Uma experiência em educação popular: o trabalho do grupo paidéia em Cidelândia/MA

• Autor(a) principal: Messias, Tanísia Célia [UNESP]
• Data de Publicação: 2003
• Outros Autores: Reis, Maria Rita [UNESP], Sant’ana, Raquel Santos [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/2__Congresso/Educa__o/Educ34.htm; http://hdl.handle.net/11449/148360

Introdução: Desde dezembro de 1999, o Grupo Paidéia, formado por estudantes dos três cursos de graduação da FHDSS, desenvolve em Cidelândia/ MA um trabalho de formação de educadores e supervisão de 10 salas de alfabetização de jovens e adultos, mantidas pela Prefeitura local. O trabalho se desenvolve com recursos financeiros do Programa Alfabetização Solidária (PAS), do governo federal, bem como da Pró-reitoria de Extensão Universitária da Unesp. Semestralmente é realizado um curso de Formação para 10 alfabetizadores que irão atuar no município. O PAS apresenta uma série de deficiências, como a inadequação dos módulos semestrais e do material didático às características regionais, a impossibilidade da formação continuada dos alfabetizadores, o baixo valor da “bolsa” paga aos alfabetizadores (R$120,00). Tais características demonstram que, longe de caracterizar-se como uma política séria de erradicação do analfabetismo, o PAS é uma política pública setorial, emergencial e ineficaz, descomprometida com a solução dos problemas sociais brasileiros. Partindo destas constatações, o grupo Paidéia norteia suas ações a partir dos princípios e concepções da Educação Popular desenvolvidos por Paulo Freire, buscando, dentro dos limites impostos pelo Programa, desenvolver um trabalho que privilegie a formação de alianças com a população local, objetivando formar cidadãos críticos, capazes de recuperar sua condição de sujeito histórico, conscientes da opressão que vivenciam, mas sobretudo capazes de lutar contra esta opressão. Objetivos: Possibilitar aos alfabetizadores do município de Cidelândia e estudantes universitários envolvidos no projeto a compreensão crítica da sociedade brasileira, a partir da concepção de educação proposta por Paulo Freire. Formar educadores populares críticos, que possam se tornar agentes multiplicadores de direitos e desvendar a realidade local. Métodos: É realizado semestralmente, na FHDSS, um Curso de Formação para os alfabetizadores, com duração de 15 dias. A equipe realiza ainda visitas mensais ao Município para acompanhamento do trabalho. Resultados: Formação de 32 alfabetizadores. Elaboração de material didático para a formação de educadores populares. Parceria com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Cidelândia (SINTEC) e Secretaria de Educação para realização de curso de extensão para professores da rede pública. Projeto de Curso de extensão para agentes comunitários em parceria com o SINTEC, em andamento. Maior conhecimento, por parte dos estudantes universitários envolvidos, da realidade e diversidade cultural brasileira.