Avaliação e intervenção fisioterapêuticas para pessoas com deficiência intelectual no campo da saúde cardiovascular

• Autor(a) principal: Oliveira, Mileide Cristina Stoco de [UNESP]
• Data de Publicação: 2013
• Outros Autores: Silva, Giulia Iracelis Passarini da [UNESP], Pizzol, Renilton José [UNESP], Monteiro, Ana Paula Costa [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTE1NA==; http://hdl.handle.net/11449/146958
• topic: Deficiência intelectual; Saúde cardiovascular

Introdução: Em instituições que atendem pessoas com deficiência intelectual como a APAE de Presidente Prudente-SP, a atuação do fisioterapeuta deve abranger diversas ações em saúde, pois essa população apresenta vários problemas de saúde associados à vários fatores. Para o fisioterapeuta, fundamentar então sua prática no conhecimento de tais questões possibilitaria realizar um bom atendimento contribuindo para a saúde dessas pessoas. Esse projeto fundamenta-se na concepção de que esse profissional tem conhecimento necessário para visualizar o caráter complexo do atendimento dessas pessoas estando apto a manejar metodologias/instrumentos que coloquem em prática esse conhecimento. Neste projeto a área da saúde cardiovascular tem maior atenção, pois os adultos atendidos na APAE tendem ao sedentarismo e sobrepeso que são fatores de risco cardiovascular e, além disso, doenças cardiovasculares são as que mais contribuem para a mortalidade dos adultos no Brasil. Objetivo: Identificar fatores de risco cardiovascular em adultos com deficiência intelectual atendidos na APAE-Presidente Prudente por meio de metodologia de avaliação clínica. Metodologia: Para a avaliação foi desenvolvida Ficha contendo dados pessoais e das medidas: Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD), Circunferências da Cintura (CC) e de Quadril (CQ), peso corpóreo e altura. Os dados obtidos serviram para classificar os níveis de PA, das Circunferências e do Índice de Massa Corpórea (IMC) dos avaliados. A coleta das medidas e a classificação dos níveis seguiram recomendação de protocolos específicos. Resultados: Foram avaliados 103 adultos (69% do sexo masculino e 31% do feminino) com idade média de 26,8 ± 8,4 anos. Quanto à PAS: 48,4% dos indivíduos apresentaram nível ótimo (valores menores que 120 mmHg), 30% nível normal (de 120 até 130mmHg), 10,7% nível limítrofe (de 130 à 139 mmHg) e 10,7% nível elevado (maior que 140 mmHg). Em relação à PAD 34,9% apresentaram nível ótimo (menor que 80 mmHg), 43,7% nível normal (menor que 85 mmHg), e 21,3% nível elevado (igual ou maior que 90 mmHg). Já para a relação CCCQ, apresentaram alto índice de gordura corporal/visceral 75% das mulheres (relação maior que 0,85) e 28,1% dos homens (maior que 0,95). Quanto ao IMC 7,7% apresentaram subpeso (menor que 18,5 kg/m2), 41,7% valores normais (18,5 a 24,99 kg/m2), 24,3% sobrepeso (25,0 a 29,99 kg/m2) e 26,2% obesidade (de 30 kg/m2 para cima). Os resultados indicam que grande parcela da população avaliada apresentou pelo menos um fator de risco cardiovascular justificando o emprego de metodologia de avaliação fisioterapêutica que permita a identificação desses fatores, possibilitando oportunidades de intervenção.