Capacidade de formação de biofilme, motilidade e patogenicidade de uma linhagem mutante da bactéria Xanthomonas citri subsp. citri

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalca, Lúcia Bonci [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/156075
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2017-09-28/000890238.pdf
Resumo: A bactéria Xanthomonas citri subsp. citri (Xac) é o agente causador do cancro cítrico, uma das doenças que mais vem preocupando os citricultores no Brasil e em especial no Estado de São Paulo. O setor da citricultura ainda carece de estratégias eficientes de combate ao cancro cítrico, sendo que as práticas mitigadoras utilizadas atualmente não são capazes de interferir na fisiologia da bactéria, impedir ou mesmo reduzir sua patogenicidade. O estabelecimento e propagação do cancro cítrico na planta hospedeira estão diretamente relacionados com a adesão, motilidade e formação de biofilme da bactéria. Neste estudo, avaliamos a motilidade, a capacidade de formação de biofilme e a patogenicidade de duas linhagens mutantes para parB - gene responsável pela coordenação da segregação cromossômica e de plasmídios em bactérias -, a fim de verificar se as alterações eventualmente provocadas na segregação dos cromossomos em decorrência da depleção/excesso de ParB seriam capazes de suprimir a patogenicidade de Xac. Xac WT originou curvas de crescimento típicas de Xanthomonas, enquanto a presença de arabinose no meio provocou queda no crescimento dos mutantes Xac ΔparB/pLAC1 e Xac ΔparB/pLAC2. A adição de arabinose ao meio também levou a uma redução de cerca de 45% na motilidade dos mutantes quando comparados à linhagem selvagem. Os mutantes Xac ΔparB/pLAC1 e Xac ΔparB/pLAC2 foram ainda capazes de provocar sintomas típicos de cancro cítrico em plantas jovens de laranja doce, mesmo quando inibidos. Nossos resultados indicam que não há alteração no padrão de desenvolvimento das culturas ou perda de patogenicidade em decorrência da depleção de ParB. O excesso da proteína na célula, porém, afeta negativamente a motilidade e o desenvolvimento das culturas ao longo do tempo
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