exaustão voluntária, para ambas as condições. Em ambos os testes progressivos também foram determinados os limiares aeróbio e anaeróbio, a partir das respostas gasosas (i.e., limiar de permuta gasosa – LPG, e ponto de compensação respiratória – PCR). O nível de significância foi fixado ρ ≤ 0,05. Os resultados obtidos não apresentam diferença significativa entre os protocolos progressivos tanto para a avaliação do V̇O2pico (53.5 ± 6.0 e 51.6 ± 5.2 ml×kg-1×min-1, para o nado livre e atado, respectivamente) quanto para os limiares fisiológicos em GET (37.2 ± 4.3 e 36.1 ± 4.7 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente) e PCR (46.3 ± 4.4 e 45.9 ± 4.3 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente), apresentando diferenças (p = 0,01, para ambos), com nado livre apresentando valores maiores em relação ao atado, apenas para as intensidades em GET (84.17 ± 2.16 e 68.68 ± 7.92 %iV̇O2peak para nado livre e atado, respectivamente) e PCR (92.25 ± 3.09 e 85.83 ± 5.38 %iV̇O2peak para nado livre e atado, respectivamente). Quanto aos testes de confirmação (54.9 ± 5.5 e 53.0 ± 7.5 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente), os resultados não apresentaram valores de V̇O2pico diferentes dos testes progressivos, para ambas as situações. Os protocolos tipo rampa em nado livre e atado contextualizaram esforços com demanda oxidativa máxima e, dessa forma, mostraram-se satisfatórios para a avaliação da aptidão aeróbia máxima dos nadadores. Em esforços supra máximos (i.e., 105% iV̇O2peak) demonstrou-se a ocorrência de um máximo para a resposta V̇O2 que não diferiu dos valores observados em ambos os protocolos progressivos, e assim confirmando a validade do V̇O2pico em representar o V̇O2max, independentemente da condição de nado. Todavia, a similaridade entre o nada livre e atado está circunscrita às intensidades máximas, uma vez que as diferenças de intensidade de nada em LPG sugerem perfis de economia distintos. |
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Proposição e validação de um protocolo de teste progressivo tipo rampa em nado livre e a fidedignidade do nado atado em configurar condições similares de esforçoProposition and validation of a progressive ramp-type test protocol in free swimming and the reliability of tethered swimming in configuring similar effort conditionsConsumo de oxigênioNataçãoAptidão cardiorrespiratóriaOxygen consumptionSwimmingCardiorespiratory fitnessA utilização de um protocolo tipo rampa se apresenta como uma alternativa favorável para a obtenção de parâmetros máximos e submáximos, por ser mais fácil e rápida em relação aos protocolos tradicionalmente utilizados na natação. Além disso, tem-se sugerido a necessidade da aplicação de um teste de confirmação para avaliar se o pico de consumo de oxigênio (V̇O2pico) observado durante os testes progressivos representam efetivamente o consumo máximo de oxigênio (V̇O2max) do atleta. Portanto, o objetivo do presente estudo foi delinear um protocolo tipo rampa em nado livre para a avaliação do V̇O2pico, bem como validar a obtenção de um máximo esforço e máxima resposta oxidativa pelo teste de confirmação, comparando com um protocolo similar aplicado em condições de nado atado. Além disso, comparar ambas as condições no que diz respeito às respostas de V̇O2pico, V̇O2max e limiares obtidas. Para isso, oito nadadores do sexo masculino (19,4 ± 5,2 anos, 181,8 ± 8,8 cm e 73,9 ± 10,4 kg) foram submetidos aos protocolos de testes progressivo máximos e protocolos de confirmação para a comparação das respostas. Em nado livre, os sujeitos desempenharam um teste progressivo contínuo até a exaustão: 8 x 100m a 60, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100% da velocidade correspondente ao esforço máximo de 200m. Para o nado atado, os participantes também desempenharam um teste progressivo até a exaustão, atados a um sistema de carga com barra e polias, com a intensidade da carga progredindo 5% a cada minuto entre 30-100% do valor médio da força atada máxima (Favg). Para verificar a ocorrência do V̇O2max, os nadadores realizaram dois protocolos utilizando uma carga fixa 5% acima da intensidade que elicitou o V̇O2peak (105% da iV̇O2peak), até a exaustão voluntária, para ambas as condições. Em ambos os testes progressivos também foram determinados os limiares aeróbio e anaeróbio, a partir das respostas gasosas (i.e., limiar de permuta gasosa – LPG, e ponto de compensação respiratória – PCR). O nível de significância foi fixado ρ ≤ 0,05. Os resultados obtidos não apresentam diferença significativa entre os protocolos progressivos tanto para a avaliação do V̇O2pico (53.5 ± 6.0 e 51.6 ± 5.2 ml×kg-1×min-1, para o nado livre e