Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Giovanni, Caíque
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/251850
Resumo: Os arenitos asfálticos da Bacia do Paraná estão presentes em sua grande maioria na Formação Pirambóia. A Formação Pirambóia é composta por arenitos flúvio-eólicos porosos e permeáveis, intercalados por siltitos e argilitos. Acima estratigraficamente da Formação Pirambóia se encontra a Formação Botucatu. A Formação Botucatu é constituída por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados. Essas ocorrências estão subordinadas ao sistema petrolífero Irati-Pirambóia, nesse sistema as rochas geradoras são os folhelhos betuminosos da Formação Irati, enquanto as rochas reservatório são os arenitos da Formação Pirambóia. Existe um pacote de rochas basálticas entre as formações Pirambóia e Botucatu, apesar disso as ocorrências de arenitos asfálticos ocorrem quase que exclusivamente na Formação Pirambóia (não são conhecidas ocorrências na Formação Botucatu). A compreensão desse pacote de rochas, anteriormente interpretado como uma soleira, como um derrame pertencente a um ciclo magmático anterior ao magmatismo Serra Geral, explicaria a presença quase que exclusiva dos arenitos asfálticos na Formação Pirambóia. Esse magmatismo teria sido responsável pela migração dos hidrocarbonetos da Formação Irati em direção a Formação Pirambóia, em um momento em que a Formação Botucatu ainda não teria sido depositada. Neste contexto, entende-se que a área compreendida pela Serra de Santana atende essa problemática, visto que são conhecidos distintos conjuntos de derrames na região, existem inúmeras dúvidas com respeito às correlações desses derrames, e a presença de arenitos asfálticos próximos. Para testar essa hipótese, foi utilizado o paleomagnetismo para datar a idade dessas rochas basálticas. O método paleomagnético fundamenta-se na magnetização remanescente natural (NRM) das rochas sedimentares e magmáticas, adquiridas por estas ao decorrer do tempo geológico através da influência do campo magnético. Neste presente trabalho, foram encontradas para as rochas basálticas uma idade de 140 Ma (Cretáceo Inferior), enquanto para as formações Pirambóia e Botucatu, respectivamente idades de 290 Ma (Permiano Inferior) e 140 Ma (Cretáceo Inferior). Desse modo, não foi verificada a presença de um ciclo magmático anterior à Formação Serra Geral na região da Serra de Santana.
id UNSP_13df05b55a6c84fac32abab565e6a224
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/251850
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)Paleomagnetic analysis of basalts between the Pirambóia and Botucatu formations in the municipalities of Itirapina and São Carlos (SP)Arenitos asfálticosPaleomagnetismoFormação PirambóiaFormação BotucatuFormação Serra GeralSerra de SantanaTar sandstonesPaleomagnetismPirambóia FormationBotucatu FormationSerra Geral FormationOs arenitos asfálticos da Bacia do Paraná estão presentes em sua grande maioria na Formação Pirambóia. A Formação Pirambóia é composta por arenitos flúvio-eólicos porosos e permeáveis, intercalados por siltitos e argilitos. Acima estratigraficamente da Formação Pirambóia se encontra a Formação Botucatu. A Formação Botucatu é constituída por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados. Essas ocorrências estão subordinadas ao sistema petrolífero Irati-Pirambóia, nesse sistema as rochas geradoras são os folhelhos betuminosos da Formação Irati, enquanto as rochas reservatório são os arenitos da Formação Pirambóia. Existe um pacote de rochas basálticas entre as formações Pirambóia e Botucatu, apesar disso as ocorrências de arenitos asfálticos ocorrem quase que exclusivamente na Formação Pirambóia (não são conhecidas ocorrências na Formação Botucatu). A compreensão desse pacote de rochas, anteriormente interpretado como uma soleira, como um derrame pertencente a um ciclo magmático anterior ao magmatismo Serra Geral, explicaria a presença quase que exclusiva dos arenitos asfálticos na Formação Pirambóia. Esse magmatismo teria sido responsável pela migração dos hidrocarbonetos da Formação Irati em direção a Formação Pirambóia, em um momento em que a Formação Botucatu ainda não teria sido depositada. Neste contexto, entende-se que a área compreendida pela Serra de Santana atende essa problemática, visto que são conhecidos distintos conjuntos de derrames na região, existem inúmeras dúvidas com respeito às correlações desses derrames, e a presença de arenitos asfálticos próximos. Para testar essa hipótese, foi utilizado o paleomagnetismo para datar a idade dessas rochas basálticas. O método paleomagnético fundamenta-se na magnetização remanescente natural (NRM) das rochas sedimentares e magmáticas, adquiridas por estas ao decorrer do tempo geológico através da influência do campo magnético. Neste presente trabalho, foram encontradas para as rochas basálticas uma idade de 140 Ma (Cretáceo Inferior), enquanto para as formações Pirambóia e Botucatu, respectivamente idades de 290 Ma (Permiano Inferior) e 140 Ma (Cretáceo Inferior). Desse modo, não foi verificada a presença de um ciclo magmático anterior à Formação Serra Geral na região da Serra de Santana.The tar sandstones of the Paraná Basin are mostly present in the Pirambóia Formation. The Pirambóia Formation is composed of porous and permeable fluvio-aeolian sandstones, interspersed with siltstones and mudstones. Stratigraphically above the Pirambóia Formation is the Botucatu Formation. The Botucatu Formation is made up of sandstone, conglomeratic sandstones and conglomerates. These occurrences are subordinate to the Irati-Pirambóia petroleum system, in this system the source rocks are the bituminous shales of the Irati Formation, while the reservoir rocks are the sandstone of the Pirambóia Formation. There is a unit of basaltic rocks between the Pirambóia and Botucatu formations, despite this, occurrences of tar sandstones occur almost exclusively in the Pirambóia