atado, respectivamente) quanto para os limiares fisiológicos em GET (37.2 ± 4.3 e 36.1 ± 4.7 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente) e PCR (46.3 ± 4.4 e 45.9 ± 4.3 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente), apresentando diferenças (p = 0,01, para ambos), com nado livre apresentando valores maiores em relação ao atado, apenas para as intensidades em GET (84.17 ± 2.16 e 68.68 ± 7.92 %iV̇O2peak para nado livre e atado, respectivamente) e PCR (92.25 ± 3.09 e 85.83 ± 5.38 %iV̇O2peak para nado livre e atado, respectivamente). Quanto aos testes de confirmação (54.9 ± 5.5 e 53.0 ± 7.5 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente), os resultados não apresentaram valores de V̇O2pico diferentes dos testes progressivos, para ambas as situações. Os protocolos tipo rampa em nado livre e atado contextualizaram esforços com demanda oxidativa máxima e, dessa forma, mostraram-se satisfatórios para a avaliação da aptidão aeróbia máxima dos nadadores. Em esforços supra máximos (i.e., 105% iV̇O2peak) demonstrou-se a ocorrência de um máximo para a resposta V̇O2 que não diferiu dos valores observados em ambos os protocolos progressivos, e assim confirmando a validade do V̇O2pico em representar o V̇O2max, independentemente da condição de nado. Todavia, a similaridade entre o nada livre e atado está circunscrita às intensidades máximas, uma vez que as diferenças de intensidade de nada em LPG sugerem perfis de economia distintos.The use of a ramp-type protocol is a favourable alternative for obtaining maximum and submaximal parameters, as it is easier and faster compared to protocols traditionally used in swimming. Furthermore, it has been suggested the need to apply a confirmation test to assess whether the peak oxygen consumption (V̇ O2peak) observed during the progressive tests effectively represents the maximum oxygen consumption (V̇ O2max) of the athlete. Therefore, the aim of the present study was to design a ramp-type protocol in free swimming for the assessment of V̇ O2peak, as well as to validate the achievement of maximum effort and maximum oxidative response by the confirmation test, compared to a similar protocol applied under tethered swimming conditions. Furthermore, compare both conditions with respect to the V̇ O2peak, V̇ O2max and threshold responses obtained. For this, eight male swimmers (19.4 ± 5.2 years, 181.8 ± 8.8 cm and 73.9 ± 10.4 kg) were submitted to the maximum progressive test protocols and confirmation protocols for the comparison of responses. In free swimming, the subjects performed a continuous progressive test until exhaustion: 8 x 100m at 60, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100% of the speed corresponding to the maximum effort of 200m. For the tethered swimming, participants also performed a progressive test until exhaustion, tethered to a bar and pulley loading system, with the load intensity progressing 5% every minute between 30-100% of the average value of maximum tethered force (Favg). To verify the occurrence of V̇ O2max, the swimmers performed two protocols using a fixed load 5% above the intensity that elicited the V̇ O2peak (105% of the iV̇ O2peak), until voluntary exhaustion, for both conditions. In both progressive tests, aerobic and anaerobic thresholds were also determined, based on gas responses (i.e., gas exchange threshold – LPG, and respiratory compensation point – CRP). The level of significance was set at ρ ≤ 0.05. The results obtained do not show significant difference between the progressive protocols both for the assessment of V̇ O2peak (53.5 ± 6.0 and 51.6 ± 5.2 ml×kg-1×min-1, for free and tethered swimming, respectively) and for the physiological thresholds in GET (37.2 ± 4.3 and 36.1 ± 4.7 ml×kg-1×min-1 for free and tethered swimming, respectively) and PCR (46.3 ± 4.4 and 45.9 ± 4.3 ml×kg-1×min-1 for free and tethered swimming, respectively), showing differences (p = 0.01 for both), with free swimming showing higher values compared to tied, only for the intensities in GET (84.17 ± 2.16 and 68.68 ± 7.92 %iV̇ O2peak for free and tethered swimming, respectively) and PCR (92.25 ± 3.09 and 85.83 ± 5.38 %iV̇ O2peak for free and tethered swimming, respectively). As for the confirmation tests (54.9 ± 5.5 and 53.0 ± 7.5 ml×kg-1×min-1 for the free and tethered swim, respectively), the results did not show V̇ O2peak values different from the progressive tests, for both situations. The ramp-type protocols in free and tethered swimming contextualized efforts with maximum oxidative demand and, therefore, proved to be satisfactory for the assessment of the maximum aerobic fitness of swimmers. In supramaximal efforts (ie, 105% iV̇ O2peak) it was demonstrated the occurrence of a maximum for the V̇ O2 response that did not differ from the values observed in both progressive protocols, thus confirming the validity of the V̇ O2peak in representing the V̇ O2max, regardless of the condition of swimming. However, the similarity between free and tethered nothingness is limited to the maximum intensities, since the differences in the intensity of swimming in LPG suggest different economic profiles.