Formation (there are no known occurrences in the Botucatu Formation). Understanding this unit of rocks, previously interpreted as a sill, as a spill belonging to a magmatic cycle prior to the Serra Geral magmatism, would explain the almost exclusive presence of tar sandstones in the Pirambóia Formation. This magmatism would have been responsible for the migration of the hydrocarbons from the Irati Formation towards the Pirambóia Formation, at a time when the Botucatu Formation had not yet been deposited. In this context, it is understood that the area comprising the Serra de Santana comply with these problems, since different sets of spills are known in the region, there are numerous doubts regarding the correlations of these spills, and the presence of nearby tar sandstones. To test this hypothesis, paleomagnetism was used to date the age of the basalt rocks. The paleomagnetic method is based on the natural remanent magnetization (NRM) of sedimentary and magmatic rocks, acquired by them over geologic time through the influence of the magnetic field. In this work, an age of 140 Ma (Early Cretaceous) was found for the basaltic rocks, while ages of 290 Ma (Early Permian) and 140 Ma (Early Cretaceous) were found for the Pirambóia and Botucatu formations, respectively. Therefore, the presence of a magmatic cycle prior to the Serra Geral Formation in the Serra de Santana region was not verified.Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)PRH-ANP: 045019.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Scardia, Giancarlo [UNESP]Giovanni, Caíque2023-12-11T20:29:28Z2023-12-11T20:29:28Z2023-11-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/251850porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-17T06:29:51Zoai:repositorio.unesp.br:11449/251850Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-17T06:29:51Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
Paleomagnetic analysis of basalts between the Pirambóia and Botucatu formations in the municipalities of Itirapina and São Carlos (SP)
title Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
spellingShingle Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
Giovanni, Caíque
Arenitos asfálticos
Paleomagnetismo
Formação Pirambóia
Formação Botucatu
Formação Serra Geral
Serra de Santana
Tar sandstones
Paleomagnetism
Pirambóia Formation
Botucatu Formation
Serra Geral Formation
title_short Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
title_full Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
title_fullStr Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
title_full_unstemmed Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
title_sort Análise paleomagnética dos basaltos entre as formações Pirambóia e Botucatu nos municípios de Itirapina e São Carlos (SP)
author Giovanni, Caíque
author_facet Giovanni, Caíque
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Scardia, Giancarlo [UNESP]
dc.contributor.author.fl_str_mv Giovanni, Caíque
dc.subject.por.fl_str_mv Arenitos asfálticos
Paleomagnetismo
Formação Pirambóia
Formação Botucatu
Formação Serra Geral
Serra de Santana
Tar sandstones
Paleomagnetism
Pirambóia Formation
Botucatu Formation
Serra Geral Formation
topic Arenitos asfálticos
Paleomagnetismo
Formação Pirambóia
Formação Botucatu
Formação Serra Geral
Serra de Santana
Tar sandstones
Paleomagnetism
Pirambóia Formation
Botucatu Formation
Serra Geral Formation
description Os arenitos asfálticos da Bacia do Paraná estão presentes em sua grande maioria na Formação Pirambóia. A Formação Pirambóia é composta por arenitos flúvio-eólicos porosos e permeáveis, intercalados por siltitos e argilitos. Acima estratigraficamente da Formação Pirambóia se encontra a Formação Botucatu. A Formação Botucatu é constituída por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados. Essas ocorrências estão subordinadas ao sistema petrolífero Irati-Pirambóia, nesse sistema as rochas geradoras são os folhelhos betuminosos da Formação Irati, enquanto as rochas reservatório são os arenitos da Formação Pirambóia. Existe um pacote de rochas basálticas entre as formações Pirambóia e Botucatu, apesar disso as ocorrências de arenitos asfálticos ocorrem quase que exclusivamente na Formação Pirambóia (não são conhecidas ocorrências na Formação Botucatu). A compreensão desse pacote de rochas, anteriormente interpretado como uma soleira, como um derrame pertencente a um ciclo magmático anterior ao magmatismo Serra Geral, explicaria a presença quase que exclusiva dos arenitos asfálticos na Formação Pirambóia. Esse magmatismo teria sido responsável pela migração dos hidrocarbonetos da Formação Irati em direção a Formação Pirambóia, em um momento em que a Formação Botucatu ainda não teria sido depositada. Neste contexto, entende-se que a área compreendida pela Serra de Santana atende essa problemática, visto que são conhecidos distintos conjuntos de derrames na região, existem inúmeras dúvidas com respeito às correlações desses derrames, e a presença de arenitos asfálticos próximos. Para testar essa hipótese, foi utilizado o paleomagnetismo para datar a idade dessas rochas basálticas. O método paleomagnético fundamenta-se na magnetização remanescente natural (NRM) das rochas sedimentares e magmáticas, adquiridas por estas ao decorrer do tempo geológico através da influência do campo magnético. Neste presente trabalho, foram encontradas para as rochas basálticas uma idade de 140 Ma (Cretáceo Inferior), enquanto para as formações Pirambóia e Botucatu, respectivamente idades de 290 Ma (Permiano Inferior) e 140 Ma (Cretáceo Inferior). Desse modo, não foi verificada a presença de um ciclo magmático anterior à Formação Serra Geral na região da Serra de Santana.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-12-11T20:29:28Z
2023-12-11T20:29:28Z
2023-11-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/11449/251850
url https://hdl.handle.net/11449/251850
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803047360384729088