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pessoa Filho, Dalton Müller [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Vasconcelos, Camila Midori Takemoto2022-02-21T17:14:27Z2022-02-21T17:14:27Z2022-01-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21684333004137066P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-02-22T13:56:06Zoai:repositorio.unesp.br:11449/216843Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:51:21.862955Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A utilização de um protocolo tipo rampa se apresenta como uma alternativa favorável para a obtenção de parâmetros máximos e submáximos, por ser mais fácil e rápida em relação aos protocolos tradicionalmente utilizados na natação. Além disso, tem-se sugerido a necessidade da aplicação de um teste de confirmação para avaliar se o pico de consumo de oxigênio (V̇O2pico) observado durante os testes progressivos representam efetivamente o consumo máximo de oxigênio (V̇O2max) do atleta. Portanto, o objetivo do presente estudo foi delinear um protocolo tipo rampa em nado livre para a avaliação do V̇O2pico, bem como validar a obtenção de um máximo esforço e máxima resposta oxidativa pelo teste de confirmação, comparando com um protocolo similar aplicado em condições de nado atado. Além disso, comparar ambas as condições no que diz respeito às respostas de V̇O2pico, V̇O2max e limiares obtidas. Para isso, oito nadadores do sexo masculino (19,4 ± 5,2 anos, 181,8 ± 8,8 cm e 73,9 ± 10,4 kg) foram submetidos aos protocolos de testes progressivo máximos e protocolos de confirmação para a comparação das respostas. Em nado livre, os sujeitos desempenharam um teste progressivo contínuo até a exaustão: 8 x 100m a 60, 70, 75, 80, 85, 90, 95, 100% da velocidade correspondente ao esforço máximo de 200m. Para o nado atado, os participantes também desempenharam um teste progressivo até a exaustão, atados a um sistema de carga com barra e polias, com a intensidade da carga progredindo 5% a cada minuto entre 30-100% do valor médio da força atada máxima (Favg). Para verificar a ocorrência do V̇O2max, os nadadores realizaram dois protocolos utilizando uma carga fixa 5% acima da intensidade que elicitou o V̇O2peak (105% da iV̇O2peak), até a exaustão voluntária, para ambas as condições. Em ambos os testes progressivos também foram determinados os limiares aeróbio e anaeróbio, a partir das respostas gasosas (i.e., limiar de permuta gasosa – LPG, e ponto de compensação respiratória – PCR). O nível de significância foi fixado ρ ≤ 0,05. Os resultados obtidos não apresentam diferença significativa entre os protocolos progressivos tanto para a avaliação do V̇O2pico (53.5 ± 6.0 e 51.6 ± 5.2 ml×kg-1×min-1, para o nado livre e atado, respectivamente) quanto para os limiares fisiológicos em GET (37.2 ± 4.3 e 36.1 ± 4.7 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente) e PCR (46.3 ± 4.4 e 45.9 ± 4.3 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente), apresentando diferenças (p = 0,01, para ambos), com nado livre apresentando valores maiores em relação ao atado, apenas para as intensidades em GET (84.17 ± 2.16 e 68.68 ± 7.92 %iV̇O2peak para nado livre e atado, respectivamente) e PCR (92.25 ± 3.09 e 85.83 ± 5.38 %iV̇O2peak para nado livre e atado, respectivamente). Quanto aos testes de confirmação (54.9 ± 5.5 e 53.0 ± 7.5 ml×kg-1×min-1 para o nado livre e atado, respectivamente), os resultados não apresentaram valores de V̇O2pico diferentes dos testes progressivos, para ambas as situações. Os protocolos tipo rampa em nado livre e atado contextualizaram esforços com demanda oxidativa máxima e, dessa forma, mostraram-se satisfatórios para a avaliação da aptidão aeróbia máxima dos nadadores. Em esforços supra máximos (i.e., 105% iV̇O2peak) demonstrou-se a ocorrência de um máximo para a resposta V̇O2 que não diferiu dos valores observados em ambos os protocolos progressivos, e assim confirmando a validade do V̇O2pico em representar o V̇O2max, independentemente da condição de nado. Todavia, a similaridade entre o nada livre e atado está circunscrita às intensidades máximas, uma vez que as diferenças de intensidade de nada em LPG sugerem perfis de economia distintos. |
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